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Saúde

Duas vacinas podem proteger o cérebro contra a demência, diz estudo

Redação Informe 360

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Duas vacinas recomendadas para idosos — contra herpes zoster (Shingrix) e vírus sincicial respiratório (VSR, nome comercial Arexyv) — estão associadas a um menor risco de demência, segundo um estudo com mais de 130 mil pessoas nos EUA.

O estudo foi publicado na revista científica npj Vaccines.

Médico com uma serunga
Imunizantes usados por idosos mostram efeito promissor na prevenção da demência, segundo estudo com 130 mil pessoas (Imagem: pedro7merino/Shutterstock)

Descobertas do estudo

  • A vacina Shingrix reduziu em 18% o risco de demência, em comparação com a vacina anual da gripe.
  • A vacina contra o VSR apresentou redução de 29%.
  • A combinação das duas levou a uma redução de até 37%, embora sem efeito cumulativo estatisticamente significativo.

Ambas utilizam o adjuvante AS01, um reforço que estimula o sistema imunológico — algo ausente na vacina contra a gripe.

Como a proteção apareceu logo após a vacinação, os pesquisadores acreditam que o benefício não se deve à prevenção do vírus em si, mas sim ao efeito do adjuvante sobre o sistema imune cerebral.

Tomografia computadorizada de um cérebro humano
Cientistas descobriram que vacinas podem fazer mais do que proteger contra vírus (Imagem: Triff/Shutterstock)

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Maior compreensão sobre a demência

O achado reforça uma hipótese emergente: a demência pode ser, em parte, um distúrbio imunológico no cérebro. Vacinas com certos adjuvantes poderiam, portanto, ativar mecanismos de proteção ainda pouco compreendidos.

Embora os mecanismos exatos ainda sejam desconhecidos, os cientistas destacam que essas descobertas podem abrir caminho para novas estratégias preventivas contra o declínio cognitivo, mesmo na ausência de infecções.

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vacina
Estudo revela que alguns imunizantes ativam o sistema imune cerebral e reduzem o risco de declínio cognitivo (Imagem: PhotobyTawat/Shutterstock)

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Saúde

Por que estresse e tristeza podem alterar o apetite?

Redação Informe 360

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O apetite humano é regulado por uma complexa interação entre fatores hormonais, emocionais e neurológicos. Quando sentimentos como estresse e tristeza entram em cena, essa engrenagem pode se desestabilizar, provocando alterações alimentares significativas. Mas por que essas variações acontecem? Descubra agora.

O impacto do estresse no apetite

O estresse é uma reação natural do organismo diante de situações desafiadoras. Em momentos assim, o corpo ativa o chamado mecanismo de luta ou fuga, liberando hormônios como CRH (hormônio liberador de corticotrofina) e cortisol, ambos com impactos diretos sobre o apetite. 

Mulher estressada e cansada comendo pizza à noite. / Crédito: Nicoleta Ionescu (Shutterstock/reprodução)

De forma geral, o estresse agudo, que surge de forma súbita e intensa, tende a reduzir o apetite. Isso ocorre porque o CRH interfere no sistema digestivo, suprimindo o desejo de comer.

menina sentada à mesa, chateada por estar comando
Crédito: Tatyana Dzemileva (Shutterstock/reprodução)

Além disso, o aumento do suco gástrico promovido pelo cortisol pode causar sintomas como náuseas, indigestão e diarreia, tornando a alimentação menos atraente.

Por outro lado, em situações de estresse crônico, a resposta é inversa: os níveis prolongadamente elevados de cortisol estimulam o consumo de alimentos calóricos, principalmente ricos em gordura e açúcar.

Isso ocorre porque o hormônio aumenta os níveis de grelina (conhecido como “hormônio da fome”) e reduz os de leptina (o “hormônio da saciedade”), incentivando a ingestão excessiva de alimentos.

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A repetição desse padrão pode levar ao chamado comportamento de comer emocionalmente, marcado por episódios de compulsão alimentar.

A tristeza como fator inibidor ou estimulador do apetite

Assim como o estresse, a tristeza também afeta o apetite, mas de maneira um pouco diferente.

Ilustração médica 3D do hipotálamo, responsável por divesas funções no cérebro, inclusive no controle do apetite e da sede. / Crédito: 3dMediSphere (Shutterstock/reprodução)

Emoções como melancolia, desânimo e luto geralmente levam à inibição do apetite. A explicação está nas regiões cerebrais envolvidas no processamento emocional, como o hipotálamo e a amígdala cerebral, que também atuam no controle da fome.

Quando dominadas por sentimentos negativos, essas áreas podem reduzir o estímulo à alimentação.

No entanto, nem todas as pessoas reagem da mesma forma. Para alguns, a comida funciona como um refúgio emocional diante da dor ou da perda. Nesse caso, ocorre o fenômeno da fome emocional, caracterizado pela busca por alimentos para aliviar emoções desconfortáveis, que geralmente são de baixa qualidade nutricional, como doces e ultraprocessados.

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Segundo especialistas, essa prática ativa o sistema de recompensa cerebral, promovendo uma liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores associados ao prazer e ao bem-estar, criando um alívio momentâneo, mas com possíveis consequências negativas a longo prazo, como ganho de peso, culpa e problemas de saúde.

Fome emocional e saúde mental

A fome emocional é um dos principais indicadores de que há um desequilíbrio na forma como uma pessoa lida com suas emoções.

imagem mostra mulher sentada à noite no sofá, de frente pra tv, comendo besteira enquanto assista a alguma coisa
Comer emocional: mulher sozinha come doces assistindo TV durante a noite. / Crédito: Flotsam (Shutterstock/reprodução)

Diferente da fome física, que se instala gradualmente, a fome emocional surge de forma repentina, não é saciada facilmente e, muitas vezes, vem acompanhada de sentimentos de culpa após a ingestão.

Ela está comumente associada a transtornos como ansiedade, depressão, burnout e transtorno bipolar.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com mais de 18 milhões de pessoas afetadas. Esse cenário torna ainda mais relevante o reconhecimento e o tratamento desses comportamentos, uma vez que podem evoluir para distúrbios alimentares mais graves.

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Diferenças individuais e fatores de risco

A maneira como o estresse e a tristeza afetam o apetite varia de pessoa para pessoa. Fatores genéticos, hormonais e comportamentais influenciam fortemente essa resposta.

Mulher cruza garfo e faca com a boca selada por fita, simbolizando restrição alimentar. / Crédito: Motortion Films (Shutterstock/reprodução)

Pesquisas apontam que mulheres, por exemplo, têm maior tendência a aumentar o consumo alimentar em situações de estresse, o que pode estar relacionado a questões hormonais e padrões socioculturais.

Pessoas com histórico de restrição alimentar também são mais vulneráveis a episódios de compulsão sob estresse. Um estudo da George Mason University mostrou que essas pessoas tendem a romper o autocontrole quando estão emocionalmente abaladas, recorrendo a alimentos como forma de consolo.

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Estratégias para lidar com as alterações no apetite

Felizmente, existem formas saudáveis de lidar com o estresse e a tristeza sem recorrer à alimentação como válvula de escape.

imagem mostra uma mulher aproveitando cada momento de sua refeição: macarronada
Mulher comendo (Imagem: Prostock-studio/Shutterstock)

A prática regular de exercícios físicos estimula a produção de endorfina, hormônio que gera sensação de prazer e bem-estar. Atividades como yoga, meditação, caminhadas e escrita terapêutica também são recomendadas para aliviar a carga emocional.

Além disso, é importante identificar os gatilhos emocionais que levam à mudança no apetite.

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Reconhecer padrões e procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica quando necessário pode ser fundamental. Pequenas ações, como manter alimentos saudáveis em casa e evitar o consumo impulsivo, também ajudam na construção de uma relação mais equilibrada com a comida.

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Cidades

Campos é contemplado com kit de equipamentos para criação do Polo de Teleconsulta

Redação Informe 360

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Campos foi contemplado com um kit de equipamentos para teleconsulta e 13 combos de equipamentos para Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os investimentos, publicados na Portaria GM/MS nº7.613 de 17 de junho de 2025, fazem parte do Novo PAC Saúde e permitirão ao município implementar a teleconsulta, uma estratégia do Ministério da Saúde para integrar a saúde digital ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, as UBS vão ampliar a oferta de procedimentos, exames diagnósticos, vacinas e cuidados.

No kit de teleconsulta estão previstos computador portátil, microfone, projetor multimídia, mesa de escritório, cadeiras e câmara de segurança que, de acordo como secretário Municipal de Saúde, Paulo Hirano, irão permitir a criação do Polo de Teleconsulta, atender, principalmente, aqueles locais mais distantes do centro da cidade.

“O Ministério da Saúde está contemplando as cidades que têm estrutura, com esses equipamentos para avançar na teleconsulta. É um projeto muito interessante, que vai permitir que possamos capilarizar essa assistência, fazendo com que as unidades mais distantes do centro da cidade possam ter o acesso, principalmente a determinadas especialidades. A teleconsulta é uma grande ferramenta que vai facilitar o acesso dos pacientes à assistência em saúde”, disse Paulo Hirano lembrando que Campos é o maior município em extensão territorial do Estado.

Já os combos de equipamentos, serão utilizados nas Unidades Básicas vinculadas à Saúde na Atenção Primária em Saúde do município. Eles são compostos por câmara fria para vacinas, retinógrafo portátil, espirômetro digital, dermatoscópio, eletrocardiógrafo eletrocautério (bisturi elétrico), desfibrilador externo automático, doppler vascular, laser para fisioterapia, ultrassom para fisioterapia, balança portátil até 200kg, TENS e FENS, dinamômetro, cadeira de rodas, fotóforo e tábua de propriocepção.

“Esses equipamentos portáteis serão utilizados para auxiliar o atendimento e diagnóstico por parte das equipes pelas equipes da Estratégia Saúde da Família. É uma série de equipamentos que vem para potencializar, empoderar e facilitar a ação dos médicos das unidades mais distantes. Então, vai ser um grande avanço com certeza. Mais um grande passo para que a gente possa assistir melhor à nossa população”, reforçou Hirano.

Ambos os projetos visam facilitar o acesso da população à assistência médica e fortalecer o SUS digital.

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Saúde

Estudo: gordura abdominal e perda muscular eleva em 83% o risco de morte depois dos 50

Redação Informe 360

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Um estudo da UFSCar em parceria com a University College London concluiu que pessoas com gordura abdominal e baixa massa muscular apresentam 83% mais risco de morte do que aquelas sem essas condições.

Essa combinação caracteriza a obesidade sarcopênica, um quadro difícil de diagnosticar, associado à perda de autonomia, maior risco de quedas, fragilidade e pior qualidade de vida em idosos.

A pesquisa foi publicada na revista Aging Clinical and Experimental Research.

Obesidade sarcopênica pode ser detectada com métodos simples, facilitando intervenções precoces em idosos (Imagem: Liudmila Chernetska/iStock)

Descobertas do estudo

  • O diferencial da pesquisa foi mostrar que é possível identificar precocemente a condição usando métodos simples e acessíveis, como a medição da circunferência abdominal e estimativas clínicas da massa muscular magra, sem depender de exames caros como tomografia ou ressonância.
  • Com dados de mais de 5.400 pessoas acima de 50 anos, acompanhadas por 12 anos no estudo britânico ELSA, os pesquisadores observaram que o risco de morte não é elevado apenas com obesidade abdominal ou perda muscular isoladamente, mas principalmente quando ambas coexistem.
  • Segundo os autores, o acúmulo de gordura corporal provoca uma inflamação crônica que agrava a degradação muscular, comprometendo funções metabólicas e imunológicas do corpo.

Leia mais:

A pesquisa propõe critérios simples para triagem clínica, como circunferência abdominal acima de 102 cm para homens e 88 cm para mulheres, e índice de massa muscular esquelética inferior a 9,36 kg/m² (homens) ou 6,73 kg/m² (mulheres).

Os resultados podem ajudar a ampliar o acesso de pessoas idosas a intervenções preventivas, como reeducação alimentar e programas de atividade física, contribuindo para um envelhecimento mais saudável.

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A matéria original foi publicada na Agência FAPESP.

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