Saúde
Ossos quebrados: 8 mitos e verdades que você precisa conhecer

Além da dor, quebrar um osso está envolto a uma série de mitos e mal-entendidos que podem confundir ou até mesmo atrapalhar o tratamento adequado.
Neste texto, vamos explorar 8 mitos e verdades sobre ossos quebrados, esclarecendo o que é fato e o que é apenas crença popular.

Veja 8 mitos e verdades sobre ossos quebrados que você talvez não saiba
- “É possível ter um osso quebrado e não sentir dor.”
- “Um osso quebrado pode se regenerar.”
- “Se você consegue mexer a parte machucada, é sinal de que não quebrou nenhum osso.”
- “Após a cicatrização, o osso fica mais resistente do que era antes da fratura.”
- “Fraturas em crianças se curam mais rápido que em adultos.”
- “Pessoas com mais de 65 anos apresentam maior risco de fraturas ósseas.”
- “Fraturas por estresse só acontecem em atletas.”
- “Fraturas expostas sempre deixam o osso à vista.”
“É possível ter um osso quebrado e não sentir dor.”

VERDADE. Sim, é possível, embora seja raro, não sentir dor intensa ao quebrar um osso. O corpo geralmente responde com dor a uma fratura, mas a intensidade pode variar.
Em casos de fraturas pequenas ou em pessoas com alta tolerância à dor, a sensação pode ser leve ou até quase imperceptível, o que pode levar a pessoa a não perceber a gravidade da lesão imediatamente.
“Um osso quebrado pode se regenerar.”

VERDADE. Sim, um osso quebrado pode se regenerar. Quando ocorre uma fratura, o corpo inicia um processo natural de cicatrização que pode ser dividido em três fases principais:
- Formação do hematoma: imediatamente após a fratura, o corpo forma um coágulo de sangue ao redor do local para conter a lesão. Isso inicia a inflamação, atraindo células que começam a limpar os fragmentos e os tecidos danificados.
- Formação do calo mole: dentro de alguns dias, células especializadas começam a produzir cartilagem e tecido fibroso, criando um “calo mole” que une os fragmentos do osso quebrado.
- Formação do calo duro: gradualmente, o calo mole é substituído por tecido ósseo mais forte, chamado osso trabecular, formando o “calo duro”.
- Remodelação óssea: o osso recém-formado é remodelado para se alinhar e recuperar a forma e função do osso original.
Esse processo pode levar semanas ou meses, dependendo da gravidade da fratura, do tipo de osso e da idade e saúde geral da pessoa.
“Se você consegue mexer a parte machucada, é sinal de que não quebrou nenhum osso.”

MITO. Nem toda fratura impede completamente o movimento da parte lesionada. Algumas fraturas, como as incompletas ou pequenas fissuras, podem permitir algum grau de movimento, embora geralmente causem dor ao tentar mexer.
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“Após a cicatrização, o osso fica mais resistente do que era antes da fratura.”

MITO. Embora muitas pessoas acreditem que o osso se torne mais forte após a cicatrização, isso não é verdade. Essa ideia surge devido ao calo ósseo, que já mencionamos anteriormente.
Durante o processo de recuperação, o corpo forma esse calo na área da fratura, que pode ser inicialmente mais espesso que o osso original.
No entanto, com o tempo, o calo é remodelado, retornando ao formato e à resistência normais do osso. Após a cicatrização completa, a força do osso é similar à que tinha antes da fratura.
“Fraturas em crianças se curam mais rápido que em adultos.”

VERDADE. As fraturas em crianças se curam mais rapidamente do que em adultos devido a vários fatores. Os ossos das crianças estão em constante crescimento e remodelação, o que acelera a cicatrização. Além disso, sua estrutura óssea é mais flexível, tornando-os mais elásticos e maleáveis.
A presença das placas epifisárias, que são áreas de cartilagem nas extremidades dos ossos, facilita o reparo, pois essa região tem uma alta capacidade de regeneração celular.
Por fim, o metabolismo ósseo é mais ativo nas crianças, acelerando o processo de formação de tecido ósseo.
“Pessoas com mais de 65 anos apresentam maior risco de fraturas ósseas.”

VERDADE. Pessoas com mais de 65 anos têm maior probabilidade de fraturar os ossos por dois motivos principais. Primeiro, nessa faixa etária, a osteoporose é mais comum, o que enfraquece os ossos e os torna mais suscetíveis a fraturas, mesmo em traumas leves.
Segundo, o risco de quedas aumenta devido a fatores como perda de equilíbrio, redução da força muscular e possíveis problemas de visão ou audição.
Além disso, os idosos enfrentam maior gravidade nesses acidentes. Isso ocorre porque, em geral, apresentam reflexos mais lentos e menor capacidade de se proteger durante a queda, como amortecer o impacto com as mãos ou ajustar o corpo para minimizar os danos.
“Fraturas por estresse só acontecem em atletas.”

MITO. Fraturas por estresse podem ocorrer em qualquer pessoa exposta a movimentos repetitivos e sobrecarga no osso, não apenas em atletas.
Até atividades cotidianas, como caminhar longas distâncias ou ficar em pé por períodos prolongados, podem causar esse tipo de fratura. Pessoas sedentárias que começam a se exercitar sem preparo, por exemplo, podem sofrer com isso.
O fator-chave é o estresse contínuo sobre o osso, que pode ocorrer em diversos contextos, não apenas em esportes de alto desempenho.
“Fraturas expostas sempre deixam o osso à vista.”

MITO. Embora o termo “fratura exposta” implique que o osso possa estar visível, isso nem sempre é o caso. Em algumas situações, o osso pode perfurar a pele durante o impacto, mas, devido ao movimento ou reposicionamento do corpo, ele pode retornar para dentro da lesão.
O que caracteriza uma fratura como exposta é o rompimento da pele, que cria um risco elevado de infecção, independentemente de o osso estar visível ou não. Por isso, qualquer suspeita de fratura exposta deve ser tratada como uma emergência médica.
Com informações de: MSD MANUALS. Considerações gerais sobre ossos fraturados. MSD Manuals, 2023. Disponível em link.
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Saúde
O que é Zolpidem? Conheça para que serve e quais são os riscos do remédio para dormir

É possível que, nos últimos anos, você já tenha escutado o nome Zolpidem, provavelmente nas redes sociais, com jovens afirmando ter tomado o medicamento e passado por alguns efeitos colaterais intrigantes.
Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz diversas informações importantes relacionadas ao fármaco. Continue a leitura e confira todos os detalhes sobre o Zolpidem.
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O que é Zolpidem e para que serve?

O Zolpidem é um hipnótico não-benzodiazepínico do grupo das imidazopiridinas. Ele tem como objetivo auxiliar quem tem dificuldades para dormir ou manter o sono durante o período necessário.
O medicamento foi desenvolvido para agir no SNC (Sistema Nervoso Central) e conta com propriedades relaxantes, sedativas e ansiolíticas.
O fármaco serve para o tratamento da insônia, quando a pessoa apresenta dificuldade transitória (de 2 a 3 semanas) ou ocasional (de 2 a 5 dias) para dormir. Um ponto muito importante é que ele só deve ser utilizado durante um curto período, com o prazo máximo de quatro semanas.
Quem pode tomar o medicamento?

Ele é indicado para pacientes que estejam lidando com uma situação estressante, como a perda de um emprego ou de um ente querido, e assim sofram com dificuldades para dormir.
Após o período de quatro semanas, se a pessoa ainda não conseguir pegar no sono, os médicos buscam outras soluções, como outros remédios, terapias psicológicas e mudanças de hábitos.
Também é importante salientar que pode ser usado, com cautela e orientação médica, por quem tiver síndrome da apneia do sono (um transtorno que causa a interrupção da respiração durante o sono) e miastenia gravis, uma condição que prejudica os nervos e os músculos, gerando cansaço.
Como funciona o medicamento?

Depois de ingerido, o Zolpidem é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, distribuído pelos tecidos e conduzido até seu alvo de ação. Ali, começa a induzir o sono. Em seguida, passa por um processo de metabolização (quando é transformado em substâncias que o corpo consegue eliminar) e, por fim, é excretado principalmente pelos rins.
No campo da farmacodinâmica, o Zolpidem pertence à classe dos não-benzodiazepínicos, substâncias capazes de se ligar aos receptores GABAA, localizados nos neurônios do sistema nervoso central. Essa ligação reduz a atividade dos impulsos nervosos, o que facilita o início do sono.
O efeito surge rapidamente: cerca de 30 minutos após a ingestão, o medicamento já começa a agir, diminuindo o tempo necessário para adormecer.
É seguro tomar o Zolpidem?
O medicamento é conhecido desde 1988 na Europa, mas chegou às Américas apenas na década de 1990. Ele sempre foi considerado seguro e pode beneficiar os pacientes que estejam passando por um momento de estresse e durante um pequeno intervalo de tempo.
O medicamento é contraindicado para:
- Pessoas que possuem hipersensibilidade (alergia ou intolerância) ao Zolpidem ou a qualquer outro componente da fórmula;
- Quem tiver o quadro de insuficiência respiratória severa e/ou aguda;
- Pacientes com insuficiência hepática severa (redução da função do fígado);
- Indivíduos acometidos com o comportamento de complexo de sono após tomar este medicamento;
- Público na faixa etária pediátrica;
- Mulheres grávidas sem orientação médica.
Possíveis efeitos colaterais
O uso indiscriminado de Zolpidem por um longo período é preocupante, pois pode causar dependência e tolerância. Após algum tempo, a dose inicial já não costuma fazer o efeito necessário. Também existem casos de pessoas que passam a acreditar que só vão dormir se tomarem o medicamento.
Os riscos não param por aí, pois aproximadamente 5% dos indivíduos que usam o fármaco podem ter um quadro de sonambulismo e amnésia. A incidência desse efeito é ainda maior se a pessoa não seguir a recomendação médica de tomar o comprimido e deitar logo após.
Isso pode ser grave, já que o paciente corre o risco de realizar alguma ação sem estar em sua plena consciência. Um caso famoso que serve como exemplo é o de Pedro Pereira, que tomou o medicamento, fez duas compras de pacotes de viagem e no outro dia não se lembrava disso.
Ademais, o uso excessivo do Zolpidem pode trazer problemas para a memória, atenção e raciocínio do indivíduo. Então, sempre consulte um médico e utilize o remédio conforme a prescrição do especialista, por pouco tempo.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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Saúde
É possível estar desidratado e não sentir sede?

A sede é o principal sinal de que o corpo precisa de água, mas nem sempre ela aparece quando o organismo está desidratado. Em algumas situações, especialmente durante episódios depressivos ou em condições que afetam o controle da hidratação, é possível que a desidratação ocorra sem que a pessoa perceba.
Neste artigo, vamos entender esse fenômeno e explicar como a falta de hidratação pode afetar tanto a saúde física quanto a mental.
A importância da sede no equilíbrio do corpo

A sede é uma sensação interna provocada por estímulos fisiológicos que indicam a necessidade de repor água e sais minerais. Esse mecanismo é regulado por áreas específicas do cérebro, principalmente o hipotálamo, que detectam mudanças na concentração de sais no sangue e na quantidade de líquidos corporais.
Quando há uma perda de cerca de 0,5% do peso corporal em água, o corpo aciona o “limiar da sede”, levando à vontade de beber líquidos. Essa necessidade pode ser:
- Sede verdadeira: persiste até que o corpo seja reidratado.
- Sede falsa: desaparece apenas com o ato de umedecer a boca, sem que haja real necessidade fisiológica.
Entretanto, em alguns casos, o organismo não emite sinais claros, e a pessoa pode não sentir sede mesmo diante de um quadro de desidratação leve ou moderada.
Como o cérebro controla a sede

Diversas regiões cerebrais trabalham juntas para regular o impulso de beber água. O hipotálamo, o órgão subfornical e o núcleo pré-óptico mediano são os principais responsáveis por monitorar o equilíbrio hídrico.
Quando há redução do volume sanguíneo ou aumento da concentração de sais, essas áreas enviam sinais para liberar vasopressina, um hormônio que ajuda a conservar água nos rins.
Esse sistema é altamente eficiente, mas pode ser alterado por distúrbios neurológicos, metabólicos ou psicológicos, como ocorre em pessoas com depressão ou apatia.
Desidratação e depressão: uma relação silenciosa

Sim, é possível estar desidratado e não sentir sede. Pessoas que atravessam episódios depressivos frequentemente apresentam baixa motivação para atividades básicas, como comer e beber água.
Com o tempo, isso pode levar à desidratação e subnutrição, mesmo sem a percepção de sede. O corpo deixa de enviar sinais claros, e a falta de ingestão hídrica agrava o quadro emocional.
Estudos mostram que a desidratação interfere diretamente na produção de neurotransmissores como a serotonina, essencial para o controle do humor. Assim, o problema pode se tornar um ciclo: a depressão causa desidratação, e a desidratação intensifica sintomas depressivos como fadiga, irritabilidade e lentidão cognitiva.
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A conexão entre hidratação e saúde mental

A água é vital para o funcionamento do corpo e do cérebro. Além de regular a temperatura e transportar nutrientes, ela influencia diretamente a função cognitiva e emocional. A hidratação também está relacionada a condições como ansiedade, déficit de atenção, memória e depressão.
Um estudo com mais de 3.000 adultos iranianos observou que pessoas que bebiam menos de dois copos de água por dia tinham risco significativamente maior de desenvolver sintomas depressivos do que aquelas que consumiam cinco copos ou mais.
Até mesmo pequenos níveis de desidratação podem causar queda de energia, dificuldade de foco e alterações de humor, sintomas frequentemente confundidos com cansaço ou estresse.
Benefícios da hidratação adequada para o cérebro

A hidratação correta promove equilíbrio eletrolítico, melhora a circulação cerebral e auxilia na transmissão de impulsos nervosos. Quando o corpo está bem hidratado, há melhor oxigenação do cérebro, o que se reflete em:
- Maior clareza mental e atenção.
- Melhora no humor e redução da ansiedade.
- Aumento da memória de curto prazo e do tempo de reação.
- Redução da sensação de fadiga e apatia.
Em contrapartida, a falta de água pode levar a confusão mental, cefaleias (dores de cabeça) e até sintomas físicos como tontura e palpitações.
Dicas para manter-se hidratado

Mesmo que a sede não seja perceptível, é importante criar hábitos que garantam uma ingestão constante de líquidos. Segundo nutricionistas, o ideal é beber pequenas quantidades de água ao longo do dia, sem esperar sentir sede.
Algumas estratégias simples de hidratação incluem:
- Combine as refeições com água em vez de refrigerantes ou sucos industrializados.
- Tenha sempre uma garrafa de água por perto e reabasteça com frequência.
- Consuma frutas e vegetais ricos em água, como melancia, pepino, laranja, abobrinha e alface.
Vale lembrar que metade da água ingerida diariamente pode vir dos alimentos, especialmente dos in natura ou minimamente processados. Pratos tradicionais como feijão com arroz têm cerca de dois terços de seu peso em água, contribuindo para a hidratação.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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Saúde
Quais os riscos de um transplante de órgão?

O transplante de órgão é um procedimento cirúrgico extremamente importante e, muitas vezes, necessário para salvar vidas. Ele consiste na reposição de um órgão (como pulmão, coração, pâncreas, rim ou fígado) ou de tecidos, como ossos, medula óssea e córneas, de um doador vivo ou falecido para um paciente doente.
Neste conteúdo, você verá que, assim como todo procedimento cirúrgico, o transplante de órgão tem alguns riscos. Entretanto, saiba que o texto a seguir não deve ser interpretado para desmotivar pacientes que precisam de transplantes ou sugerir que os procedimentos são ruins. Transplantes são importantes e salvam vidas.
Além disso, todos os riscos são minimizados por conta de diversos cuidados que são tomados pelos profissionais de saúde. O Brasil é referência mundial na área de transplantes e tem o maior sistema público de transplantes do mundo. A rede pública oferece aos pacientes assistência integral e gratuita, com exames preparatórios, acompanhamento, cirurgia e medicamentos pós-transplante.
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5 riscos de um transplante de órgão
A seguir, você confere 5 coisas que podem acontecer em um transplante de órgão. Inclusive, existem alguns casos raros ocorridos com pacientes no Brasil.
1. Rejeição do órgão transplantado

Logo após o transplante, é possível que o paciente comece a sentir sintomas de rejeição do órgão. Isso também pode ocorrer semanas, meses ou até anos depois.
O paciente pode sofrer com uma rejeição aguda assim que recebe o novo órgão, tendo calafrios, febre, fadiga, náusea e alterações bruscas na pressão arterial. Há também a possibilidade de a pessoa desenvolver uma rejeição crônica, que ocorre mais tarde e causa problemas contínuos de baixo nível ao órgão doado.
2. Infecção

Toda pessoa que passa por uma cirurgia corre o risco de sofrer com uma infecção. Pacientes transplantados não são diferentes. Eles podem sofrer infecções em decorrência da própria cirurgia, do uso de imunossupressores, do mau funcionamento do órgão transplantado ou de distúrbios que afetam o sistema imunológico.
As infecções que podem afetar pacientes transplantados são as mesmas que qualquer outra pessoa se recuperando de uma cirurgia pode ter, como infecções do local, no órgão recebido, trato urinário ou pneumonia. Há também riscos de parasitas, vírus, fungos e bactérias. Para evitar que isso aconteça, a maioria das pessoas transplantadas toma remédios antimicrobianos.
3. Câncer

Recentemente um caso raro de câncer acometeu um homem transplantado em São Paulo. Trata-se de Geraldo Vaz Junior, de 58 anos. Ele passou por um transplante de fígado e após meses do procedimento, foi diagnosticado com um câncer no órgão. Ao realizar exame de DNA, descobriu que as células cancerígenas não lhe pertenciam.
Conforme o Manual dos Transplantes (2022), do Ministério da Saúde, todo doador apto deve passar por uma triagem clínica, de imagem e laboratorial para descartar infecções e neoplasias transmissíveis (tipos de câncer). Se houver suspeita de tumor, o órgão é descartado de forma imediata.
Todavia, não existe um método que tenha a capacidade de eliminar o risco da doença por completo, pois células malignas microscópicas não são possíveis de ser detectadas.
No caso do Geraldo, ele recebeu o transplante no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao ser questionado pelo G1 sobre o caso, o hospital afirmou que “participa do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) como centro transplantador, recebe os órgãos já analisados tecnicamente pela Central Estadual de Transplantes e realiza exclusivamente o procedimento cirúrgico, seguindo os protocolos estabelecidos pelo SNT. A organização atua em conformidade com a legislação brasileira e segue as melhores práticas internacionais em todos os seus processos assistenciais”.
4. HIV

Outro caso raro foi o de infecção por HIV em seis pacientes no Rio de Janeiro em 2024. Acontece que dois doadores realizaram exame de sangue em um laboratório privado na Baixada Fluminense e os resultados foram falsos negativos.
Isso pode acontecer devido a um erro laboratorial ou à “janela imunológica” de duas a três semanas entre a exposição a um agente infeccioso e a produção de anticorpos necessários para a detecção nos testes. Apesar do risco, é muito raro que pessoas que receberam órgãos contraiam a doença.
5. Doença do enxerto contra o hospedeiro

Imagem: shutterstock_Chay_Tee
Essa doença pode acontecer quando os glóbulos brancos (o enxerto) do doador atacam os tecidos do receptor (o hospedeiro). Quando ocorre, é em pessoas que recebem transplante de células-tronco, mas também há casos em pacientes que recebem transplantes de intestino delgado e fígado.
Entre os sintomas estão erupção cutânea, icterícia, febre, dores abdominais, diarreia, vômitos, perda de peso e elevação do risco de infecção. Apesar do risco de morte, é possível tratar essa doença.
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