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Futuro do Trabalho: 20 Tendências Que Vão Mudar Nossa Realidade em 2025

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A sociedade e a tecnologia estão avançando em um ritmo mais acelerado do que os profissionais e as empresas conseguem acompanhar. Com o impulso da inteligência artificial, até 2050 vamos evoluir 100 anos a cada 5, prevê Ian Beacraft, CEO e Chief Futurist da Signal and Cipher. Segundo o futurista, as organizações estão migrando de um modelo tradicional centrado no ser humano para uma orquestração de funções baseadas em três pilares interconectados: capacidades humanas, sistemas de IA e ferramentas de automação. “Essa evolução exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho é estruturado, distribuído e avaliado.”

A avalanche de novidades tecnológicas empurra o mercado para um cenário em que todo profissional e qualquer empresa devem aproveitar as novas ferramentas disponíveis – isso se quiserem permanecer relevantes e liderar a mudança. “Se você não sabe o que está em alta e não se educa continuamente, você está ficando para trás”, afirma Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard e autor do best-seller “The Unspoken Rules”. O gap entre profissionais que começam a testar as ferramentas agora e os que já são “fluentes” nas novas tecnologias vai ser determinante.

Mas o profissional que se destaca em um futuro ainda incerto não é aquele que segue todas as tendências cegamente. “Não é porque a IA é o tema do momento que você vai se demitir e criar uma startup de IA”, diz Gorick. Mas o letramento tecnológico é, de fato, uma das habilidades mais relevantes para se ter sucesso, segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial. “Isso não quer dizer que a gente vai ter que aprender a programar, mas sim ter um repertório para tornar nossas rotinas, times e empresas mais produtivos”, diz Michelle Schneider, professora da Singularity, LInkedIn Top Voice e autora do livro “O Profissional do Futuro”.

Nesse cenário em constante transformação, adaptabilidade é a palavra da vez. Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, com apoio da Fundação Dom Cabral, 23% das profissões devem se modificar até 2027. Graças à inteligência artificial, executivos acreditam que metade das competências da força de trabalho hoje não serão relevantes em 2025, mostra outro estudo do ano passado.

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Não sabemos exatamente como será o futuro do trabalho, mas uma coisa é certa: vai exigir educação contínua e o desenvolvimento de novas e multi-habilidades. O profissional do futuro não apenas sabe usar as novas tecnologias, mas equilibra suas habilidades técnicas com as famosas soft skills, as competências emocionais. “Dominar novas tecnologias, como IA generativa, será essencial, mas isso deve vir acompanhado de capacidades críticas como resolução de problemas complexos, criatividade, comunicação e inteligência emocional”, afirma Fernanda Mayol, sócia da consultoria McKinsey.

Empresas que quiserem atrair e reter talentos – especialmente os jovens da Geração Z, que se demitem em ritmo recorde no Brasil e já serão 25% da força de trabalho global em 2025 – devem oferecer oportunidades de (re)capacitação. “As empresas apostam no reskilling de seus profissionais antes de focar em contratações”, afirma Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work.

E não apenas isso: vão precisar ouvir seus funcionários no que parece ser uma briga sem fim pela definição do modelo de trabalho. No Brasil, mais de 50% dos profissionais que trabalham presencialmente gostariam de migrar para o híbrido ou remoto, segundo pesquisa da Deel. Mas a realidade é outra: 51% das empresas operam em regime totalmente presencial. “Se, no início do ano, o híbrido era visto como o ‘novo normal’, movimentos como o da Amazon [que exigiu o retorno ao presencial cinco dias na semana], mostram que o futuro do trabalho ainda está em debate”, analisa Mayol.

Abaixo, reunimos estudos, análises e previsões de grandes líderes e futuristas e destacamos 20 tendências que vão definir os caminhos de empresas e profissionais em 2025 e nos próximos anos.

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1. Não seremos substituídos pela IA, e sim por quem souber usá-la melhor

Essa frase tem ecoado nas principais conferências de tecnologia e inovação, destacando a importância do que Ian Beacraft, CEO e Chief Futurist da Signal and Cipher, chama de “domínio intuitivo da IA”. “O desenvolvimento da ‘intuição para IA’ será fundamental para profissionais de alto desempenho”, afirma. Ele compara esse processo à sensação quase inconsciente de dirigir um carro; à medida que os usuários se tornam mais experientes, desenvolvem um senso intuitivo para as capacidades, limitações e melhores aplicações da ferramenta. “O gap entre os usuários avançados de IA e os adotantes casuais está começando a remodelar trajetórias de carreira e dinâmicas de equipes.”

A ascensão da IA também levanta preocupações sobre a ampliação das desigualdades. “Não podemos romantizar a IA enquanto ela for acessível apenas a um grupo privilegiado de pessoas”, alerta Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work. “Para outra parte dos profissionais, ela representa um risco de aprofundamento das desigualdades e do desemprego.”

2. O profissional do futuro é multi-habilidades

Adaptabilidade é a palavra da vez. Dada a velocidade das transformações do mercado e a necessidade de aprendizado constante, o profissional que terá sucesso será aquele que souber mesclar habilidades técnicas com as famosas soft skills, competências socioemocionais. “Dominar novas tecnologias, como IA generativa, será essencial, mas isso deve vir acompanhado de capacidades críticas como resolução de problemas complexos, criatividade, comunicação e inteligência emocional”, afirma Fernanda Mayol, sócia da McKinsey.

3. Letramento tecnológico é obrigatório

Ouvimos empresários e futuristas afirmarem que todo profissional vai precisar se tornar um profissional de tecnologia. “Houve um tempo em que todos pensavam que a programação seria a habilidade do futuro, mas não é”, afirma Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard e autor best-seller. Mas o letramento tecnológico é, de fato, uma das habilidades mais relevantes para se ter sucesso no futuro do trabalho, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial. “Não vamos ter que aprender a programar, mas sim ter um repertório para tornar nossas rotinas, times e empresas mais produtivos”, diz Michelle Schneider, professora da Singularity, LinkedIn Top Voice e autora do livro “O Profissional do Futuro”.

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4. Reskilling constante

Segundo uma pesquisa da McKinsey, em até cinco anos, quase 90% das empresas vão enfrentar escassez de habilidades relevantes na sua força de trabalho – especialmente em análise de dados, TI e gerenciamento de pessoas. Executivos afirmam que o reskilling – o processo de treinar ou requalificar um profissional para que ele adquira novas habilidades – é a melhor maneira de fechar essa lacuna. Organizações que oferecem oportunidades robustas de aprendizado atrairão os melhores talentos. “As empresas apostam no reskilling de seus profissionais antes de focar em contratações. Afinal, quase o mercado inteiro enxerga o gap”, observa Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work.

5. Poder nas mãos dos profissionais

As decisões de carreira estão cada vez mais sob o controle dos próprios profissionais, indo além das capacitações oferecidas pelas empresas. “Ser um profissional do futuro só cabe a cada um de nós e às nossas decisões”, diz a professora e autora Michelle Schneider. Adaptabilidade e aprendizado contínuo são essenciais para o sucesso, mas com uma ressalva importante. “Os profissionais mais bem-sucedidos não seguem cegamente as tendências. Eles as acompanham para distinguir entre o que é uma moda passageira e o que veio para ficar”, destaca Gorick Ng, consultor de carreira em Harvard e autor best-seller.

6. A queda de braço entre remoto e presencial continua

Em 2024, grandes empresas como a Amazon exigiram que seus funcionários retornassem ao escritório cinco dias por semana. Segundo a pesquisa OrgBRtrends, da McKinsey, mais de 90% das organizações adotaram modelos híbridos desde a pandemia. “Se, no início do ano, o híbrido era considerado o ‘novo normal’, movimentos como o da Amazon mostram que o futuro do trabalho ainda está em debate e evolução”, afirma Fernanda Mayol, sócia da consultoria.

Um levantamento realizado pela Deel com a Opinion Box, em outubro, mostra que 59% dos líderes de RH acreditam que o modelo híbrido é o mais eficiente, seguido pelo presencial (35%). No entanto, o cenário atual revela uma inversão: 51% das empresas operam totalmente presencialmente, enquanto 45% adotam o formato híbrido. Além disso, mais de 40% dos funcionários relatam que suas empresas ainda não decidiram se haverá mudanças no formato de trabalho em 2025, enquanto 11% preveem alterações. “Há um descasamento de expectativas: enquanto as organizações buscam modelos mais presenciais, os funcionários valorizam o trabalho remoto”, observa Fernanda Mayol, sócia da McKinsey.

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Esse descompasso pode custar caro às empresas. Outra pesquisa recente da Deel aponta que 54% dos profissionais que trabalham presencialmente no Brasil gostariam de migrar para o modelo híbrido ou remoto. Para muitos, a flexibilidade é tão – ou até mais – importante quanto a remuneração. “Nos próximos dois a três anos, veremos empresas decididas e consolidadas em modelos totalmente remotos ou totalmente presenciais”, observa Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da Remota, startup especializada em trabalho híbrido e remoto.

7. Híbrido em segredo

Com as políticas de retorno ao escritório, o “hushed hybrid”, ou híbrido silencioso, surge como uma tendência em que gestores flexibilizam, de forma informal – ou em segredo –, o trabalho remoto para suas equipes. Esse termo descreve um movimento crescente de líderes que, ao invés de aplicarem rigidamente as políticas corporativas de retorno ao presencial, ajustam as regras para atender às preferências de seus times e reter talentos.

8. Vamos precisar redesenhar o trabalho

Seja qual for o modelo de trabalho adotado ou as tecnologias utilizadas, será essencial reavaliar métricas de produtividade e repensar as formas de trabalhar. Segundo Ian Beacraft, as organizações estão migrando de um modelo tradicional centrado no ser humano para uma orquestração de funções baseadas em três pilares interconectados: capacidades humanas, sistemas de IA e ferramentas de automação. “Essa evolução exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho é estruturado, distribuído e avaliado.”

A tecnologia, por si só, não cria valor, destaca Fernanda Mayol, da McKinsey. “As empresas líderes são aquelas que estão focadas em reimaginar fluxos de trabalho inteiros com o uso de IA generativa e IA analítica, em vez de apenas integrar essas ferramentas às práticas atuais de trabalho.”

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9. Geração Z vai ser ¼ da força de trabalho global

Segundo um relatório da McKinsey, em 2025 a Geração Z vai representar 25% da força de trabalho global. Com base nas tendências atuais, um em cada dez gestores será Gen Z no próximo ano, aponta o Glassdoor com dados dos EUA. No Brasil, essa geração está deixando o mercado de trabalho em nível recorde, para mudar de carreira ou empreender. Um levantamento da FGV mostra que, de cada 100 pedidos de demissão feitos em 2024, 30 foram de jovens entre 18 e 24 anos. “A Geração Z é também a mais propensa a tirar licenças de saúde mental, sinalizando a urgência de políticas de bem-estar nas empresas”, afirma Cristiano Soares, country manager da Deel no Brasil.

Lidar com esses jovens é um desafio para quase 70% dos profissionais hoje. Para Letícia Pavim, fundadora da Rede Pavim, empresa especializada em treinar a Geração Z por meio de palestras e programas de desenvolvimento, construir uma relação harmoniosa no ambiente de trabalho multigeracional exige esforço de todos os lados. “A Geração Z está frustrada com o mercado de trabalho, trazendo questões como a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e o desejo de sentir que suas ações realmente fazem a diferença.”

10. Diploma perde relevância

Nas últimas décadas, ter o diploma de uma universidade de elite no currículo era visto quase como a garantia de uma carreira de sucesso. No entanto, esse cenário já mudou. Pesquisadores da empresa de tecnologia Zoho descobriram que não há correlação entre seus melhores funcionários e as instituições onde estudaram. “As empresas estão cada vez mais priorizando habilidades sobre credenciais tradicionais, o que amplia as oportunidades para grupos historicamente sub-representados”, afirma Cristiano Soares, country manager da Deel. O descompasso entre a escassez de talentos especializados e a crescente demanda por profissionais no setor de tecnologia levou a empresa brasileira Indicium a criar um programa de formação em dados, com o objetivo de capacitar profissionais e prepará-los para ingressar na companhia.

11. Profissionais são contratados “as a service”

Cada vez mais profissionais gabaritados aderem a um modelo de trabalho sob demanda. Esse mercado “open talent” está em crescimento e deve passar de R$ 6 bilhões até 2032, segundo relatório da empresa de pesquisa Future Market Insights, com a alta demanda por profissionais seniores por tempo determinado ou para tocar projetos específicos. “Não trabalharemos de forma tão rígida pela descrição de um cargo”, afirma Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work. Essa tendência será especialmente relevante em áreas com escassez de habilidades, como saúde, IA e cibersegurança.

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A era da gig economy é impulsionada pelo desaparecimento do conceito de “emprego para a vida toda” e pela busca por flexibilidade. Chamada pela Geração Z de polywork, a tendência crescente de gerenciar vários empregos em busca de segurança financeira ou complemento da renda traz sensação de autonomia, mas pode levar ao esgotamento. No Brasil, 60% dos profissionais têm dois ou mais trabalhos, segundo uma pesquisa da Hostinger, empresa de hospedagem de sites, realizada entre agosto e setembro de 2024 nas principais capitais do país.

12. Profissões em alta

Um estudo do PageGroup lista 37 profissões em alta para 2025 e seus respectivos salários. Entre elas, se destacam as áreas de saúde, tecnologia, finanças, agronegócio, marketing e vendas, com salários que chegam a R$ 80 mil. “As empresas tendem a investir na contratação de profissionais que sejam capazes de implementar estratégias para automatizar processos e trazer ganhos de produtividade e redução de despesas”, explica Lucas Toledo, diretor executivo da Michael Page, uma das divisões do PageGroup, no Brasil.

13. Benefícios fora da caixa

O número de pessoas que pediram demissão bateu recorde em 2024, e a maior parte é da Geração Z. Para atrair e reter esses talentos, especialmente os mais jovens, as empresas vão precisar ser criativas. “Só seguro de saúde e Gympass [hoje WellHub] não colam mais. A empresa vai precisar investir em pertencimento”, diz Marina Vaz, CEO e fundadora da Scooto, startup de serviços de experiência com o cliente e atendimento remoto. A trend do CLT Premium bombou em 2024 e deve permanecer em alta, com a valorização de “benefícios fora da caixa”, como massagem no escritório, festas e short friday. Especialistas de RH apontam que a tendência é permitir que os funcionários escolham a cesta de benefícios de acordo com o que cada um entende como prioridade.

14. Demissão por vingança

Especialistas nos EUA afirmam que a tendência do “revenge quitting” (demissão de vingança) deve se intensificar em 2025. Profissionais estão deixando seus empregos abruptamente como resposta a experiências negativas na empresa, como falta de reconhecimento, esgotamento, desengajamento com a cultura organizacional ou mudanças no modelo de trabalho.

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15. Escalada da IA

Em 2023, o mundo foi apresentado à inteligência artificial generativa, e em 2024 começou a explorá-la, colhendo ganhos em produtividade e eficiência. Segundo a mais recente pesquisa global da McKinsey sobre IA, 65% dos entrevistados afirmaram que suas organizações já utilizam IA generativa regularmente, quase o dobro do registrado na pesquisa anterior, realizada apenas dez meses antes. “Embora em 2024 apenas 3% das empresas estejam em uma fase madura de adoção da IA, o próximo ano promete uma escalada. Esse movimento vai criar um grande gap entre as organizações que ainda nem começaram a implementar essa tecnologia”, afirma Michelle Schneider.

16. Sua entrevista de emprego vai ser com uma IA

A inteligência artificial já faz parte dos processos de recursos humanos em grandes empresas, entregando resultados expressivos em otimização e eficiência. A tecnologia está revolucionando áreas como recrutamento, gestão de desempenho, engajamento de colaboradores e desenvolvimento de talentos. À medida que a IA assume tarefas repetitivas, os profissionais de RH ganham espaço para focar em atividades estratégicas e criativas. O grande desafio agora é encontrar o equilíbrio entre a eficiência tecnológica e o toque humano na gestão de pessoas. Departamentos de RH bem-sucedidos usarão a IA como uma ferramenta para aprimorar, e não substituir, o julgamento e a empatia humanos. Para os profissionais, é importante considerar que seus currículos, portfólios e até entrevistas podem ser analisados por robôs. Isso exige uma preparação direcionada para se destacar em processos seletivos cada vez mais influenciados pela tecnologia.

17. Decisões ainda estarão nas mãos das pessoas

Além de dominar tanto habilidades técnicas quanto sociais, o profissional do futuro entende o valor das conexões humanas. “Embora a IA seja o assunto do momento, não é ela que decide se você será contratado ou promovido – são as pessoas”, afirma Gorick Ng. Os profissionais mais bem-sucedidos reconhecem essa realidade e investem em networking e na construção de relacionamentos para abrir portas e acessar oportunidades. “Aqueles que dependem exclusivamente da IA para se candidatar a empregos terão uma surpresa ao perceber que todos os outros estão utilizando as mesmas ferramentas – e obtendo os mesmos resultados.”

18. Tecnologia vai além da IA

Não à toa, a IA ganhou os holofotes nos últimos anos. Mas a futurista e CEO do Future Today Institute, Amy Webb, destaca outras duas tecnologias menos conhecidas – sensores avançados e biotecnologia – que também estão mudando o cenário dos negócios. “Líderes que se concentram apenas na IA, sem entender suas interseções com essas outras tecnologias, correm o risco de perder uma onda de disrupção que já está se formando”, escreveu Webb na sua newsletter.

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19. Trabalho online imersivo

Em 2025, o conceito de “fora do escritório” será redefinido por meio de plataformas online imersivas. Esses ambientes, que integram realidade virtual e aumentada permitem colaboração contínua, independentemente da localização física. “Não é bem como o metaverso, mas é um ambiente de trabalho virtual. Algumas empresas já estão usando para onboarding à distância, de pessoas que moram em outras cidades”, diz Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da Remota, startup especializada em trabalho híbrido e remoto. Um exemplo é o Roam Virtual Office, um software de escritório virtual projetado para melhorar a comunicação entre os funcionários.

20. Funcionários são os novos influencers

Profissionais de diferentes áreas estão assumindo o protagonismo nas redes sociais das suas empresas – participando de vídeos de “look do dia” e conteúdos mostrando um dia de trabalho. A mais nova tendência é conhecida como EGC, sigla em inglês para conteúdo gerado por funcionários. Antes limitado a redes profissionais como o LinkedIn, o EGC agora está no feed do Instagram, TikTok e YouTube e pode ajudar a criar confiança e promover conexão com o público.

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6-6-6: O Desafio de Caminhada Que Melhora Corpo e Mente

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Embora muitas vezes seja subestimada, a caminhada é um dos melhores exercícios para equilibrar vida pessoal e profissional, além de cuidar da saúde física e do bem-estar mental, fatores que contribuem diretamente para o engajamento e a produtividade no trabalho.

Existem diversos tipos de caminhada: as contemplativas, conscientes e que seguem o método japonês, um tipo de exercício intervalado. Mas o desafio 6-6-6 traz benefícios diferentes e já acumula muitos adeptos.

As vantagens do desafio 6-6-6

Se você está começando agora, o desafio 6-6-6 é acessível para iniciantes e uma das melhores rotinas para controlar o estresse e aumentar a energia. Um dos pontos fortes desse método é a simplicidade: a estrutura baseada em números – como a técnica de respiração 4-4-4-4 – facilita seguir a rotina sem pensar demais.

A tendência consiste basicamente em caminhar 60 minutos às 6h da manhã ou às 18h, com aquecimento e desaquecimento de 6 minutos. Para experimentar o desafio, siga estes passos por 60 minutos, seis dias por semana, sempre às 6h ou às 18h:

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  • Caminhe por seis minutos em ritmo confortável para aquecer;
  • Aumente a velocidade para um ritmo acelerado nos seis minutos seguintes;
  • Reduza novamente o ritmo nos últimos seis minutos para desacelerar;
  • Repita esse ciclo até completar os 60 minutos para obter os melhores resultados;
  • Mantenha a postura correta durante toda a caminhada;
  • Incorpore esse método seis vezes por semana para alcançar os benefícios.

Corredor iniciante

Segundo Haley Dyes, treinadora-chefe da MyBodyTutor, plataforma de atividade física e nutrição, o 6-6-6 supera muitos programas de corrida para iniciantes.

Ela o descreve como o plano ideal para transformar pessoas que caminham de forma casual em corredores confiantes. O motivo? A maioria ignora um passo essencial: criar uma base sólida de condicionamento.

Muitos tentam ir do zero ao extremo e acabam desistindo em poucas semanas. Diferente de outros métodos, que partem do pressuposto de algum preparo físico, o 6-6-6 se adapta a qualquer nível, até mesmo àqueles totalmente sedentários.

A ciência por trás da caminhada

Apesar da popularidade, o método 6-6-6 ainda não foi estudado cientificamente, afirma o Dr. Roy Hamilton, professor da Universidade da Pensilvânia e membro da McKnight Brain Research Foundation. Mas ele explica que a prática combina fatores já comprovados.

Estudos mostram, por exemplo, que caminhar cerca de 7 mil passos por dia – número próximo ao proposto pelo desafio – reduz o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e demência. Outras pesquisas apontam que a caminhada ajuda na perda de peso, fortalece músculos e melhora o desempenho mental, o bem-estar emocional e a neuroplasticidade (a capacidade do cérebro de formar novas conexões).

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“Caminhar em ritmo acelerado por 60 minutos algumas vezes por semana proporciona um ótimo exercício aeróbico, benéfico para a saúde cerebral”, diz Hamilton. “Alguns estudos sugerem que exercícios pela manhã ou no início da noite podem trazer benefícios extras para o coração, o metabolismo e a qualidade do sono.”

Jake McLendon, vice-presidente de ginástica em grupo da rede Crunch Fitness, também aprova o desafio: “O cardio de intensidade moderada mantém o corpo preparado para a queima de gordura, ao contrário do cardio intenso, que depende mais do glicogênio”, explica. “O ideal é caminhar em um ritmo que coloque sua frequência cardíaca em torno de 70%, zona considerada ótima para perda de gordura. É um ritmo em que você sente que está se exercitando, mas ainda consegue conversar.”

Por outro lado, McLendon aponta um desafio: o tempo. Para muitas pessoas, reservar em torno de uma hora para se exercitar pode ser difícil, especialmente para quem está retomando os exercícios.

Ainda assim, os especialistas reforçam que aqueles que seguem o método 6-6-6 têm mais chance de se tornarem adeptos da atividade física e corredores consistentes em seis meses, se comparados aos que começam correndo direto. “Construir padrões corretos de movimento, desenvolver a base cardiovascular e manter a constância são fatores-chave que muitos acabam ignorando”, observa Dyes.

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Como estabelecer (e cumprir) metas

Quantas vezes você já prometeu a si mesmo mudar seus hábitos de saúde? Definir metas no formato “quando-então” é uma forma eficaz de criar hábitos saudáveis e transformar objetivos difíceis em realizáveis. Pesquisas mostram que essa técnica pode triplicar as chances de alcançar uma meta.

Funciona assim: ao especificar quando e onde vai agir, seu cérebro associa automaticamente a situação (quando) à ação (então). Assim, uma meta vaga de “vou começar a me exercitar” vira algo concreto. No caso do desafio: Quando for 6h da manhã de segunda a sábado, então caminharei por 60 minutos.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte.

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Cofundadora da Conta Black: “Sucesso É Poder Dizer Não”

Redação Informe 360

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Apesar do sucesso que encontrou como cofundadora e CEO da Conta Black, Fernanda Ribeiro não gosta de se limitar pela posição que ocupa como empresária e executiva. “Meu maior norteador é a Fernanda que sou e não a que estou. É assim que gosto de me apresentar”, diz. A frase funciona como uma porta de entrada para entender sua trajetória e o que a move: construir pontes.

O conceito se aplica não só à empresa que criou, que oferece crédito a pessoas frequentemente ignoradas pelo sistema bancário, mas também ao desejo de aproximar o mercado financeiro da academia, de abrir espaço para outras mulheres e de manter o elo entre as muitas versões dela mesma que coexistem. Todas curiosas, inquietas e com fome de transformação.

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Fernanda nasceu e foi criada na zona sul de São Paulo, a quinta entre sete filhas. Desde cedo, conviveu com referências femininas potentes, das mais variadas gerações e personalidades. Segundo ela, isso foi fundamental para moldar sua escuta ativa e sua habilidade de adaptação no papel de empreendedora e a líder que se tornaria.

O mercado financeiro e o universo empreendedor entraram por acaso em sua vida. Por muito tempo pensou que seguiria a tradição familiar e se tornaria funcionária pública. Ela até chegou a ser aprovada em um concurso, mas, devido às mudanças nas regras de contratação, acabou não sendo chamada.

Ponte estaiada

O empreendedorismo ainda nem passava pela sua cabeça. Ela iniciou a carreira no mercado corporativo, até que um burnout a levou a recalcular a rota.

A Conta Black nasceu na virada de 2017 para 2018, quando Sergio All, seu sócio, viu na negativa de crédito de seu banco a oportunidade de fazer diferente. “Havia diversos gaps financeiros. Muitos afroempreendedores não conseguiam sequer abrir uma conta. Outros não obtinham acesso ao crédito. A partir daí, pensamos: e se a gente fundasse um negócio para resolver esse problema?”

Com o tempo, o foco se ampliou: da bancarização à oferta de crédito, da inclusão financeira à educação. A executiva lembra que a Ponte Estaiada, vista de um dos primeiros escritórios da empresa, era a representação perfeita do propósito do negócio. “De um lado, a gente via a periferia. Do outro, a Faria Lima. Era muito simbólico porque representa exatamente o que queremos fazer: construir pontes entre duas realidades diferentes, de modo que as pessoas que estão na periferia, em sua maioria mulheres negras, possam acessar produtos e serviços muito parecidos com quem está do outro lado da ponte.”

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“Ser bem-sucedida é poder dizer não com liberdade.”

Apesar de estar inserida em um setor altamente competitivo, não é em cifras ou números que Fernanda mede seu sucesso. Seu parâmetro é outro: domínio do tempo. “Ser bem-sucedida é poder dizer não com liberdade.”

Desse objetivo, surge a líder que valoriza o diálogo, o questionamento e a escuta ativa – e isso exige adaptação. Aos risos, brinca que cada stakeholder conhece uma Fernanda diferente. A multiplicidade, para ela, é virtude. “Eu sou humana, em todos os processos. Tenho inseguranças, falhas e vulnerabilidades, mas também sou estratégica, olho pra frente e crio cenários. A Fernanda é um misto de várias Fernandas, com jogo de cintura para dialogar com pessoas diferentes.”

Empreender e viver

Essa busca constante por equilíbrio – entre a gestora e a pessoa física – é um dos maiores orgulhos de sua trajetória. Ela rejeita a ideia de que empreender exige desumanização ou que a exaustão do empreendedor precise ser celebrada. No fim do dia, dá para ser firme e sensível. Empreender e existir.

Hoje CEO da companhia, Fernanda segue movida pelo impacto que seus serviços têm na vida de outras pessoas, mesmo diante das instabilidades e da imprevisibilidade do mundo dos negócios. Ela faz questão de manter contato direto com clientes – e um pequeno agradecimento pela concessão de crédito vira combustível para lembrar por que faz o que faz todos os dias.

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Cases distantes da realidade

O sucesso da Conta Black não significa o fim das pontes a serem construídas. Pensando no futuro, Fernanda flerta com a ideia de levar sua experiência para a academia, enriquecendo a formação de futuros empreendedores e administradores. “Sinto falta de uma ponte entre a teoria e a prática. Os cursos ainda ensinam com base em cases muito distantes da realidade.”

Apesar da força do pioneirismo que seu nome carrega, Fernanda acredita que seu maior legado é não ser a última mulher negra de origem simples a chegar ao topo. Pensando nisso, um dos braços de atuação do instituto social da empresa é a formação de jovens negros para o mercado financeiro.

“Eu posso ter sido a primeira em diversas coisas, mas não posso ser a última”, afirma. “Estou pensando em quem vou segurar a porta para entrar. A transformação dentro de uma perspectiva individualizada, para mim, não funciona. Não fico satisfeita de ter algo e não proporcionar que outras pessoas também tenham acesso”.

*Matéria originalmente publicada na lista Forbes The Founders 2025.

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Novo Nordisk Pede Que Funcionários Retornem Ao Escritório em Tempo Integral

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Novo Nordisk disse nesta quinta-feira que pediu a todos os seus funcionários para que voltem a trabalhar do escritório, à medida que o novo presidente-executivo da empresa tenta acelerar a tomada de decisões e melhorar sua execução comercial em meio à intensa concorrência no mercado.

Na quarta-feira, a Novo disse que cortaria 9.000 postos de trabalho depois que o crescimento das vendas estagnou e as ações caíram, derrubando US$450 bilhões da capitalização de mercado da empresa desde meados do ano passado, conforme ela enfrenta a concorrência da rival Eli Lilly e medicamentos copiados.

“Isso foi projetado para promover um maior senso de pertencimento, fortalecer relacionamentos, melhorar a colaboração e acelerar os processos de tomada de decisão”, disse a empresa em um comunicado.

A empresa se recusou a comentar qual era sua política anterior de “home office”. De acordo com a agência de notícias dinamarquesa Ritzau, não havia diretrizes gerais sobre o trabalho em casa antes desta quinta-feira, e as regras variavam de um país e departamento para outro.

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O presidente do sindicato dinamarquês HK Privat, que organiza a equipe administrativa e os técnicos de laboratório da Novo Nordisk, disse estar surpreso com o fato de a Novo ter descontinuado sua política de trabalho em casa.

“Trabalhar em casa e uma cultura de escritório vibrante não são necessariamente mutuamente exclusivos”, disse Kim Jung Olsen em um comunicado.

“É lamentável para os muitos funcionários que gostaram de poder trabalhar em casa de vez em quando que a gerência não tenha conseguido fazer isso funcionar na Novo Nordisk.”

A solicitação da Novo vem depois que outras empresas abandonaram suas políticas de trabalho em casa.

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A Novo disse que ainda será possível que os funcionários façam acordos individuais com seus gerentes, deixando alguma margem de flexibilidade para garantir que as necessidades pessoais e comerciais sejam atendidas.

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