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Saúde

Superbactérias: IAs podem ser aliadas para superar desafio

Redação Informe 360

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A resistência antimicrobiana (RAM, ou, na sigla em inglês, AMR) ocorre quando microrganismos (como bactérias) se tornam imunes aos antibióticos, tornando o tratamento de infecções graves mais difícil.

A RAM é um risco crescente, especialmente em países de baixa e média renda, onde a disseminação de resíduos e a qualidade da água são problemáticas.

Em 2015, a OMS lançou um Plano de Ação Global para combater a RAM, e 194 países se comprometeram a desenvolver planos nacionais. No entanto, a falta de infraestrutura, financiamento e dados dificulta a implementação eficaz dessas políticas.

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Bactérias
IA mapeia dados da resistência antimicrobiana com informações cruciais para políticas globais (Imagem: Billion Photos/Shutterstock)

Solução em IA para combater a resistência antimicrobiana

  • Para ajudar, uma equipe internacional de pesquisadores criou a AMR-Policy GPT, uma ferramenta de IA que compila informações sobre políticas de RAM de 146 países.
  • O objetivo é preencher lacunas no desenvolvimento de Planos de Ação Nacionais (NAPs).
  • A ferramenta funciona de maneira semelhante ao ChatGPT, mas com foco em informações atualizadas e contextualmente relevantes sobre RAM.

Os pesquisadores acreditam que essa ferramenta ajudará os tomadores de decisão a acessar informações valiosas sobre RAM, especialmente em locais sem dados locais suficientes.

A ferramenta será atualizada continuamente para garantir a precisão das informações. No futuro, os pesquisadores planejam expandir a AMR-Policy GPT, integrando ainda mais conhecimentos científicos e políticas para otimizar o combate à resistência antimicrobiana.

A pesquisa foi publicada no periódico Environmental Science & Technology.

Antibióticos
Combate ao RAM, quando bactérias e vírus se tornam imunes aos antibióticos, ainda busca avanços em locais do mundo que possuem pouca infraestrutura – Imagem: Fahroni/Shutterstock

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Saúde

Ossos quebrados: 8 mitos e verdades que você precisa conhecer

Redação Informe 360

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Além da dor, quebrar um osso está envolto a uma série de mitos e mal-entendidos que podem confundir ou até mesmo atrapalhar o tratamento adequado.

Neste texto, vamos explorar 8 mitos e verdades sobre ossos quebrados, esclarecendo o que é fato e o que é apenas crença popular.

Crédito: Shutterstock (reprodução)

“É possível ter um osso quebrado e não sentir dor.”

Crédito: Shutterstock (reprodução)

VERDADE. Sim, é possível, embora seja raro, não sentir dor intensa ao quebrar um osso. O corpo geralmente responde com dor a uma fratura, mas a intensidade pode variar. 

Em casos de fraturas pequenas ou em pessoas com alta tolerância à dor, a sensação pode ser leve ou até quase imperceptível, o que pode levar a pessoa a não perceber a gravidade da lesão imediatamente.

“Um osso quebrado pode se regenerar.”

Fonte: Wikipedia

VERDADE. Sim, um osso quebrado pode se regenerar. Quando ocorre uma fratura, o corpo inicia um processo natural de cicatrização que pode ser dividido em três fases principais: 

  • Formação do hematoma: imediatamente após a fratura, o corpo forma um coágulo de sangue ao redor do local para conter a lesão. Isso inicia a inflamação, atraindo células que começam a limpar os fragmentos e os tecidos danificados. 
  • Formação do calo mole: dentro de alguns dias, células especializadas começam a produzir cartilagem e tecido fibroso, criando um “calo mole” que une os fragmentos do osso quebrado. 
  • Formação do calo duro: gradualmente, o calo mole é substituído por tecido ósseo mais forte, chamado osso trabecular, formando o “calo duro”. 
  • Remodelação óssea: o osso recém-formado é remodelado para se alinhar e recuperar a forma e função do osso original.

Esse processo pode levar semanas ou meses, dependendo da gravidade da fratura, do tipo de osso e da idade e saúde geral da pessoa.

“Se você consegue mexer a parte machucada, é sinal de que não quebrou nenhum osso.”

Crédito: Shutterstock (reprodução)

MITO. Nem toda fratura impede completamente o movimento da parte lesionada. Algumas fraturas, como as incompletas ou pequenas fissuras, podem permitir algum grau de movimento, embora geralmente causem dor ao tentar mexer.

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“Após a cicatrização, o osso fica mais resistente do que era antes da fratura.”

Formação de um Calo Ósseo Após uma Fratura / Fonte: Wikipedia

MITO. Embora muitas pessoas acreditem que o osso se torne mais forte após a cicatrização, isso não é verdade. Essa ideia surge devido ao calo ósseo, que já mencionamos anteriormente. 

Durante o processo de recuperação, o corpo forma esse calo na área da fratura, que pode ser inicialmente mais espesso que o osso original. 

No entanto, com o tempo, o calo é remodelado, retornando ao formato e à resistência normais do osso. Após a cicatrização completa, a força do osso é similar à que tinha antes da fratura.

“Fraturas em crianças se curam mais rápido que em adultos.”

Radiografia da parte inferior da perna de uma criança de 12 anos, mostrando placa epifisária em crescimento na tíbia e na fíbula. / Fonte: Wikipedia

VERDADE. As fraturas em crianças se curam mais rapidamente do que em adultos devido a vários fatores. Os ossos das crianças estão em constante crescimento e remodelação, o que acelera a cicatrização. Além disso, sua estrutura óssea é mais flexível, tornando-os mais elásticos e maleáveis. 

A presença das placas epifisárias, que são áreas de cartilagem nas extremidades dos ossos, facilita o reparo, pois essa região tem uma alta capacidade de regeneração celular. 

Por fim, o metabolismo ósseo é mais ativo nas crianças, acelerando o processo de formação de tecido ósseo.

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“Pessoas com mais de 65 anos apresentam maior risco de fraturas ósseas.”

Crédito: Shutterstock (reprodução)

VERDADE. Pessoas com mais de 65 anos têm maior probabilidade de fraturar os ossos por dois motivos principais. Primeiro, nessa faixa etária, a osteoporose é mais comum, o que enfraquece os ossos e os torna mais suscetíveis a fraturas, mesmo em traumas leves. 

Segundo, o risco de quedas aumenta devido a fatores como perda de equilíbrio, redução da força muscular e possíveis problemas de visão ou audição. 

Além disso, os idosos enfrentam maior gravidade nesses acidentes. Isso ocorre porque, em geral, apresentam reflexos mais lentos e menor capacidade de se proteger durante a queda, como amortecer o impacto com as mãos ou ajustar o corpo para minimizar os danos.

“Fraturas por estresse só acontecem em atletas.” 

Imagem ilustrativa com diferentes tipos de fraturas. / Fonte: MSD. Manual MSD – Versão Saúde para a Família – Direitos autorais © 2025 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas.

MITO. Fraturas por estresse podem ocorrer em qualquer pessoa exposta a movimentos repetitivos e sobrecarga no osso, não apenas em atletas. 

Até atividades cotidianas, como caminhar longas distâncias ou ficar em pé por períodos prolongados, podem causar esse tipo de fratura. Pessoas sedentárias que começam a se exercitar sem preparo, por exemplo, podem sofrer com isso. 

O fator-chave é o estresse contínuo sobre o osso, que pode ocorrer em diversos contextos, não apenas em esportes de alto desempenho.

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“Fraturas expostas sempre deixam o osso à vista.”

Crédito: Shutterstock (reprodução)

MITO. Embora o termo “fratura exposta” implique que o osso possa estar visível, isso nem sempre é o caso. Em algumas situações, o osso pode perfurar a pele durante o impacto, mas, devido ao movimento ou reposicionamento do corpo, ele pode retornar para dentro da lesão. 

O que caracteriza uma fratura como exposta é o rompimento da pele, que cria um risco elevado de infecção, independentemente de o osso estar visível ou não. Por isso, qualquer suspeita de fratura exposta deve ser tratada como uma emergência médica.

Com informações de: MSD MANUALS. Considerações gerais sobre ossos fraturados. MSD Manuals, 2023. Disponível em link.

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Saúde

Pensamentos intrusivos podem ter relação com nosso sono

Redação Informe 360

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Um estudo recente, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, revelou que a privação do sono pode prejudicar a capacidade do cérebro de suprimir memórias indesejadas e pensamentos intrusivos.

Pesquisadores da Universidade de York (Canadá), em colaboração com a Universidade de East Anglia (Reino Unido), descobriram que a falta de sono interfere na função do córtex pré-frontal, dificultando a inibição de memórias que, normalmente, seriam suprimidas.

Estudo oferece novas perspectivas para tratamentos de distúrbios mentais relacionados ao sono (Imagem: puhhha/Shutterstock)

O Dr. Scott Cairney, da Universidade de York, explicou que a supressão de memórias indesejadas é uma função inteligente do cérebro, que enfraquece a conexão entre as lembranças e impede que a experiência completa seja relembrada.

Para investigar isso, os cientistas realizaram pesquisa com 85 adultos saudáveis, metade dos quais teve uma boa noite de sono, enquanto a outra metade ficou acordada.

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Descobertas do estudo sobre sono e más lembranças

  • Durante o experimento, os participantes foram solicitados a lembrar ou suprimir memórias associadas a rostos e cenas emocionalmente negativas;
  • Os resultados mostraram que os participantes que haviam descansado ativamente o córtex pré-frontal reduziram a atividade no hipocampo ao tentar suprimir memórias, enquanto os privados de sono tiveram dificuldade em realizar esse processo;
  • Além disso, os que tiveram mais sono REM (Rapid Eye Movement, fase na qual sonhamos) foram mais eficazes em ativar o córtex pré-frontal, sugerindo que essa fase do sono é crucial para restaurar os mecanismos cerebrais que ajudam a controlar memórias indesejadas.

O Dr. Cairney ressaltou a importância desse estudo para a compreensão de distúrbios mentais, como ansiedade, depressão e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), pois essas condições estão frequentemente associadas à dificuldade de sono e ao aumento de pensamentos negativos.

O estudo sugere que melhorar o sono poderia ajudar a restaurar essas funções cerebrais, oferecendo novas perspectivas para tratamentos e terapias comportamentais.

sono
Estudo mostrou como privação do sono pode prejudicar funções de nosso cérebro (Imagem: rookie idea/Shutterstock)

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Saúde

Dengue: sorotipo 3 volta a circular no país e preocupa autoridades

Redação Informe 360

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O sorotipo 3 da dengue registrou aumento em meio a testes positivos para a doença no Brasil – sobretudo nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Amapá e do Paraná. A ampliação foi registrada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro. O cenário preocupa autoridades sanitárias brasileiras, já que o vírus não circula de forma predominante no país desde 2008 e, consequentemente, grande parte da população está suscetível.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, ao longo de todo o ano de 2024, o sorotipo da dengue que circulou de forma predominante no Brasil foi o 1, identificado em 73,4% das amostras que testaram positivo para a doença. “Estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3”, destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9).

“Quero chamar a atenção porque o sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008. Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença. Essa é uma variável que nós estamos colocando no nosso COE [Centro de Operações de Emergência] para um monitoramento da circulação desses vírus.”

Alta incidência

Uma projeção feita com base nos padrões registrados em 2023 e 2024 no Brasil e apresentada pela pasta revela que a maior parte dos casos de dengue esperados para 2025 devem ser contabilizados nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas localidades, é esperada uma incidência acima do que foi registrado ao longo do ano passado.

“O que a gente pode esperar para 2025? A gente continua com o efeito do El Niño e, portanto, com altas temperaturas e com esses extremos de temperatura. Também temos o problema da seca, que faz com que as pessoas armazenem água, muitas vezes, em locais inadequados. E isso também faz com que a proliferação de mosquitos possa acontecer”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde.

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“O aumento da circulação do sorotipo 3 não entrou nessa modelagem”, disse. “Não sabemos como ele vai se espalhar. Estamos fazendo esse monitoramento”, completou Ethel. Segundo ela, nas últimas quatro semanas de 2024, 84% dos casos de dengue se concentraram nos estados de São Paulo, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Paraná, de Goiás e de Santa Catarina.

Zika

Dados da pasta mostram ainda que, nas últimas quatro semanas de 2024, 82% do total de casos prováveis de Zika identificados no países se concentraram no Espírito Santo, no Tocantins e no Acre.

Chikungunya

Nas últimas quatro semanas de dezembro, 3.563 casos prováveis de Chikungunya foram identificados, sendo 76,3% deles em São Paulo, em Minas Gerais, no Mato Grosso, no Espírito Santo e no Mato Grosso do Sul. “Os estados se repetem, alguns deles, para dengue, Zika e Chikungunya”, destacou a secretária.

Oropouche

“Estamos com uma concentração grande de casos no Espírito Santo, com casos importados no Rio Grande do Norte, em Goiás, no Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, mas 90% dos casos estão concentrados no Espírito Santo, com aumento significativo das notificações. Estamos, neste momento, com uma equipe lá”, concluiu Ethel.

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De acordo com a pasta, na primeira semana de 2024, 471 casos de febre do Oropouche foram identificados no país. Já na primeira semana de 2025, 98 casos da doença foram contabilizados no Brasil.

Agencia Brasil

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