Saúde
Casos de obesidade infantil disparam no Brasil, revela estudo

Um recente estudo publicado no The Lancet Regional Health – Americas aponta que as taxas de excesso de peso e obesidade entre os menores de idade estão aumentando numa velocidade assustadora no Brasil. Segundo o levantamento, 30% dos meninos e 26,6% das meninas que nasceram entre 2008 e 2014 estão com excesso de peso ou obesidade.
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Aumento da obesidade
- Durante o trabalho, os pesquisadores avaliaram dados provenientes de três registros públicos: o Cadastro Único do Governo Federal, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional.
- A partir desses registros, eles conseguiram compilar informações de 5,7 milhões de crianças brasileiras de 3 a 10 anos, que nasceram entre 2001 e 2014.
- Com os dados em mão, analisaram o Índice de Massa Corporal (IMC) deste público.
- O IMC é uma conta que considera o peso (em quilos) dividido pela altura (em metros) elevada ao quadrado.
- O resultado dessa equação indica se o indivíduo está abaixo, dentro ou acima do peso.
- Entre aqueles que são de 2001 a 2007, as taxas de sobrepeso estavam em 26,8% e 23,9%, respectivamente.
- Isso significa que atualmente um em cada três meninos e uma em cada quatro meninas estão longe dos parâmetros considerados saudáveis para as idades deles.
- As informações são da BBC.

Fator genético e impactos à saúde
O estudo ainda confirma que há fatores genéticos, endocrinológicos e neuronais que contribuem para o ganho de peso das crianças. Além disso, a nossa maneira de viver nos dias de hoje também facilita o acúmulo de gordura no corpo, a partir do maior consumo de ultraprocessados e do sedentarismo, por exemplo.
As consequências à saúde da obesidade, como o desenvolvimento de doenças crônicas, infarto, AVC e câncer, podem aparecer ainda durante infância. Um levantamento com 104 jovens realizado pelo Instituto do Coração (InCor), na capital paulista, revelou que 57% tinham valores indesejáveis de colesterol total e 55,4% estavam com o triglicérides acima dos limites.
Já um outro trabalho feito na Universidade Federal de São Paulo avaliou 220 crianças e adolescentes de 5 a 14 anos e detectou resistência à insulina em 33,2% deles. Um dos fatores que favoreciam o desenvolvimento dessa condição, que pode evoluir para diabetes, era o aumento da circunferência abdominal.
A Federação Mundial de Obesidade estima que, em 2020, 1,2 milhão de crianças brasileiras tinham pressão alta e 535 mil apresentavam altas taxas de açúcar no sangue por causa do excesso de peso. O acúmulo de gordura também pode representar uma sobrecarga para os ossos e as articulações.
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Saúde
Como o teste de DNA funciona e comprova a paternidade de uma pessoa?

O teste de DNA é uma ferramenta científica poderosa que permite determinar relações familiares, especialmente a paternidade. Esse é um dos métodos mais precisos e confiáveis para confirmar ou descartar vínculos genéticos entre indivíduos.
Mas como exatamente ele funciona? Quais são os procedimentos envolvidos e quais elementos do DNA compõem a análise para garantir a precisão do teste? Vamos explorar os detalhes para entender como essa tecnologia pode confirmar a paternidade de forma científica e definitiva.
Como o teste de DNA funciona?

O teste de DNA se baseia na análise do material genético de uma pessoa, que é único, exceto no caso de gêmeos univitelinos. O DNA é composto por quatro bases nitrogenadas: adenina (A), citosina (C), timina (T) e guanina (G). A sequência dessas bases forma os genes, que carregam as informações hereditárias.
Para realizar o teste, a clínica coletará amostras de sangue ou saliva dos indivíduos envolvidos. O laboratório extrai e sequencia o DNA usando equipamentos avançados, como sequenciadores de DNA. O processo envolve a comparação de marcadores genéticos específicos entre as amostras para determinar o grau de parentesco.
Quais relações familiares podem ser determinadas pelo teste de DNA?

Com o teste de DNA pode-se determinar várias relações familiares, incluindo:
- Paternidade: confirma se um homem é o pai biológico de uma criança.
- Maternidade: confirma se uma mulher é a mãe biológica de uma criança.
- Parentesco: para identificar relações entre irmãos, avós, tios e outros parentes.
- Reconstrução familiar: em casos onde o suposto pai está falecido, o teste pode ser realizado com parentes próximos, como irmãos ou pais do falecido.
Testes de paternidade
Nos testes de paternidade, especialistas realizam o exame com amostras de DNA da criança, da mãe e do suposto pai. Há duas formas principais de fazer o teste:
- TRIO: envolve a mãe, o filho e o suposto pai.
- DUO: envolve apenas o filho e o suposto pai, ou o filho e a mãe.
Leia mais:
- Quais doenças um teste genético pode diagnosticar?
- Teste genético de ancestralidade é seguro?
- Teste genético: o que é, quais são os tipos, quando, como e onde fazer
Quanto tempo demora para sair o resultado?

O resultado do exame de DNA fica disponível em até 20 dias úteis para testes TRIO e DUO. Para exames de reconstrução, o prazo pode ser de até 30 dias úteis.
Não é necessário preparo especial antes da coleta das amostras. No entanto, se a coleta for sanguínea, o paciente não pode ter feito transfusão de sangue nos últimos 120 dias. Em caso de transplante de medula óssea, a coleta poderá ser por meio da saliva.
Fatores que alteram o resultado do teste de DNA
O DNA de uma pessoa é único e não se altera por fatores como drogas, álcool, medicamentos, alimentos, idade ou estilo de vida. No entanto, transfusões de sangue ou transplantes de medula óssea podem afetar os resultados, por isso é importante informar o laboratório sobre esses procedimentos.

Possíveis resultados do teste de DNA
A equipe de análise do teste de DNA apresenta o resultado em um laudo que indica se há ou não compatibilidade genética entre as amostras analisadas. Em casos de inclusão de paternidade, o índice de paternidade nunca é menor que 99,99%. Em casos de exclusão, os especialistas determinam o resultado com base na quantidade de inconsistências genéticas encontradas.
Não é necessário passar por uma consulta médica para realizar um exame de DNA. Basta procurar um laboratório de confiança e agendar o exame.
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Saúde
Micróbios da boca podem desencadear doenças sérias

Pesquisadores estão desenvolvendo dentes bioengenheirados em laboratório, cultivados a partir de células de dentes humanos e de porcos, com o objetivo de criar alternativa aos implantes dentários de titânio, revela matéria do MIT Technology Review.
Tal inovação visa oferecer opção mais natural, com dentes vivos que se integrariam melhor ao corpo do que os implantes tradicionais, que não se fixam tão bem e podem levar a infecções, como a peri-implantite.
Micróbios são ameaça para a saúde
- A pesquisa também explora a relação entre a saúde bucal e o microbioma oral, composto por bilhões de micróbios, incluindo bactérias, fungos e vírus;
- O desequilíbrio nesse microbioma, conhecido como disbiose, pode desencadear doenças orais, como cáries, além de estar ligado a distúrbios no corpo e até no cérebro;
- Micróbios orais, como a bactéria P. gingivalis, associada à periodontite crônica, foram encontrados no cérebro de pacientes com Alzheimer, sugerindo conexão entre saúde bucal e doenças neurodegenerativas.

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Ainda há muito a aprender sobre como esses micróbios afetam nossa saúde em níveis sistêmicos, mas o estudo do microbioma oral é crucial para entender melhor doenças que afetam órgãos distantes da boca, como o coração e o cérebro.
Enquanto isso, manter boa higiene bucal é essencial até que os dentes cultivados em laboratório se tornem uma opção real para substituições dentárias. Outro estudo, feito pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, analisou os riscos do uso de cigarros eletrônicos para nossos dentes. Leia mais aqui.

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Saúde
Testosterona elevada agrava danos do ataque cardíaco, diz estudo

Um estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, demonstrou que a testosterona agrava os danos causados por um ataque cardíaco, intensificando a inflamação ao aumentar a liberação de glóbulos brancos pela medula óssea. A pesquisa foi publicada na revista Nature Communications.
A inflamação desempenha um papel crucial nos danos ao músculo cardíaco após um ataque, e os pesquisadores descobriram que, em modelos animais, o número de neutrófilos — um tipo de glóbulo branco — nos primeiros dias após o ataque cardíaco era significativamente maior nos machos do que nas fêmeas.
A testosterona, presente em níveis muito mais elevados nos homens, acelera a liberação desses neutrófilos, agravando a resposta inflamatória e, consequentemente, os danos ao coração.
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Mais descobertas do estudo
- O estudo também analisou dados de um ensaio clínico envolvendo o medicamento anti-inflamatório tocilizumabe, administrado a pacientes logo após um ataque cardíaco.
- A análise revelou que o tratamento com tocilizumabe reduziu de forma eficaz os níveis de neutrófilos e diminuiu os danos cardíacos, mas com um efeito muito mais pronunciado em homens do que em mulheres.
- Esses resultados sugerem que a testosterona exerce um impacto significativo na resposta inflamatória, afetando de maneira diferente os sexos e contribuindo para o maior grau de lesão cardíaca observada em homens.
Os pesquisadores destacaram a importância de considerar as diferenças de sexo tanto nas pesquisas científicas quanto na prática médica. Ignorar essas diferenças pode resultar em tratamentos menos eficazes, especialmente para as mulheres, que frequentemente são sub-representadas nos estudos clínicos.
O estudo reforça a necessidade de personalizar os tratamentos cardíacos com base no sexo, a fim de melhorar os resultados para todos os pacientes.

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