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“Young Sheldon”: revelada primeira foto do episódio final da série

Redação Informe 360

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Está chegando a hora de dar adeus para Young Sheldon. A série derivada de The Big Bang Theory, que será encerrada oficialmente na próxima semana, teve revelada a foto do elenco adulto no episódio final.

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Último episódio

  • A sétima e última temporada de Young Sheldon foi ao ar no dia 15 de fevereiro de 2024 nos Estados Unidos.
  • O último episódio será exibido em 16 de maio.
  • No total, são apenas 14 episódios, ao contrário de quase todas as outras temporadas, com 22 — salvo a quarta temporada, que teve 18.
  • O spin-off de The Big Bang Theory aborda a juventude do excêntrico Sheldon, vivido aqui por Iain Armitage.
  • No Brasil, a série é transmitida pela Warner Channel e segue disponível no catálogo da Max.
  • As informações são do Omelete.

Série é um sucesso de público

Young Sheldon teve a responsabilidade de manter o legado de The Big Bang Theory e se tornou rapidamente um dos principais sucessos da CBS. A série conta com 2,5 milhões de espectadores semanais. 

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Escrita e produzida por Chuck Lorre e Steven Molaro (os mesmos da produção original), a produção mostra a infância do garoto prodígio Sheldon Cooper, o gênio vivido por Jim Parsons durante 12 anos em The Big Bang.  

De acordo com Amy Reisenbach, presidente da CBS Entertainment, a decisão de encerrar a série neste ano ocorreu devido à equipe acreditar que todo conteúdo relacionado à ‘série-mãe’ já foi apresentado, acompanhando a linha de tempo e histórias contadas por Sheldon (Jim Parsons) em Big Bang

Reisenbach também pontuou que Young Sheldon provou que “dois raios podem, sim, cair no mesmo lugar”, se referindo ao sucesso estrondoso de ambas as séries. The Big Bang Theory foi lançada em 2007 e ficou no ar até 2019, quando alguns membros do elenco decidiram migrar para novos desafios.

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Pode fumar enquanto dirige? Entenda o que a lei realmente diz

Redação Informe 360

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Muita gente nem pensa duas vezes antes de acender um cigarro no carro, seja no meio do trânsito ou em uma estrada. Mas será que isso é realmente permitido?

A cena de alguém fumar enquanto dirige é comum no Brasil, mas existem implicações legais e de segurança que precisam ser levadas em consideração. Mais do que um simples hábito, essa prática pode representar riscos sérios, tanto para quem dirige quanto para os passageiros e demais usuários das vias.

Vamos esclarecer se fumar ao volante é uma infração de trânsito, quais as penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que tipo de consequências práticas isso pode gerar. Também abordaremos se os passageiros podem fumar, inclusive em motocicletas.

Se você tem o costume de fumar enquanto dirige ou conhece alguém que o faz, vale a pena entender os riscos e as responsabilidades envolvidas. Informação é o primeiro passo para evitar dores de cabeça ou multas salgadas.

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Pode fumar enquanto dirige?

Tecnicamente, fumar enquanto dirige não é expressamente proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. Ou seja, não existe um artigo no CTB que diga, literalmente, que acender um cigarro ao volante é uma infração. No entanto, isso não significa que está tudo liberado. A prática pode ser enquadrada como uma infração dependendo do contexto e das consequências para a direção segura.

Por que fumar enquanto dirige pode ser problemático?

Mesmo não sendo diretamente mencionado, fumar ao volante pode ser considerado uma infração com base no Art. 252, inciso V do CTB. Esse artigo determina que é proibido “dirigir com apenas uma das mãos, salvo quando mudar a marcha do veículo, acionar equipamentos ou acessórios do carro”.

Como é necessário usar uma das mãos para segurar o cigarro, o ato pode se encaixar nessa infração leve, com multa e pontos na carteira.

cigarro
Imagem:
chayanuphol/Shutterstock

Além disso, há o risco de que o cigarro desvie a atenção do motorista. Mexer no isqueiro, acender o cigarro, jogar a cinza pela janela ou até o deixar cair dentro do carro pode causar distrações sérias. O próprio ato de fumar exige ações coordenadas: colocar o cigarro na boca, inspirar, soltar a fumaça e tudo isso enquanto se deveria estar com atenção total na via.

Na prática, fumar enquanto dirige compromete tanto a concentração quanto o controle do veículo, ainda que por segundos. E segundos, no trânsito, podem ser fatais.

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E no caso de motociclistas?

No caso de motociclistas, a situação se torna ainda mais crítica. Como o guidão exige o uso das duas mãos constantemente e não há compartimentos para descarte seguro do cigarro, fumar pilotando é ainda mais perigoso. O risco de acidentes aumenta significativamente, sem falar nas chances de queimar o próprio corpo ou as roupas com a brasa do cigarro em movimento.

A legislação, nesse caso, também pode ser aplicada de forma indireta. O Art. 244 do CTB proíbe “conduzir motocicleta sem segurar o guidão com ambas as mãos”, salvo para indicar manobras. Logo, fumar pilotando pode configurar infração gravíssima, com penalidade ainda maior que no caso de carros.

Moto, motocicleta, 99
Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil

O que de pior pode acontecer ao motorista?

Se o motorista for flagrado fumando de forma que comprometa a condução segura, ele pode ser multado. No caso de dirigir com apenas uma mão, a infração é considerada leve, com multa de R$ 88,38 e acréscimo de 3 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já em situações mais graves como jogar a ponta do cigarro pela janela, o caso pode ser enquadrado como infração gravíssima.

Lançar objetos pela janela do carro, mesmo que seja uma bituca de cigarro, é proibido pelo Art. 172 do CTB. A multa nesse caso é de R$ 293,47, com adição de 7 pontos na CNH.

Em casos extremos, se o ato de fumar resultar em um acidente com vítimas, o condutor pode até responder criminalmente por direção perigosa ou homicídio culposo, dependendo da gravidade. Aí, sim, entram consequências mais sérias, como prisão, cassação da carteira e processo judicial.

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Passageiros podem fumar?

Sim, passageiros podem fumar dentro do carro, desde que não haja nenhuma proibição local (como restrições ambientais ou regras específicas de rodovias estaduais ou federais). Entretanto, é importante considerar que o cigarro afeta a qualidade do ar e pode causar desconforto para o motorista, além de gerar distrações como a necessidade de abrir janelas, lidar com o cheiro ou fumaça, etc.

fongbeerredhot – Shutterstock

Outro ponto importante: o cigarro não pode atrapalhar o motorista. Se houver qualquer situação em que o passageiro cause distração, incômodo ou risco à segurança da condução, o motorista pode ser responsabilizado.

No caso de motocicletas, a regra é mais rígida. O passageiro está exposto ao vento e sem proteção adequada. Fumar nesse cenário é extremamente perigoso e pode colocar em risco tanto o condutor quanto terceiros, o que pode gerar responsabilizações legais em caso de acidente.

Outras consequências: mais do que multas

Além das penalidades legais, fumar enquanto dirige traz outros riscos. O odor do cigarro pode impregnar o interior do veículo, desvalorizando o carro para revenda. Sem contar o risco de incêndios: já houve casos em que bitucas mal apagadas causaram focos de fogo no estofado, tapete ou até em terrenos, quando lançadas pela janela.

A brasa do cigarro também pode cair em roupas, bancos ou partes plásticas do veículo, causando queimaduras, distrações bruscas e até pânico. Se um acidente ocorrer por causa de uma reação dessas, a responsabilidade recai totalmente sobre o motorista.

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Fumar no carro com crianças: isso, sim, é proibido

Vale lembrar: em alguns estados e municípios, é proibido fumar dentro do carro quando há presença de crianças. Isso segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e políticas locais de combate ao tabagismo passivo.

Por exemplo, no estado de São Paulo, a Lei Estadual nº 13.541/09 proíbe fumar em locais fechados de uso coletivo, incluindo carros quando há menores de idade. Nesse caso, a infração pode gerar multas específicas e até denúncia ao Conselho Tutelar, dependendo da gravidade.

cigarro
Imagem: shutterstock/Doucefleur

Mesmo que o Código de Trânsito Brasileiro não proíba de forma direta fumar enquanto dirige, os riscos envolvidos fazem da prática uma péssima escolha. Entre perder o controle do veículo, causar acidentes, ser multado ou até responder criminalmente por danos, o cigarro ao volante é um hábito perigoso e desnecessário.

Se você precisa fumar, o ideal é parar o carro em um local seguro e fazer isso fora da direção. No caso de motociclistas, a recomendação é ainda mais rigorosa: nada de fumar pilotando, por questão de segurança óbvia. Para passageiros, o bom senso deve prevalecer, sempre respeitando o ambiente e o motorista.

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Pode ficar sem banho no frio? Veja o que diz a medicina

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Com a chegada do inverno, é comum que algumas pessoas tomem menos banho dada a dificuldade que é entrar e sair do chuveiro com as temperaturas mais baixas. Mas será que é benéfico ao corpo humano ficar sem tomar banho no frio?

O ato de tomar banho é mais do que um hábito de limpeza. Em muitas culturas ao redor do mundo, banhar-se é um processo ritualístico para remover impurezas não apenas corporais, mas mentais e emocionais. Mesmo quando o banho é tomado após um dia cansativo de trabalho, a sensação posterior é de relaxamento e leveza. 

O hábito de tomar banho é um dos pilares da boa saúde. (Imagem: Dasha Petrenko/Shutterstock)

Além disso, no campo da saúde, a sua importância também é estudada. Aliás, na sociedade ocidental, desde o século 19 o assunto virou alvo quando médicos passaram a escrever textos incentivando o uso do sabão. A partir daí, o hábito de tomar banho está intimamente ligado à saúde e qualidade de vida.

No entanto, durante o inverno, tanto pelas baixas temperaturas, como pela produção reduzida de suor, algumas pessoas consideram que não há problemas em diminuir a frequência desse hábito.  

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O que acontece se eu ficar sem tomar banho enquanto está frio?

A resposta vai variar de acordo com a quantidade de dias que a pessoa fica sem tomar banho. Caso seja uma situação pontual, por exemplo, de ficar um dia sem esse cuidado de higiene, não há prejuízos significativos. Mas é um consenso entre dermatologistas que, a partir de 3 dias sem tomar banho, algumas consequências para a saúde podem ser sentidas.

A pele humana possui uma flora natural que fica desbalanceada quando a higiene é negligenciada por muito tempo, por isso ela é o órgão que mais sofre com a ausência do banho. Muito além do mau cheiro, ficar sem tomar banho por muitos dias também pode causar a proliferação de fungos e bactérias. 

Mesmo no frio, a pele continua a produzir uma espécie de óleo por meio das glândulas sebáceas que serve como uma barreira de proteção. Além disso, em um processo de descamação natural, a epiderme, camada mais superficial da pele, descama as células mortas. 

Uma das recomendações do Guia do Banho é utilizar produtos que tenham um Ph próximo a 5, que é o Ph natural. (Imagem: Prostock-studio Shutterstock)

Ou seja, o acúmulo destas substâncias facilitam a multiplicação de microrganismos que podem causar infecções mesmo em pessoas que trabalhem apenas em casa e não façam atividades que exijam muito esforço físico.

O assunto gera tanto debate que a Sociedade Brasileira de Dermatologia decidiu lançar o Guia do Banho que traz diversas informações científicas a respeito da importância do banho diário para a saúde e bem-estar.

Segundo a SBD, micoses, doenças infecciosas por bactérias, agravo do envelhecimento cutâneo pela deposição na pele de hidrocarbonetos da poluição ambiental e impregnação por detritos de descamação cutânea e oleosidade estão entre os malefícios que podem ser causados pela falta de água e sabonete.

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Ficar sem tomar banho também pode causar irritação e coceira na pele, bem como agravar quadros de doenças dermatológicas pré-existentes como a dermatite e a psoríase. 

Quantos banhos devo tomar?

O informativo salienta que a quantidade de banho varia de acordo com questões ambientais, culturais e até de disponibilidade de água, mas indica que o banho diário é um hábito que deve ser praticado. Ao contrário do que se pensa, ele não danifica a barreira de proteção da pele.

“A rotina de limpar o corpo com o banho diário com água fria e morna não compromete a camada de sebo que ajuda na hidratação da pele”, pontua o informativo.

O que pode levar ao ressecamento da epiderme é a temperatura da água. Por isso, mesmo no inverno, é importante evitar banhos quentes e longos e investir nos banhos mornos e com tempo de duração de cinco a dez minutos. 

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O banho diário não reduz a camada de proteção da pele. (Imagem: Freepik)

Caso seja insuportável tomar banho morno em dias mais frios, a indicação é de que haja uma compensação para amenizar os efeitos da água em temperaturas mais altas. “Recomenda-se o uso de hidratante logo após a ducha, se possível ainda dentro do banheiro, o que facilita a penetração do creme na pele”, orienta o guia.

Para quem se exercita regularmente, trabalha fora e faz uso de transporte público, manter o banho diário é ainda mais fundamental, pois além da produção de suor e o acúmulo de células mortas, a pele ainda retém muitos componentes vindos da poluição.  

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Quais são os principais inimigos dos escorpiões na natureza?

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Apesar de serem criaturas resilientes e adaptáveis, os escorpiões enfrentam predadores na natureza que desempenham um papel de inimigos cruciais no controle de suas populações. Compreender esses algozes é fundamental para apreciar o equilíbrio ecológico e, em certas situações, para auxiliar na diminuição da ocorrência desses aracnídeos peçonhentos em áreas urbanas.

No Brasil, diversas espécies, como o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), servem de alimento para uma variedade de animais, que vão desde anfíbios até aves e outros artrópodes. 

A natureza mantém um equilíbrio delicado, e até mesmo escorpiões perigosos possuem predadores que controlam suas populações. De sapos a aves e mamíferos, esses animais são cruciais para o ecossistema.

Em cidades, onde escorpiões podem ser um problema, proteger predadores como sapos e corujas é uma tática de controle natural. Contudo, é essencial prevenir: evite lixo e entulho, que servem de abrigo para escorpiões e suas presas.

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Posso citar o exemplo da cidade de São Paulo. Por aqui os escorpiões estão fazendo a festa e nos preocupando muito. E de quem é a culpa? Um monte de fatores que parecem conspirar contra nós. A cidade crescendo sem planejamento, com entulho e lixo por todo canto, vira um paraíso para eles.

E cadê os gambás, lagartos e sapos que poderiam dar um jeito nisso? Sumiram! Pra piorar, o escorpião-amarelo se reproduz sozinho e ainda tem um banquete de baratas à disposição.

O resultado é que nos últimos dez anos, o número de picadas simplesmente explodiu, mais que dobrou. Em 2022, o Estado de São Paulo registrou 42.757 acidentes com escorpiões, sendo o maior notificador do país, segundo o Ministério da Saúde. Esse número representa um aumento em comparação com anos anteriores, com destaque para um aumento de 22% em relação a 2021. 

Escorpião marrom dentro de um tênis
Escorpião-marrom, também conhecido como escorpião-negro, dentro de um tênis. A espécie Tityus bahiensis é encontrada do leste e centro do Brasil (Imagem: RHJPhtotos / Shutterstock)

Em 2023, houve 200 mil acidentes com escorpiões em todo o Brasil, conforme o Ministério da Saúde. O Sudeste liderou em número de casos, com 93.369 registros. Apenas em São Paulo, foram 48.655 notificações, o que representa 24% do total nacional e um crescimento de 15% em relação ao número do ano anterior.

Se sua área tem muitos escorpiões, a presença desses predadores pode ser uma ajuda invisível. Abaixo, apresentamos os principais predadores naturais dos escorpiões, com foco naqueles presentes em nosso país, incluindo em regiões rurais e periurbanas.

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7 predadores naturais dos escorpiões

Sapo-cururu (Rhinella icterica)

Imagem mostra um sapo-cururu, espécie é um dos predadores inimigos dos escorpiões na natureza
Estudos científicos demonstraram que o sapo-cururu se alimenta de escorpiões e é imune ao seu veneno (Imagem: Guilherme Sementili / Shutterstock)

O sapo-cururu, também conhecido como sapo-boi, é um dos maiores anfíbios do Brasil e um dos principais predadores de escorpiões. Com seu corpo robusto e hábitos noturnos, ele caça insetos, aranhas e até pequenos escorpiões.

Características e alimentação:

  • Possui glândulas de veneno, mas não é afetado pela picada de escorpiões comuns.
  • Alimenta-se de pequenos animais que encontra no chão, incluindo escorpiões jovens.
  • É comum em áreas úmidas, jardins e até em zonas urbanas próximas a matas.

Apesar de sua aparência pouco atraente, o sapo-cururu é um aliado no controle de pragas porque é um predador generalista. Inclui escorpiões em sua alimentação, especialmente em ambientes urbanos e rurais onde ambas as espécies coexistem.

Estudo de campo do Instituto Butantan de 2018 observou que sapos-cururus capturam escorpiões-amarelos jovens e adultos, mas preferem indivíduos menores (até 5 cm).

 O sapo ataca rapidamente, engolindo o escorpião antes que ele consiga picar. Ele não é imune, mas possui resistência maior que outros animais devido a proteínas plasmáticas que neutralizam toxinas (estudo publicado no Journal of Venomous Animals and Toxins em 2020).

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O sapo-cururu é um aliado importante, porém subestimado, no controle de escorpiões. Sua resistência ao veneno e hábitos alimentares o tornam eficaz, mas não é uma solução isolada. Para cidades é interessante combinar a preservação de sapos-cururus (evitar morte por pesticidas) e controle integrado (limpeza urbana e vedação de abrigos).

Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)

Coruja-buraqueira (Athene cunicularia) voando em um campo
A coruja-buraqueira é um predador eficaz de escorpiões, especialmente em áreas abertas e periurbanas (Imagem: Henk Bogaard / Shutterstock)

Essa pequena coruja, comum em campos e pastagens, é uma caçadora eficiente de pequenos animais, incluindo escorpiões. Estudos publicados na Revista Brasileira de Ornitologia confirmam pelo conteúdo estomacal e regurgitações (pelotas) que escorpiões representam até 15% da dieta dessa coruja em regiões do Cerrado e da Caatinga.

Características e alimentação:

  • Vive em buracos no chão e caça principalmente à noite, período de maior atividade dos escorpiões (noite e crepúsculo).
  • Ataca com garras afiadas, evitando a picada ao imobilizar o escorpião pela cauda.
  • Consome principalmente espécies pequenas (como Tityus bahiensis), mas também jovens de T. serrulatus.
  • É comum em áreas abertas e até em cidades do interior. Vive em campos de futebol, terrenos baldios e áreas rurais, justamente onde escorpiões proliferam.

Sua visão aguçada e voo silencioso a tornam uma predadora temível para os escorpiões. Não é imune ao veneno do escorpião, mas é resistente graças à sua técnica de caça que minimiza os riscos. Evita o télson (ferrão) ao segurar o escorpião pelas patas ou metassoma (parte posterior).

Estudos em cativeiro (UFMG, 2020) mostraram que corujas rejeitam escorpiões grandes, maiores que 6 cm), sugerindo cautela instintiva. Mesmo assim, a taxa de consumo é alta. Uma única coruja pode comer até 50 artrópodes por noite, incluindo escorpiões. E, diferente de mamíferos (como gatos), aves têm menor sensibilidade a toxinas de escorpiões.

Lacraia (Scolopendra gigantea e outras)

Imagem mostra luta entre lacraia e escorpião
A luta entre lacraia e escorpião acontece entre picadas venenosas de ambos (Imagem: I Wayan Sumatika / Shutterstock)

Apesar de também ser um artrópode peçonhento, a lacraia (ou centopeia-gigante) é uma predadora natural de escorpiões, principalmente os menores. No Brasil, a lacraia-gigante (Scolopendra viridicornis) e a lacraia-vermelha (Scolopendra subspinipes) são as que mais interagem com escorpiões.

A lacraia possui corpo segmentado com múltiplas patas e veneno potente. Caça à noite, atacando insetos, aranhas e até filhotes de escorpião. Também é curioso notar que a competição entre lacraias e escorpiões pode levar ao canibalismo, com as lacraias geralmente levando vantagem.

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Entretanto, lacraias não são uma solução prática para controlar infestações de escorpiões. São noturnas, reclusas e caçam menos presas que gambás ou lagartos. Além disso, também são perigosas e suas picadas causam dor extrema e necrose em humanos.

Ambos vivem sob pedras, entulhos e folhas secas e competem pelo mesmo habitat. Portanto, a lacraia é um inimigo natural ocasional de escorpiões, mas não deve ser incentivada como controle biológico devido ao seu perigo para humanos. Seu papel ecológico é mais relevante no controle de baratas e grilos (outras presas preferenciais).

Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

Imagem mostra um Tamanduá-do-sul (Tamandua tetradactyla) ou Tamanduá-de-colar, um dos predadores inimigos de escorpiões na natureza
O tamanduá-mirim usa as longas garras para revirar troncos e folhagem, lambendo os animais com sua língua pegajosa (até 40 cm de extensão) (Imagem: Diego Grandi / Shutterstock)

Não só de formigas vive um tamanduá. Esse pequeno mamífero, parente do tamanduá-bandeira, tem uma dieta baseada em formigas e cupins, mas também consome escorpiões quando os encontra.

Apesar de preferir insetos, não recusa um escorpião quando o encontra em troncos ou folhas secas. Possui garras fortes para escavar e uma língua comprida para capturar presas. Vive em matas e áreas de cerrado, mas pode aparecer em zonas rurais e semiurbanas.

Só que há ressalvas importantes no consumo de escorpiões pelo tamanduá-mirim:

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  • Estudos de conteúdo estomacal realizados pela Embrapa, em 2015, mostram que menos de 5% da dieta inclui outros artrópodes, como escorpiões e aranhas.
  • Prefere presas fáceis, escorpiões só são consumidos quando o tamanduá os encontra acidentalmente em troncos ou folhas secas.
  • Evita espécies grandes. Dados do Projeto Tamanduá sugerem que ele raramente ataca Tityus serrulatus adultos (devido ao veneno potente).

O tamanduá não é imune ao veneno do escorpião, escorpiões grandes podem picar sua boca ou focinho, causando dor e inchaço. Porém, a língua rápida e a saliva espessa reduzem o risco de ferroadas e a pele grossa nas patas dianteiras oferece alguma resistência ao veneno.

O tamanduá-mirim não é um controle efetivo contra infestações de escorpiões, mas sua presença em áreas naturais ajuda a manter o equilíbrio ecológico.

Galinha-doméstica (Gallus gallus domesticus)

Imagem de uma galinha caipira com pintinhos em um quintal rural. A espécie Gallus gallus domesticus é um dos mais eficientes inimigos como predadores de escorpiões na natureza.
A galinha doméstica é altamente eficaz no controle de escorpiões (Imagem: Majna / Shutterstock)

Pode parecer surpreendente, mas as galinhas são excelentes caçadoras de escorpiões e outros pequenos animais e uma das soluções mais eficazes (e naturais) para controle em zonas rurais e periurbanas.

Características e alimentação:

  • Ciscam o solo em busca de insetos, aranhas e escorpiões.
  • Suas bicadas rápidas evitam que o escorpião as pique.
  • São comuns em sítios e áreas rurais, ajudando no controle natural de pragas.

As galinhas ciscam o solo e devoram escorpiões de todos os tamanhos, incluindo o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus). Como técnica de caça, bicam rapidamente o escorpião, evitando o ferrão e engolem a presa inteira, neutralizando o veneno no sistema digestivo (ácido estomacal degrada as toxinas).

Em sítios do interior de Minas Gerais e São Paulo, propriedades com galinhas livres têm até 70% menos relatos de escorpiões. E em relação à resistência ao veneno, são quase imunes por conta do pH ácido do estômago (em torno de 2.0) e enzimas digestivas quebram as toxinas antes que causem danos.

Estudo de referência e pesquisas da UNESP de Botucatu confirmaram que galinhas criadas soltas consomem até 20 escorpiões por mês sem efeitos adversos, o que é uma grande vantagem no controle biológico. E, além disso, as galinhas fazem uma prevenção indireta, porque ao comerem baratas (principal alimento dos escorpiões), reduzem a fonte de nutrição da praga.

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Outra vantagem é o baixo custo, afinal, não requerem químicos ou infraestrutura complexa – só espaço para ciscar.

Gambá (Didelphis albiventris)

Foto de um Gambá-de-orelha-branca Opossum (Didelphis albiventris) em uma árvore
Além de comer escorpiões, o gambá devora baratas, cortando a fonte de alimento principal da praga (Imagem: Celso Margraf / Shutterstock)

O gambá, comum em áreas rurais e até urbanas, é um dos poucos mamíferos que caçam escorpiões sem sofrer grandes efeitos do veneno.

Características e alimentação:

  • Possui certa resistência ao veneno de escorpiões e serpentes.
  • Tem hábitos noturnos e dieta variada, incluindo frutas, insetos, pequenos roedores e escorpiões.
  • É frequentemente visto revirando lixo ou folhas no chão em busca de alimento.

Estudos do Instituto Butantan comprovam que o gambá possui proteínas no sangue que neutralizam toxinas de escorpiões e serpentes. A dose letal para humanos não o afeta, o gambá pode ser picado repetidamente sem efeitos graves.

Os escorpiões são mais ativos no período noturno, o mesmo horário em que o gambá caça. Ele se aproxima silenciosamente e esmaga o escorpião com as patas, evitando o ferrão e come desde filhotes até adultos grandes.

Por isso, fica a dica: não mate os gambás, eles são aliados gratuitos. Ofereça abrigos seguros, como deixar espaços como ocos de árvores ou caixas de madeira em terrenos. E evite venenos, os inseticidas podem intoxicar gambás e quebrar a cadeia de controle natural.

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Lagarto teiú (Salvator merianae)

Imagem mostra um lagarto Teiú (Salvator merianae)
O teiú caça escorpiões de todos os tamanhos, incluindo adultos da espécie Tityus serrulatus (Imagem: Wladimir Lopes / Shutterstock)

O teiú, um dos maiores lagartos do Brasil, é um predador oportunista que não hesita em comer escorpiões quando os encontra. Este réptil pode chegar a mais de 1 metro de comprimento e tem mandíbulas fortes que auxiliam na caça. Sua resistência e tamanho o tornam capaz de enfrentar escorpiões adultos sem grandes riscos.

Possui imunidade quase total ao veneno por causa de sua pele resistente e metabolismo acelerado e está presente em zonas rurais e periferias urbanas, onde busca alimento no solo. Por ser um lagarto majoritariamente terrestre, ele explora os mesmos habitats onde os escorpiões são encontrados (sob pedras, troncos e frestas), aumentando a chance de encontro.

Sua natureza onívora e generalista significa que ele não é seletivo a ponto de ignorar escorpiões, caso eles representem uma fonte de alimento acessível. Se alimentam de uma grande diversidade de itens, tanto animais quanto vegetais. Na natureza, sua dieta pode incluir:

  • Invertebrados: insetos, caramujos, aranhas e, sim, escorpiões.
  • Pequenos vertebrados: aves, roedores, anfíbios, outros lagartos, cobras e ovos.
  • Vegetais: frutas e folhas.
  • Até mesmo carniça.

Novamente fica a ressalva que, embora o teiú seja um predador natural de escorpiões, a presença de teiús por si só não é uma solução única ou garantida para o controle de infestações de escorpiões em ambientes urbanos.

O controle de pragas envolve uma abordagem integrada que inclui saneamento básico e eliminação de abrigos para os escorpiões. No entanto, em seu habitat natural, o teiú certamente desempenha um papel no controle populacional de diversas espécies, incluindo escorpiões.

Prevenção e preservação de predadores naturais

A prevenção envolve ações como eliminar focos de proliferação (limpeza, vedação de frestas e colocação de telas em ralos), controle químico especializado e preservação de predadores naturais. Em caso de picada, lavar o local e procurar socorro médico imediato.

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