Ligue-se a nós

Tecnologia

“Dragões bebês” subterrâneos são avistados vivendo na superfície

Redação Informe 360

Publicado

no

Pesquisadores descobriram que uma espécie de salamandra subterrânea – que, até então, se acreditava que vivesse apenas em cavernas subaquáticas – passa muito de tempo vagando pela superfície. Os Proteus anguinus – também conhecidos como Olmos – já foram considerados dragões bebês. Após viverem na escuridão por milhões de anos, os olmos ficaram cegos e aguçaram o olfato e a audição, usando campos elétricos para se locomover.

Entenda:

  • Pesquisadores descobriram que as salamandras da espécie Proteus anguinus – também conhecidas como Olmos -, que vivem em cavernas subterrâneas, passam tempo vagando pela superfície;
  • As observações de olmos acima da terra eram limitadas até então, mas após avistarem um deles nadando em uma nascente na superfície, os pesquisadores descobriram que a movimentação não é tão rara quanto se imaginava;
  • Os olmos foram avistados em 15 nascentes no nordeste da Itália, e em uma delas foi encontrada uma larva;
  • Alguns olmos encontrados regurgitaram minhocas que não pertenciam a espécies subterrâneas – o que pode indicar que as salamandras se alimentem na superfície;
  • A descoberta foi publicada na revista Ecology.
(Imagem: lucacavallari – Shutterstock)

Como explicam os pesquisadores em um artigo publicado na revista Ecology, todas as observações de olmos vivendo fora das cavernas até então eram muito limitadas. Em 2020, porém, a equipe avistou uma delas nadando em uma nascente na superfície e, após investigarem, descobriram que a movimentação não é tão rara quanto se imaginava.

Leia mais:

  • Salamandra mutante pode regenerar membros e partes do coração
  • Presença de mercúrio nas águas está contaminado salamandras, alerta estudo
  • Imagem 3D de “dragão bebê” revela adaptações para viver no escuro

A descoberta dos dragões bebês na superfície

Os olmos foram vistos pelos pesquisadores em 15 nascentes no nordeste da Itália. Em uma delas, foi encontrada uma larva – o que indica que, em casos raros, a procriação desses anfíbios possa ocorrer na superfície. “Até onde sabemos, representa o menor indivíduo já encontrado no campo e a única larva encontrada fora das cavernas”, explica a equipe no artigo.

(Imagem: lucacavallari – Shutterstock)

Apesar da reprodução acima do solo não ser comum, os pesquisadores acreditam que a espécie se alimente na superfície: após manusearem alguns olmos, eles regurgitaram minhocas recém-consumidas, e nenhuma delas pertencia a espécies de ambientes subterrâneos.

O post “Dragões bebês” subterrâneos são avistados vivendo na superfície apareceu primeiro em Olhar Digital.

Anúncio
Continuar Lendo
Anúncio

Tecnologia

“Cola” de DNA pode prevenir e tratar doenças do envelhecimento

Redação Informe 360

Publicado

no

Uma proteína natural encontrada em células humanas pode abrir caminho para a descoberta de novos tratamentos para doenças relacionadas à idade, como Alzheimer, Parkinson e a doença do neurônio motor (DNM).

Uma pesquisa da Universidade Macquarie (Austrália) revela que a proteína dissulfeto isomerase (PDI) ajuda a reparar danos graves ao ácido desoxirribonucleico (DNA). “Assim como um corte na pele precisa ser curado, o DNA em nossas células precisa de reparo constante”, explica o Dr. Sina Shadfar, neurobiólogo que conduziu o estudo.

Esse reparo enfraquece conforme envelhecemos — e o DNA segue sofrendo com milhares de pequenos impactos diários, seja por alterações internas ou por estressores ambientais, como poluição ou luz UV. O acúmulo de danos é um fator para o envelhecimento e a progressão de doenças, particularmente aquelas que afetam o cérebro.

Anúncio
Equipe do Dr. Shadfar descobriu como a proteína se move para o núcleo de células para reparar danos no DNA (Imagem: Divulgação/Universidade Macquarie)

Uma proteína especial que ajuda o DNA

  • Até então, a PDI era conhecida por atuar no citoplasma (região externa da célula) para ajudar a dobrar as proteínas em seus formatos adequados;
  • Mas a equipe descobriu que ela também se move para o núcleo para reparar quebras de fita dupla, um dos tipos mais perigosos de danos ao DNA;
  • “Até agora, não sabíamos por que a PDI às vezes aparecia no núcleo”, diz o Dr. Shadfar. “Pela primeira vez, mostramos que ela atua como uma cola ou catalisador, ajudando a reparar o DNA quebrado em células em divisão e em células que não se dividem”;
  • Essa dinâmica ficou comprovada após a equipe estimular danos ao DNA em células cancerígenas humanas e células cerebrais de camundongos em laboratório;
  • Quando a PDI foi removida, as células tiveram dificuldade para se reparar. Quando a PDI foi adicionada novamente, o reparo do DNA melhorou.
Capacidade de regeneração do DNA regride conforme envelhecemos (Imagem: Rasi Bhadramani/iStock)

Eles também testaram isso em peixes-zebra vivos e descobriram que o aumento da produção de PDI ajudou a proteger os animais de danos ao DNA relacionados à idade.

Leia mais:

  • Pesquisadores adaptam terapia contra câncer para tratar o Alzheimer
  • A estranha relação entre Parkinson e campos de golfe
  • Afinal, quando começamos a envelhecer? A ciência tem a resposta

Agente duplo

Pesquisas anteriores testaram o efeito da PDI sobre o câncer, que, frequentemente, apresenta altos níveis da proteína. Os resultados mostraram que as células cancerosas parecem explorar as capacidades de reparo do DNA para ajudá-las a sobreviver ao tratamento.

A PDI é como um agente duplo“, explica o Dr. Shadfar. “Em células saudáveis, ela repara o DNA e ajuda a prevenir doenças. Mas, no câncer, ela é sequestrada — acaba protegendo o tumor em vez do corpo. É por isso que compreendê-la completamente é tão importante.

Proteína é ‘explorada’ por células cancerosas para impedir sucesso de tratamentos contra tumores (Imagem: gorodenkoff/iStock)

Uma alternativa seria usar a PDI na quimioterapia para desativar a função protetora da proteína nas células cancerígenas e, ao mesmo tempo, potencializar células cerebrais onde o reparo do DNA é mais urgente. No entanto, mais estudos são necessários para evitar efeitos colaterais em outras partes do corpo.

“Este trabalho tem o potencial de transformar a forma como abordamos as doenças neurodegenerativas”, afirma o Dr. Shadfar. “Queremos intervir mais cedo — antes que muitos danos sejam causados. Nosso objetivo final é prevenir ou interromper a progressão dessas condições devastadoras.”

Anúncio

O post “Cola” de DNA pode prevenir e tratar doenças do envelhecimento apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Tecnologia

Cientistas identificam novo risco associado a nanoplásticos

Redação Informe 360

Publicado

no

Pedaços de plástico com menos de mil nanômetros de diâmetro são conhecidos como nanoplásticos — apesar de sua miudeza, os danos ao meio ambiente e à saúde humana podem ser potencialmente perigosos.

Um novo estudo da Universidade Nacional Cheng Kung (Taiwan) descobriu que o consumo de nanoplásticos pode comprometer a integridade intestinal em camundongos, alterando as interações entre o microbioma intestinal e o hospedeiro.

Até então, as pesquisas se concentravam apenas em como a absorção afetava a microbiota intestinal, mas sem explorar efeitos subjacentes. Os resultados mais recentes foram publicados na revista Nature Communications.

Anúncio
Acúmulo de partículas no intestino está ligado à expressão alterada de duas proteínas (Imagem: Kriengsak Tarasri/iStock)

Nanoplásticos: descoberta inédita

  • Utilizando sequenciamento de RNA, análise transcriptômica e perfil microbiano, a equipe analisou os efeitos de nanoplásticos de poliestireno no microambiente intestinal de camundongos;
  • Eles descobriram que o acúmulo dessas partículas no intestino estava ligado à expressão alterada de duas proteínas envolvidas na integridade da barreira intestinal (ZO-1 e MUC-13), o que poderia prejudicar a permeabilidade intestinal;
  • Além disso, os nanoplásticos de poliestireno criaram desequilíbrio na microbiota intestinal ao alterar a secreção de exossomos pelas células caliciformes intestinais, proliferando a bactéria Ruminococcaceae — associada à disfunção gastrointestinal;
  • Outra preocupação é com a possível “captação” de nanoplásticos pela bactéria Lachnospiraceae, que podem secretar vesículas extracelulares, inibindo a secreção de muco intestinal.
Nanoplásticos de poliestireno criam desequilíbrio na microbiota intestinal (Imagem: peshkov/iStock)

“Este estudo é o primeiro a demonstrar que partículas de plástico podem interferir no microRNA transportado por vesículas extracelulares entre células intestinais de camundongos e micróbios intestinais específicos, interrompendo a comunicação hospedeiro-micróbio e alterando a composição microbiana de maneiras que podem prejudicar a saúde intestinal dos camundongos”, afirma Wei-Hsuan Hsu, primeiro autor do estudo.

Leia mais:

  • Seu intestino fala: por que cuidar dele melhora seu corpo e mente
  • A Ciência acaba de encontrar um uso para os terríveis microplásticos
  • Microplásticos podem ameaçar as plantas

Pesquisa com limitações

Apesar de os mecanismos revelados neste estudo fornecerem insights cruciais sobre como os nanoplásticos afetam a saúde intestinal, os autores ponderam que a pesquisa tem limitações, já que camundongos e humanos diferem em seus perfis microbianos intestinais.

Autores pedem novas pesquisas para analisar efeitos na saúde humana (Imagem: magicmine/iStock)

Por isso, são necessários estudos de exposição a longo prazo e de dose-resposta para inferir diretamente sobre os riscos de nanoplásticos à saúde humana. A equipe desenvolveu um simulador que pode ajudar a compreender essa dinâmica futuramente.

“Os níveis de exposição utilizados neste estudo foram muito superiores aos normalmente encontrados em humanos. Portanto, o público não precisa se preocupar excessivamente nem fazer mudanças imediatas em sua dieta com base nessas descobertas”, escrevem.

O post Cientistas identificam novo risco associado a nanoplásticos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Anúncio

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Tecnologia

Cidade surpreende como o melhor polo de startups da Europa

Redação Informe 360

Publicado

no

Paris (França) foi eleita a cidade com o maior e mais bem-sucedido ecossistema de startups da Europa, superando Londres (Inglaterra), Cambridge (Inglaterra), Munique (Alemanha), Estocolmo (Suécia) e Grenoble (França), que também se destacaram no Índice Global do Ecossistema de Tecnologia de 2025.

O relatório analisou dados sobre investimento de capital de risco, valor empresarial, impulso do ecossistema, unicórnios, vínculos universitários e patentes de 288 cidades e 69 países.

Como era esperado, Bay Area (EUA), que abriga o Vale do Silício, ficou em primeiro lugar, seguida por Nova York e Boston, também nos Estados Unidos. Na sequência, aparecem a capital francesa, Austin (EUA), a capital inglesa, Seul (Coreia do Sul), San Diego (EUA), Los Angeles (EUA) e Tel Aviv (Israel) em décimo.

Anúncio
Vale do Silício tem o melhor ecossistema para startups do mundo (Imagem: MattGush/iStock)

Completam a lista Toronto (Canadá), Washington DC (EUA), Xangai (China), Singapura, Estocolmo, Chicago (EUA), Munique, Pequim (China), Seattle (EUA) e Mumbai (Índia) em vigésimo.

“O relatório responde à crescente demanda de formuladores de políticas para construir economias locais de inovação e mostra que grandes ecossistemas podem surgir em qualquer lugar, não apenas em grandes centros de tecnologia”, diz o documento.

Por que Paris?

  • Os analistas avaliaram que o ecossistema de Paris se acelerou nos últimos 12 a 24 meses, em grande parte devido aos talentos em inteligência artificial (IA) e à nova onda de fundadores recorrentes;
  • A Cúpula de Ação em IA, no início de 2025, também colocou o ecossistema francês em destaque ao nível global;
  • O atual clima geopolítico também pode atrair mais talentos para a França, segundo o relatório;
  • O ambiente de financiamento é considerado bom, com fundos internacionais formando equipes mais fortes para cobrir o mercado francês. E o governo, pró-negócios e pró-inovação, está atento às necessidades dos empreendedores.
Talentos em IA estão tornando Paris no maior hub de inovação da Europa (Imagem: frankpeters/iStock)

Leia mais:

  • Como o Vale do Silício quer conquistar o mercado de defesa dos EUA
  • Como países em desenvolvimento podem liderar a próxima revolução tecnológica
  • Oriente Médio aposta bilhões em IA, mas riscos geopolíticos preocupam

Brasil também tem cidades com potencial relacionado a startups

Uma das categorias do índice global avalia os ecossistemas tecnológicos emergentes de crescimento mais rápido, enfatizando o crescimento do valor empresarial e dos unicórnios (startups privadas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão), ajustados pelo Produto Interno Bruto (PIB) per capita local e pelo custo de vida.

Duas cidades brasileiras aparecem no top dez: Belo Horizonte (MG) em quarto lugar e Curitiba (PR) em sexto. Lagos (Nigéria) está no topo da lista, tendo criado cinco unicórnios e aumentado a avaliação do seu ecossistema em 11,6 vezes desde 2017, apesar de ter economia menor.

São Paulo lidera o número de startups unicórnio na América Latina (Imagem: AlexandreFagundes/iStock)

Já na categoria “unicórnios na América Latina”, São Paulo (SP) ocupa a primeira posição, seguida pela Cidade do México (México) e Buenos Aires (Argentina). A capital mineira ficou em sexto lugar, enquanto a capital paranaense aparece em oitava e, o Rio de Janeiro (RJ), em décimo.

“São Paulo concentra os principais players que impulsionam a inovação — desde grandes corporações e fundos de investimento até aceleradoras, incubadoras e universidades — todos altamente conectados ao universo das startups. Isso cria um terreno fértil para oportunidades de colaboração, financiamento e escala”, disse Renan Rocha, da SP Negócios, ao relatório.

Anúncio

O post Cidade surpreende como o melhor polo de startups da Europa apareceu primeiro em Olhar Digital.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Em Alta