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Saúde

Como é feita uma cirurgia bariátrica?

Redação Informe 360

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A cirurgia bariátrica é uma das principais alternativas para o tratamento da obesidade severa, especialmente quando dietas, exercícios físicos e outras abordagens clínicas não apresentam os resultados esperados.

Mais do que um procedimento estético, essa intervenção cirúrgica é considerada uma estratégia de saúde pública e um divisor de águas na vida de milhares de pessoas que sofrem com os impactos físicos e emocionais do excesso de peso.

Indicada principalmente para pacientes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica tem como objetivo reduzir o tamanho do estômago ou modificar o processo digestivo, levando a uma perda de peso significativa e duradoura.

Mas como, de fato, essa cirurgia é feita? Quais são as etapas envolvidas, os tipos de técnicas utilizadas e os cuidados necessários antes e depois da operação?

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Aqui, você entenderá o passo a passo completo da cirurgia bariátrica, os critérios para sua realização, os riscos envolvidos e os impactos reais na qualidade de vida de quem opta por essa transformação radical.

O que é a cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica é um procedimento médico voltado para o tratamento da obesidade grave.

Médico marcando na barriga de um paciente o local de uma cirurgia (Imagem: @Freepik/Freepik)

Seu objetivo é promover a perda de peso por meio da redução do estômago ou da alteração do caminho que os alimentos percorrem no sistema digestivo.

Ao limitar a ingestão ou absorção de calorias, o paciente consegue emagrecer de forma mais rápida e consistente, o que reduz os riscos associados à obesidade, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e apneia do sono.

Esse tipo de cirurgia não deve ser vista como uma solução estética ou de curto prazo, mas sim como uma intervenção médica séria que exige preparo, comprometimento e acompanhamento contínuo.

Quem pode fazer uma cirurgia bariátrica?

A cirurgia é indicada principalmente para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m², ou para aquelas com IMC entre 35 e 39,9 kg/m² desde que apresentem doenças associadas à obesidade, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou problemas respiratórios.

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Prato com alimentos saudáveis
Prato com alimentos saudáveis (Reprodução: Brooke Lark/Unsplash)

Além disso, é necessário comprovar que o paciente não obteve resultado significativo após outros métodos clínicos, como dietas supervisionadas, atividades físicas regulares e medicamentos.

Outro ponto fundamental é a avaliação multidisciplinar. O paciente precisa passar por consultas com endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e cirurgiões especializados, que avaliarão sua saúde física e emocional, sua relação com a comida, além de sua capacidade de seguir as mudanças exigidas após a cirurgia.

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Avaliação e preparo pré-operatório

Antes da cirurgia, o paciente deve realizar uma série de exames e consultas para garantir que está apto ao procedimento.

ilustração de um intestino sendo desenhado por um médico
Ilustração de um intestino sendo desenhado por um médico (Reprodução: mi_viri/Shutterstock)

Entre os exames mais comuns estão os de sangue, a endoscopia digestiva alta, ultrassonografias e, em alguns casos, exames cardiológicos.

Durante essa fase, o paciente é orientado sobre a dieta que deverá seguir, os riscos do procedimento, os benefícios esperados e a importância da mudança no estilo de vida.

O preparo emocional também é essencial. Muitos pacientes desenvolvem uma relação emocional com a comida, e a cirurgia exige uma nova forma de se alimentar e de lidar com as emoções.

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Quais são os tipos de cirurgia bariátrica?

Existem diferentes técnicas de cirurgia bariátrica, cada uma com indicações específicas. As mais comuns são:

Bypass Gástrico (cirurgia de Fobi-Capella)

Considerada o padrão ouro, essa técnica reduz o estômago e desvia parte do intestino, diminuindo a absorção de nutrientes e a ingestão de alimentos. É eficaz para perda de peso e controle de diabetes tipo 2.

Gastrectomia Vertical (Sleeve)

Nesse procedimento, cerca de 70% do estômago é retirado, transformando-o em um tubo fino. A técnica reduz a produção do hormônio grelina, responsável pela fome, promovendo saciedade precoce.

Banda Gástrica Ajustável

Menos comum atualmente, consiste na colocação de um anel inflável ao redor da parte superior do estômago. É ajustável e reversível, mas possui taxa de falhas mais elevada.

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Derivação Bileopancreática com Duodenal Switch

Mais complexa, indicada para obesidade extrema. Associa gastrectomia vertical a um desvio intestinal amplo, com alta taxa de eficácia, mas maior risco de deficiência nutricional.

Imagem: Shutterstock/Inside Creative House

Como é feita a cirurgia bariátrica?

Atualmente, a maioria das cirurgias bariátricas é feita por videolaparoscopia, um método minimamente invasivo que utiliza pequenas incisões no abdômen para inserir instrumentos cirúrgicos e uma microcâmera. Isso reduz o tempo de recuperação e diminui o risco de infecção.

O procedimento é realizado sob anestesia geral e pode durar entre duas e quatro horas, dependendo da técnica e da complexidade do caso.

Durante a cirurgia, o cirurgião reduz o tamanho do estômago ou altera o trajeto do alimento pelo sistema digestivo, conforme planejado na avaliação pré-operatória.

Após a operação, o paciente é encaminhado para a sala de recuperação e, em seguida, para o quarto. O tempo de internação costuma variar entre dois e quatro dias.

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Pós-operatório e adaptação

A recuperação da cirurgia bariátrica envolve diversas fases e exige comprometimento do paciente. Nos primeiros dias, a dieta é estritamente líquida. Gradualmente, são introduzidos alimentos pastosos e, depois, sólidos, sempre com acompanhamento de um nutricionista.

A suplementação vitamínica é obrigatória em muitos casos, já que algumas técnicas reduzem a absorção de nutrientes. Ferro, cálcio, vitamina B12 e proteínas são os principais nutrientes que devem ser monitorados.

A prática de atividade física leve é recomendada após algumas semanas, contribuindo para a perda de peso e para a manutenção da massa muscular.

O apoio psicológico também é fundamental durante o processo, especialmente para lidar com as mudanças corporais e os desafios emocionais da nova rotina alimentar.

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Riscos e complicações

Embora a cirurgia bariátrica seja considerada segura, como qualquer procedimento cirúrgico, ela envolve riscos. Entre as possíveis complicações estão infecções, sangramentos, fístulas, trombose e problemas respiratórios.

Além disso, a má absorção de nutrientes pode levar a deficiências nutricionais severas se não houver acompanhamento adequado.

É importante lembrar que, mesmo após a cirurgia, existe a possibilidade de reganho de peso caso o paciente não siga as orientações alimentares e não mantenha hábitos saudáveis.

Benefícios para a saúde e qualidade de vida

Os benefícios da cirurgia bariátrica vão muito além da estética. Muitos pacientes relatam melhora significativa ou até remissão de doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, colesterol alto e apneia do sono.

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Além disso, a cirurgia pode melhorar a mobilidade, a qualidade do sono, a autoestima e o bem-estar emocional.

A perda de peso progressiva também diminui o risco de doenças cardiovasculares, melhora a fertilidade e pode aumentar a expectativa de vida em até 10 anos, segundo estudos recentes.

A cirurgia bariátrica é um procedimento transformador, mas que exige responsabilidade e acompanhamento contínuo.

Ela não é uma “solução fácil”, mas sim um recurso poderoso quando aliado à mudança de hábitos e ao suporte multidisciplinar. É essencial que o paciente compreenda todas as etapas do processo, esteja preparado para os desafios do pós-operatório e mantenha o foco na saúde a longo prazo.

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Com o suporte adequado, a cirurgia bariátrica pode ser o ponto de virada na luta contra a obesidade, proporcionando não só emagrecimento, mas também uma nova chance de viver com mais saúde, mobilidade e autoestima.

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Saúde

O que causa anemia na gestação? Entenda mais sobre o problema na gravidez

Redação Informe 360

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A anemia é uma das condições mais comuns enfrentadas durante a gestação e pode ter impactos significativos na saúde da gestante e do bebê.

Durante a gravidez, o corpo da mulher exige uma maior produção de sangue para sustentar o desenvolvimento fetal, o que aumenta a necessidade de nutrientes como ferro e ácido fólico.

Quando esses nutrientes não são consumidos ou absorvidos em quantidade suficiente, a anemia pode se instalar, provocando sintomas como cansaço extremo, palidez e falta de ar. Entender como a anemia afeta a gravidez é essencial para prevenir complicações e garantir uma gestação mais segura e saudável.

O que causa anemia na gestação?

A anemia na gestação é uma condição comum, mas que exige atenção, pois pode afetar tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento do bebê.

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imagem mostra ilustração digital de um bebê sendo desenvolvido dentro da placenta da mãe
Desenvolvimento de um bebê dentro da placenta (Imagem: vetre/Shutterstock)

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças para sustentar a formação da placenta, o crescimento fetal e a preparação para o parto.

Um dos principais ajustes é o aumento do volume sanguíneo, o que eleva naturalmente a demanda por ferro, ácido fólico e outros nutrientes essenciais para a produção de glóbulos vermelhos.

A causa mais frequente da anemia na gravidez é a deficiência de ferro, conhecida como anemia ferropriva. O ferro é um componente essencial da hemoglobina, proteína presente nos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigênio.

Quando a ingestão ou absorção de ferro não acompanha a necessidade do organismo durante a gestação, a produção de hemoglobina cai, reduzindo a capacidade de oxigenação do corpo.

Isso provoca sintomas como cansaço excessivo, palidez, falta de ar, tontura, queda de cabelo e, em casos mais graves, pode levar a complicações no parto.

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Mulher grávida segurança sua barriga
Mulher grávida segurança sua barriga (Reprodução: freestocks/Unsplash)

Além da carência de ferro, a anemia gestacional também pode ter outras origens. A deficiência de ácido fólico e vitamina B12, por exemplo, é responsável por formas menos comuns de anemia, mas igualmente perigosas.

Algumas mulheres já entram na gravidez com níveis baixos desses nutrientes, especialmente se têm alimentação restrita ou problemas de absorção intestinal, como no caso de doenças autoimunes ou cirurgias bariátricas.

Distúrbios como talassemia ou anemia falciforme, embora mais raros, também podem ser diagnosticados ou agravados durante a gestação.

A gravidade da anemia varia de acordo com o nível de hemoglobina. Em gestantes, os valores considerados normais são um pouco mais baixos do que para mulheres não grávidas, mas abaixo de 11 g/dL já é considerado sinal de alerta.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais de sangue, geralmente no primeiro trimestre, e monitorado ao longo de toda a gravidez.

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Quando não tratada, a anemia pode trazer riscos sérios. Para a gestante, aumenta as chances de infecções, parto prematuro e hemorragias no parto.

Para o bebê, pode causar restrição de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e desenvolvimento neurológico comprometido. Em casos mais severos, a anemia pode inclusive contribuir para a mortalidade materna e neonatal.

Leia mais:

É possível prevenir a anemia durante a gravidez?

Sim, é possível prevenir a anemia na gravidez com acompanhamento médico adequado e algumas medidas simples.

Mulher grávida tomando café, sentada no sofá e passando a mão na barriga
Mulher grávida tomando café (Imagem: Olena Yakobchuk/Shutterstock)

A primeira delas é garantir uma alimentação equilibrada, rica em ferro, ácido fólico e vitamina B12. Alimentos como carne vermelha, frango, peixe, feijão, lentilha, espinafre, couve, gema de ovo, além de cereais fortificados, devem fazer parte da dieta da gestante.

O ferro de origem animal, chamado de ferro heme, tem melhor absorção no organismo. Já o ferro presente em vegetais pode ter sua absorção aumentada quando combinado com alimentos ricos em vitamina C, como laranja, acerola e tomate.

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A suplementação também é uma estratégia eficaz e frequentemente adotada. Em muitos casos, os obstetras prescrevem suplementos de ferro e ácido fólico logo no início do pré-natal, mesmo antes de qualquer sinal de anemia, como medida preventiva.

A dosagem depende da avaliação individual de cada paciente, levando em conta seus hábitos alimentares, histórico clínico e os resultados dos exames de sangue.

Outros cuidados importantes incluem evitar o consumo excessivo de chá preto, café e alimentos ricos em cálcio nas refeições principais, pois eles podem dificultar a absorção de ferro.

Também é fundamental manter o acompanhamento pré-natal em dia, realizar os exames indicados e relatar qualquer sintoma ao profissional de saúde.

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Mulher admirando sua barriga de grávida enquanto a acaricia com as mãos
Mulher admirando sua barriga de grávida enquanto a acaricia com as mãos (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)

Mulheres com maior risco de desenvolver anemia, como aquelas que tiveram gestações muito próximas, gestação múltipla (gêmeos ou mais), vegetarianas ou com histórico de anemia, devem ter atenção redobrada.

Para esses casos, o acompanhamento costuma ser mais rigoroso, com ajustes na alimentação, suplementação específica e, em situações mais graves, até transfusões sanguíneas podem ser indicadas.

A prevenção da anemia gestacional não apenas reduz os riscos de complicações como também contribui para uma gravidez mais tranquila e um pós-parto mais saudável.

A energia, a disposição e o bem-estar físico e emocional da gestante estão diretamente ligados à qualidade do seu sangue. Por isso, manter níveis adequados de ferro e nutrientes é um dos pilares do cuidado materno.

Com informações de WebMD.

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 O bebê pode ficar anêmico durante a gestação?

Sim, o bebê pode desenvolver anemia durante a gestação, especialmente quando a mãe apresenta deficiência grave de ferro ou outros nutrientes essenciais como ácido fólico e vitamina B12

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Saúde

Como funcionam os minirrobôs que desentopem artérias

Redação Informe 360

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) com base em dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes no Brasil – aproximadamente 400 mil por ano – e figuram entre as principais causas de óbito em todo o mundo.

Diante desse cenário alarmante, pesquisadores apostam em uma solução inovadora: minirrobôs capazes de limpar artérias entupidas.

Sobretudo, a tecnologia, que antes parecia ficção científica, pode revolucionar o tratamento de problemas cardíacos. Neste artigo, você vai entender como esses minirrobôs minúsculos são projetados para navegar pela corrente sanguínea e desobstruir artérias, uma abordagem que promete ser menos invasiva, mais precisa e potencialmente mais eficaz do que os métodos convencionais. Confira!

Minirrobôs que limpam artérias: inovação promissora contra doenças cardíacas

Vasos e artérias espessados, doença cardíaca coronária, colesterol alto, renderização 3D
Os mini robôs prometem eliminar gordura acumulada nas artérias/Shutterstock_NPW-STUDIO

Os minirrobôs que limpam artérias surgiram como uma nova solução para pacientes de doenças cardíacas. No entanto, vale ressaltar que essa novidade ainda está em fase experimental.

Em 2023, pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram uma tecnologia promissora envolvendo microrrobôs equipados com nanopartículas de ferro, projetados para entregar medicamentos diretamente em placas de gordura nas artérias.

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Esses robôs microscópicos são guiados por campos magnéticos e têm como objetivo tratar a aterosclerose de forma mais precisa e menos invasiva do que os métodos tradicionais.

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Na Suíça, cientistas da ETH Zurich desenvolveram robôs inspirados no nado de bactérias, demonstrando alto desempenho em meios líquidos durante os testes. O artigo foi publicado na revista Science, na qual os pesquisadores Nelson e Salvador Pané destacam o potencial dos microrrobôs para levar medicamentos diretamente ao local afetado.

Segundo eles, essa abordagem pode reduzir os efeitos tóxicos dos tratamentos e permitir o uso de doses mais potentes, o que abre espaço para repensar estratégias terapêuticas em diversas doenças.

Profissional de saúde demonstra modelos da anatomia do coração, vasos sanguíneos e bisturi. Cirurgia de enxerto de revascularização de artéria coronária com stent
As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 33% das mortes no Brasil/Shutterstock_NMK-Studio

Antes dos minirrobôs que limpam artérias: uma abordagem pioneira contra a aterosclerose

No entanto, antes dessas possíveis soluções, lá em 2018 outra pesquisa trouxe uma abordagem inovadora para enfrentar a aterosclerose – caracterizada pelo acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias.

O estudo, publicado no Journal of the American Heart Association, foi realizado por pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Na época, eles identificaram uma substância capaz de prevenir a obstrução do fluxo sanguíneo, condição associada a infartos e derrames.

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Dessa forma, os cientistas concentraram seus esforços nas lipoproteínas do tipo B, especialmente o colesterol LDL, identificado como um dos principais responsáveis pela formação de placas nas artérias.

A partir desse ponto, com o objetivo de investigar uma estratégia de reversão da aterosclerose, a equipe tratou animais com estatinas e inibidores PCSK9 durante três anos, buscando reduzir drasticamente os níveis de colesterol por um período controlado.

Desenvolvimento de placas ateroscleróticas. Imagem de alto detalhe da condição da placa aterosclerótica instável. Caminho é incluído se você deseja separar veia do plano de fundo.
Robôs microscópicos guiados por campos magnéticos poderão tratar a traaterosclerose no futuro/shutterstock_Rocos

A pesquisadora Jennifer G. Robinson explicou que a proposta era permitir que as artérias se recuperassem naturalmente enquanto o acúmulo de gordura se dissolvia com a redução intensa do LDL. Segundo ela, esse método poderia não apenas prevenir a progressão da doença, mas também mudar a forma como certas condições cardiovasculares são tratadas.

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Saúde

EUA: agência reguladora limita acesso a vacinas da covid-19

Redação Informe 360

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O diretor médico e científico da FDA, Dr. Vinay Prasad, vetou a aplicação generalizada das vacinas contra a Covid-19 da Novavax e da Moderna, contrariando as recomendações unânimes de especialistas da própria agência. As informações dão do New York Times.

Ele alegou que a ameaça do vírus diminuiu e que os riscos conhecidos e desconhecidos das vacinas podem superar os benefícios para pessoas jovens e saudáveis.

A decisão faz parte de uma reviravolta na política da FDA, que agora limita a vacinação a pessoas com 65 anos ou mais, ou a menores de 65 com condições médicas de alto risco.

A FDA, sigla para Food and Drug Administration, é uma agência reguladora dos EUA, com atuação equivalente ao que temos no Brasil com a Anvisa.

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Restrição da FDA afeta pessoas abaixo de 65 anos e ignora recomendações da equipe técnica da agência (Imagem: grandbrothers/Shutterstock)

Vacinas com eficácia alta estão sendo vetadas

  • A equipe da FDA havia aprovado ambas as vacinas com base em ensaios envolvendo dezenas de milhares de pessoas e dados que mostraram segurança e eficácia.
  • A Novavax, por exemplo, demonstrou 90% de eficácia.
  • Já a vacina atualizada da Moderna, a mNexspike, foi considerada segura e ligeiramente mais eficaz que a versão anterior.
  • No entanto, Prasad afirmou que até eventos adversos raros devem ser levados em conta na nova fase da pandemia.

A medida foi criticada por especialistas que apontam o esquecimento dos efeitos da própria Covid-19, como a Covid longa, miocardite e complicações cardiovasculares.

Também foram levantadas preocupações éticas, especialmente porque as restrições podem limitar o acesso às vacinas — exigindo prescrição off-label, o que pode não ser coberto por seguros.

Nova política da FDA limita acesso a vacinas da Moderna e Novavax (Imagem: Lutsenko_Oleksandr/Shutterstock)

Leia Mais:

Políticas conservadoras na FDA geram descontentamento

As decisões de Prasad se inserem em um movimento maior de reformulação da FDA, com mudanças na liderança e uma política mais conservadora quanto a aprovações. Críticos alertam que esse novo enfoque pode comprometer a saúde pública ao dificultar a imunização de amplas faixas da população.

A FDA informou que novos estudos serão conduzidos para avaliar a segurança das vacinas em pessoas de 50 a 64 anos.

No fundo, desfocado, rosto de mulher com másca e óculos; em destaque, as mãos dela, com luvas azuis, segurando uma ampola e um vidro, no qual está escrito "COVID-19 Vaccine"
Especialistas discordam de decisão que pode ampliar desigualdade no acesso e expor pessoas vulneráveis (Imagem: Viacheslav Lopatin/Shutterstock)

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