Saúde
Doença mortal dos séculos 16 e 18 reaparece e acende alerta

O escorbuto, doença causada pela deficiência de vitamina C, voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde ao redor do mundo. A condição, que vitimou milhões de marinheiros entre os séculos XVI e XVIII, era considerada rara em países desenvolvidos. No entanto, casos recentes indicam um ressurgimento da doença, especialmente em populações vulneráveis.
Exemplos preocupantes são o de um australiano de 51 anos, que foi internado com um caso agudo da doença, e crianças francesas de baixa renda diagnosticadas com a doença. Estes quadros clínicos levantaram um alerta sobre a relação entre dificuldades econômicas e a falta de acesso a uma alimentação equilibrada.
Paciente descobre escorbuto após quadro grave
- O paciente apresentou erupções cutâneas dolorosas nas pernas, que rapidamente se espalharam pelo corpo.
- Durante uma série de exames para investigar a inflamação dos vasos sanguíneos, também foram identificados sangue na urina e sinais de anemia.
- Contudo, os testes não apontaram evidências de doenças autoimunes ou hemorragia interna.
- A causa dos sintomas só foi identificada quando os médicos investigaram os hábitos alimentares do paciente.
- Um estudo do caso revelou que ele enfrentava dificuldades financeiras, o que o levou a negligenciar a alimentação, eliminando frutas e vegetais de sua dieta.
- Além disso, após passar por uma cirurgia, ele parou de tomar os suplementos vitamínicos e minerais prescritos devido à falta de dinheiro, agravando ainda mais a deficiência nutricional.
- Os resultados do caso foram publicados na revista BMJ Case Reports.
- O paciente se recuperou após iniciar um tratamento com suplementação de vitamina C, vitamina D3, ácido fólico e multivitamínicos.
- No entanto, especialistas alertam que o escorbuto pode ser fatal se não for tratado.
Escorbuto ressurge na França e afeta crianças de baixa renda
Pesquisadores franceses identificaram um crescimento preocupante nos casos de escorbuto, especialmente entre crianças de quatro a dez anos de famílias de baixa renda. Um estudo publicado na revista The Lancet aponta a relação entre o aumento da doença e a insegurança alimentar agravada pela inflação pós-pandemia.

Aumento significativo desde 2020
Dados analisados por médicos e pesquisadores indicam que as hospitalizações por escorbuto cresceram 34,5% desde março de 2020, período que coincidiu com o início da pandemia de Covid-19. O aumento dos preços dos alimentos, com destaque para o índice de 15% de inflação nos alimentos em janeiro de 2023, limitou o acesso de muitas famílias a frutas e vegetais ricos em vitamina C, essenciais para a prevenção da doença.
Além da desnutrição, muitos dos casos analisados apontaram que crianças afetadas passaram dias sem se alimentar, segundo relatos de enfermeiros. Especialistas defendem a necessidade de políticas públicas mais eficazes, incluindo maior investimento em assistência social e programas alimentares para mitigar o impacto da crise econômica na nutrição infantil.
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Aumento de casos gera preocupação
A vitamina C é essencial para a cicatrização de feridas, fortalecimento do sistema imunológico e regeneração óssea. Por isso, uma dieta pobre neste nutriente por apenas um mês pode desencadear a doença. Os sintomas incluem fadiga, inchaço nas pernas, hematomas frequentes e infecções graves.

Embora tenha sido uma das principais causas de morte entre marinheiros há séculos, o escorbuto ainda está presente na atualidade. Um estudo recente nos Estados Unidos apontou que os casos de escorbuto pediátrico triplicaram entre 2016 e 2020. A condição está frequentemente associada a problemas como obesidade, transtorno do espectro do autismo e baixa renda.
Apesar do aumento dos casos, a doença tem tratamento simples e seus sintomas podem desaparecer em menos de 24 horas com a suplementação adequada. Ainda assim, especialistas reforçam a necessidade de conscientização sobre a importância da vitamina C na alimentação e os riscos de deficiências nutricionais para a população em situação de vulnerabilidade.
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Saúde
AVC mata um brasileiro a cada seis minutos; 80% dos casos poderiam ser evitados

O acidente vascular cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil, perdendo apenas para o infarto. Segundo informou o Ministério da Saúde ao g1, as doenças cardiovasculares representam cerca de 30% dos óbitos anuais no país.
De janeiro a outubro deste ano, 64.471 pessoas morreram por AVC, o que equivale a uma vida perdida a cada seis minutos. Em 2023, foram mais de 85 mil mortes registradas, colocando o Brasil entre os países com maior carga da doença.
Além do impacto humano, o custo financeiro é expressivo: entre 2019 e setembro de 2024, o tratamento de pacientes com AVC custou R$ 910 milhões ao sistema hospitalar, com mais de 85 mil internações — sendo que um em cada quatro pacientes precisou de UTI, segundo dados da consultoria Planisa.
Controle da pressão e hábitos saudáveis são essenciais
Segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC), oito em cada dez casos de AVC poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. Entre os principais fatores de risco estão a hipertensão arterial, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo e colesterol alto. O controle da pressão arterial é apontado como o passo mais importante para reduzir o risco, já que a hipertensão é silenciosa, mas altamente tratável.

A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e abandono do cigarro, também é decisiva para diminuir a incidência da doença.
Existem dois tipos principais de AVC: o isquêmico, que representa 85% dos casos e é causado pela obstrução de um vaso sanguíneo, e o hemorrágico, responsável por 15% dos episódios, quando ocorre o rompimento de uma artéria cerebral. Embora menos comum, o tipo hemorrágico é mais grave e tem maior risco de sequelas e mortalidade.
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Cresce o número de jovens acometidos por AVC
Antes considerada uma doença de idosos, o AVC vem se tornando cada vez mais frequente entre jovens adultos. Nos últimos dez anos, a incidência do tipo isquêmico aumentou 66% em pessoas com menos de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de AVC.
Entre os principais fatores que explicam esse crescimento estão as doenças cardíacas, como a persistência do forame oval (que permite a passagem de coágulos ao cérebro), o tabagismo combinado com anticoncepcionais hormonais (que multiplica o risco de AVC e trombose), e o uso de anabolizantes e testosterona em academias, elevando o risco de tromboses graves.
Além disso, o estresse contínuo, noites mal dormidas e dietas desequilibradas contribuem para o aumento precoce de hipertensão, obesidade e diabetes — condições diretamente ligadas ao AVC.

Reconhecimento rápido salva vidas
O tempo de resposta é determinante no tratamento. Os sintomas do AVC aparecem de forma súbita e exigem ação imediata. O teste “SAMU” ajuda a identificar rapidamente os sinais:
- Sorriso: peça para a pessoa sorrir; se um lado do rosto não mexer, é sinal de alerta.
- Abraço: veja se consegue levantar os dois braços.
- Música: peça para repetir uma frase simples; se houver dificuldade, procure ajuda.
- Urgente: ligue imediatamente para o 192.
O tratamento precisa começar em até quatro horas após o início dos sintomas. Em casos isquêmicos, podem ser utilizados medicamentos trombolíticos ou o procedimento de trombectomia mecânica para remover o coágulo. O diagnóstico é feito por tomografia ou ressonância magnética, que identificam o tipo e a área afetada.

A reabilitação — com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional — é essencial para recuperar funções perdidas. Embora os avanços médicos tenham melhorado o prognóstico, especialistas são unânimes: a prevenção é a arma mais eficaz contra o AVC. Controlar os fatores de risco e adotar um estilo de vida saudável ainda é o caminho mais seguro para evitar essa condição devastadora.
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Cidades
Campos: HFM passa por retoques finais para inauguração do novo pronto-socorro

Os preparativos para a inauguração do novo pronto-socorro do Hospital Ferreira Machado (HFM) seguem em ritmo acelerado. A entrega do espaço será no próximo dia 3 de novembro, e nessa terça-feira (28) a movimentação foi intensa para garantir que tudo esteja pronto até a data do lançamento.
Durante a manhã, foi realizado o polimento dos corrimões da escada e da rampa que dão acesso ao novo setor. As salas e consultórios começaram a receber uma limpeza completa, minuciosa, para adiantar o processo e deixar o ambiente pronto para o funcionamento. Também foi iniciada a colocação dos mobiliários como mesas e cadeiras, enquanto a pintura acetinada de todas as áreas chegou à fase final. Paralelamente, a montagem e a higienização dos novos mobiliários seguem em andamento.
A equipe de Tecnologia da Informação da Fundação Municipal de Saúde (FMS) também esteve no local para realizar a instalação da rede lógica de computadores, câmeras e telefonia VoIP. De acordo com o gerente de TI da FMS, Bruno de Souza Barreto, todo o sistema está sendo integrado ao restante do hospital.
“Estamos montando o sistema de chamadas e de comunicação interna. Haverá uma TV usada como painel de chamadas, direcionando o fluxo dos pacientes desde o registro inicial até o atendimento médico. Todo o sistema será interligado ao hospital, o médico faz a prescrição, que cai automaticamente para a enfermagem, que solicita à farmácia, e o controle de medicações é acompanhado em tempo real. É o mesmo sistema já utilizado no HGG, no Hospital São José e na Clínica da Criança”, explicou Bruno.
O novo pronto-socorro contará com duas recepções, uma para atendimento de acompanhantes, visitantes e funcionários, e outra voltada exclusivamente aos pacientes em situação de urgência, com banheiros adaptados para pessoas com deficiência, bebedouros e totem para retirada de senhas.
O espaço também terá quatro consultórios (otorrinolaringologista, oftalmologista, clínico geral e ortopedia), além de sala de classificação de risco, que será o primeiro ponto de atendimento dos pacientes, sala de medicação/hipotermia, sala de gesso, sala de hidratação, setor administrativo e serviço social. O novo politrauma e uma moderna sala de reanimação completam a estrutura.
Fonte: Secom-PMCG Por: Isabella Corrêa – Foto: Isabella Corrêa / Divulgação
Cidades
Prefeitura de SJB anuncia local onde será o Hospital Municipal

A prefeita Carla Caputi anunciou o local onde será construído o Hospital Municipal de São João da Barra, um dos principais investimentos da atual gestão na área da saúde, que terá novidades também a partir do próximo mês com a ampliação do atendimento de urgência no Centro de Emergência do município.
O hospital será construído em uma área ao lado da Câmara Municipal, às margens da BR-356, com terreno de cerca de 10 mil metros quadrados e aproximadamente 7 mil metros quadrados de área construída.
A prefeita destacou que o projeto foi planejado com responsabilidade e representa um avanço importante para a estrutura de saúde do município. “Estamos concretizando um compromisso importante com a população. O hospital será construído com planejamento e responsabilidade”, afirmou.
Durante o anúncio, Carla Caputi também confirmou a ampliação da urgência e emergência municipal, prevista para o dia 1º de novembro. O espaço passará a contar com o dobro de leitos para pacientes graves (UPG), laboratório próprio para exames rápidos, além de novos leitos de psiquiatria e ortopedia 24 horas.
A prefeita informou ainda que, neste ano, diante de tantos novos investimentos, a Expo Barra não será realizada. “O Parque de Exposições passará por melhorias para que, no próximo ano, possamos realizar uma festa mais organizada e segura”, explicou.
Em novembro, o município dará início ao Natal de São João da Barra, com desfiles, apresentações culturais e a Casa do Papai Noel com fotografia gratuita. A programação será realizada em todos os distritos e tem como objetivo fortalecer o comércio e o turismo local.
Fonte: Secom-PMSJB

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