Negócios
Como a estratégia do “sim” pode transformar sua vida e carreira


O desafio está em identificar no dia a dia as oportunidades que vão te levar mais longe na vida e na carreira
Sim. Eu posso. Agora. Essa talvez seja a minha principal estratégia de trabalho — e de vida. Não foi sempre assim, mas já faz quase duas décadas que comecei a entender que é sério esse negócio de que a vida espelha as nossas atitudes. Que um “sim” leva a mais “sins”. Que o melhor jeito de investir no futuro é praticando hoje o que pretendo colher amanhã.
Esse pode ser uma tema polêmico porque aceitar as oportunidades que a vida nos apresenta muitas vezes soa como falta de direção ou crítica. Desenvolvemos um monte de jeitos de dizer “não” sem dizer claramente não. O dia não é o ideal; a proposta não é exatamente o que idealizamos; puxa, eu já tinha outros planos; o cenário mudou, não está mais favorável ao caminho que escolhemos, mas nos apegamos a ele e seguimos mesmo assim; parece que tem uma grama mais verdinha no quintal do vizinho, então melhor correr atrás de algo igual do que cuidar do próprio quintal e nutri-lo para que fique verdinho também (ou para que fique verde de verdade, porque olhando de longe, o vizinho pode ser só uma ilusão de ótica).
- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Existe uma crença coletiva de que, para ser bom, tem que ser difícil. Concordo que coisas boas levam tempo e exigem trabalho para serem maturadas. Mas discordo de que venham sempre depois de enfrentarmos muitas resistências. Existe uma diferença que pode ser sutil e difícil de perceber entre as oportunidades ou desafios naturais da vida e a nossa insistência em lutar com ela para fazer tudo do nosso jeito.
A diferença está em perceber o quanto algo está no fluxo, é natural. Esforço, sempre será necessário. Desafios, existem o tempo todo. Têm a ver com a jornada do herói. Mas travar guerras criadas pela própria mente ou ações, remar contra a maré, escolher demais as condições em que algo deve ser realizado é outra conversa. Para mim, tem a ver com a jornada que não leva a lugar nenhum. Se você acredita que tudo o que conquista deve ser difícil, pode criar uma profecia autorrealizável.
Constatei na prática que a vida não perde tempo com quem nunca tem tempo para ela. Vem uma oportunidade, mas você acha que ainda não é a ideal, então desvia, com os mais racionais argumentos. Na próxima, a chance já vem mais sutil, mais discreta, mais de longe. Você não quer outra vez. E assim vai tudo ficando aparentemente mais difícil mesmo. Mas o contrário também é verdadeiro.
Leia também:
Abraçando oportunidades na carreira
Lembro de um amigo, editor da revista em que eu trabalhava no início da carreira, me aconselhando a levantar a mão diante de qualquer pauta que aparecesse na reunião, ainda sem dono. Eu era nova, não tinha muito repertório profissional para sugerir pautas de peso, ficava angustiada a cada reunião. “Enquanto não tem suas próprias ideias, vá realizando bem qualquer outra que passe por você”. Foi o que fiz pelos anos seguintes.
A atitude foi fundamental para eu desenvolver a base da minha carreira e postura empreendedora. Foi nesse período, abraçando toda e qualquer oportunidade sem poréns, que eu ganhei autoconfiança, experiência, relacionamentos — tudo o que me levou aos passos seguintes. Se eu ficasse esperando a pauta ideal, provavelmente estaria até hoje começando.
A experiência leva à consciência, diz meu orientador de yoga — não o contrário. E quanto tempo perdemos tentando entender antes de viver? Planejar no detalhe, com ar sério, testa franzida, estratégias mirabolantes, em vez de começar, com leveza e descontração para enfrentar os imprevistos e tombos do caminho, e crescer a cada passo dado?
Não estou falando de nada inédito nem inovador. É simples, faz parte da sabedoria popular e também moda no Vale do Silício (errar rápido e com o mínimo de recursos para avançar no desenvolvimento de um produto). O desafio está em identificar as oportunidades no dia a dia. Em resistir à tentação de se iludir com o longe, sem cuidar do perto. Em abrir mão (da ilusão) de controle e se entregar para o que não é exatamente confortável.
Acho curioso como podemos nos enganar com conceitos tão simples no dia a dia. Por exemplo, acreditando que travar guerras com tudo o que não é do jeito que gostaríamos poderá nos levar a uma vida melhor amanhã. Não seria mais produtivo dedicar a maior parte do tempo àquilo que queremos construir dali para frente? A relações positivas, a práticas saudáveis, ao que nos alimenta, ainda que isso exija encontrar tempo e disposição para nutrir o que não está na agenda urgente?
O futuro vai ser consequência do que vivemos hoje — isso é matemático. Se acreditar que precisa terminar uma coisa ruim antes de começar uma boa, sinto dizer que provavelmente o objetivo não será alcançado. Investir tempo em coisa ruim só gera mais coisa ruim. Mas se quer virar esse jogo, encontre tempo hoje para ouvir o que a vida tem para lhe dizer, para trabalhar no simples que cruza seu dia a dia e, quando menos esperar, verá flor onde antes era terra seca.
Ariane Abdallah é jornalista, autora do livro “De um gole só – a história da Ambev e a criação da maior cervejaria do mundo” e fundadora do Atelier de Conteúdo, empresa especializada na produção de livros, artigos e estudos de cultura organizacional.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
O post Como a estratégia do “sim” pode transformar sua vida e carreira apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Negócios
Apple Nomeia Sabih Khan Como Diretor de Operações

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A Apple nomeou nesta terça-feira Sabih Khan como seu diretor de operações, substituindo Jeff Williams, como parte de uma sucessão há muito tempo planejada.
Khan, que está na companhia há 30 anos e atualmente é vice-presidente sênior de operações, assumirá a nova função ainda este mês, informou a fabricante do iPhone em um comunicado.
Antes de entrar para a área de compras da Apple em 1995, ele trabalhou como engenheiro de desenvolvimento de aplicativos e líder técnico de contas estratégicas na GE Plastics.
Williams continuará a se reportar ao presidente-executivo da Apple, Tim Cook, e a supervisionar a equipe de design da empresa e do Apple Watch. A equipe de design se reportará diretamente a Cook após a aposentadoria de Williams no final do ano.
O post Apple Nomeia Sabih Khan Como Diretor de Operações apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
Negócios
De Estagiário a CEO: Quem é o Novo Líder do Carrefour

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A partir de 14 de julho, Pablo Lorenzo assume como novo CEO do Carrefour na América Latina, substituindo Stéphane Maquaire, que deixará o grupo para liderar outra empresa na Europa. Atual COO do Carrefour Brasil, o executivo argentino tem 30 anos de trajetória no varejo e no atacado — quase todos dentro do próprio Carrefour.
Lorenzo iniciou sua carreira na empresa como estagiário e passou por cargos de liderança na França, Espanha, Argentina e Brasil ao longo da trajetória. Foi CEO do Carrefour na Argentina por mais de 15 anos e, desde 2011, integrava o comitê executivo da unidade local. “Sou apaixonado por atendimento ao cliente, por motivar equipes a darem o seu melhor e por tornar as coisas o mais simples e práticas possível”, compartilhou no LinkedIn.
No Brasil, está há dois anos como COO, cargo no qual liderou a integração das marcas Atacadão, Carrefour e Sam’s Club. Também foi responsável por implementar melhorias comerciais e operacionais no país ao longo dos últimos 18 meses. “Nos últimos anos, tive a oportunidade de liderar diversas equipes e consolidar projetos estratégicos para a companhia.”
O executivo será o segundo sul-americano a liderar a operação latino-americana do grupo, posto historicamente ocupado por franceses. Casado e pai de três filhas, Pablo também valoriza o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. “Gosto de aproveitar meu tempo livre com a família e meus pets, praticando esportes e curtindo a natureza.”
Os acionistas do Carrefour Brasil haviam aprovado o fechamento de capital da companhia no final de abril deste ano. A operação brasileira da varejista foi incorporada pela matriz francesa.
O post De Estagiário a CEO: Quem é o Novo Líder do Carrefour apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
Negócios
Trabalho Autônomo Está Ligado a Menor Risco de Doenças Cardíacas

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A cada 90 segundos, uma pessoa morre de doenças cardiovasculares no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Uma nova análise da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), feita em 2025 com 20 mil adultos em idade ativa, revela que o trabalho autônomo – especialmente entre mulheres – está associado a taxas significativamente menores de obesidade, sedentarismo e noites mal dormidas, três dos principais fatores de risco para problemas cardíacos.
A seguir, entenda o que isso significa para quem considera seguir carreira como autônomo, freelancer ou até buscar mais flexibilidade no emprego atual.
Como o trabalho autônomo impacta a saúde
O estudo da UCLA utilizou dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição dos EUA, um levantamento rigoroso que combina exames presenciais, indicadores objetivos de saúde e questionários detalhados.
Os pesquisadores analisaram fatores como IMC (índice de massa corporal), pressão arterial, frequência de exercícios e padrões de sono, traçando um panorama abrangente da saúde cardiovascular dos participantes.
Veja as principais descobertas do estudo
Mulheres autônomas tinham 7,4% menos chance de serem obesas, 7% menos chance de estarem fisicamente inativas e 9,4% menos probabilidade de relatar sono insuficiente, em comparação às mulheres com empregos tradicionais.
Esses padrões se mantiveram mesmo após o controle por idade, escolaridade, estado civil, renda e acesso a plano de saúde.
Entre os homens, o trabalho autônomo não foi associado a reduções tão significativas nos fatores de risco cardíaco. Para homens negros e hispânicos, os benefícios de saúde do empreendedorismo foram nulos ou até revertidos.
Vale destacar que o estudo se concentrou em fatores de risco modificáveis (peso, atividade física e sono), que são preditores importantes de doenças cardiovasculares no futuro.
Por que o empreendedorismo ajuda a saúde do coração?
Por que o trabalho autônomo beneficia mais a saúde das mulheres em relação aos empregos tradicionais? Os autores do estudo e outros especialistas apontam para o chamado “modelo demanda-controle”, uma teoria que defende que a autonomia (controle sobre tarefas e horários) ajuda a reduzir o estresse do trabalho e seus efeitos no corpo.
“Existe uma relação entre trabalho autônomo e fatores de risco cardíaco, e essa relação parece ser mais forte entre mulheres do que entre homens”, explica a dra. Kimberly Narain, autora principal do estudo e professora de medicina da UCLA.
“É fundamental entendermos melhor como o ambiente de trabalho afeta nossa saúde para que possamos criar espaços mais saudáveis para todos.”
Kimberly Narain
Pesquisas de Harvard e outras instituições vêm reforçando que altos níveis de autonomia no trabalho estão ligados a melhores desfechos cardiovasculares – especialmente entre mulheres.
Enquanto os empregos tradicionais costumam envolver horários rígidos, reuniões obrigatórias e menos margem para adequar as demandas ao bem-estar individual, veja como pode ser o dia a dia de alguém que trabalha por conta própria:
- Fazer caminhadas e agendar consultas médicas ou compromissos familiares no meio do dia, sem precisar de aprovação ou justificativas corporativas.
- Preparar refeições em casa e fazer pausas flexíveis, em vez de almoçar correndo ou passar o dia inteiro em frente a telas.
- Ajustar a carga de trabalho conforme os níveis de estresse e as necessidades de saúde, favorecendo um sono melhor e mais energia.
- Construir uma rotina diária pensada de acordo com o próprio ritmo físico e mental.
E os homens?
Apesar dos benefícios evidentes para mulheres, o estudo constatou que os homens não apresentaram as mesmas vantagens cardiovasculares com o trabalho autônomo.
Especialistas apontam possíveis motivos:
Tipo de trabalho: É mais comum que homens façam trabalhos temporários ou atividades autônomas fisicamente exigentes ou com horários irregulares, o que pode aumentar o estresse e prejudicar o sono.
Rede de apoio: Estudos anteriores mostram que redes sociais e apoio comunitário – geralmente mais presentes entre mulheres – ajudam a lidar com os desafios de profissionais autônomos ou empreendedores.
Desigualdade estrutural: Homens de grupos minorizados podem enfrentar maior instabilidade financeira e menor acesso a cuidados de saúde ao trabalharem por conta própria.
Esse recorte reforça que o empreendedorismo não é uma solução mágica e que políticas de promoção da saúde no trabalho precisam levar em conta essas diferenças estruturais e demográficas.
O que empresas podem aprender com isso
Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de mulheres no Brasil e no mundo, superando inclusive o câncer, mas também estão entre as mais evitáveis. Mudanças no peso, na atividade física e no sono já fazem uma grande diferença.
Empresas que se preocupam com o bem-estar – e a produtividade de longo prazo – de suas equipes podem contribuir oferecendo:
- Flexibilidade real: Valorizando entregas e resultados, e não apenas horas de trabalho ou presença física.
- Cuidado integral: Ir além do vale-academia e oferecer tempo e recursos para saúde preventiva, bem-estar mental e rotinas saudáveis.
- Gestão com confiança: Premiar desempenho e iniciativa em vez de “presença de tela”. Apoiar colaboradores a moldarem seus dias conforme suas necessidades de saúde.
- Equidade de acesso: Garantir que todos os profissionais – independentemente de gênero ou origem – tenham acesso a flexibilidade e recursos de saúde.
Dicas para quem é ou quer empreender
Se você já trabalha por conta própria ou pensa em seguir esse caminho, é possível potencializar os benefícios para a saúde com algumas atitudes conscientes:
- Planeje sua estabilidade: Ter uma reserva financeira reduz o estresse em períodos de baixa.
- Mexa-se regularmente: Inclua pausas ativas, mesmo que sejam caminhadas curtas.
- Cuide do sono: Estabeleça limites para uso de telas e trabalho à noite.
- Alimente-se bem: Aproveite a rotina em casa para cozinhar com mais qualidade.
- Mantenha conexões: Evite o isolamento. Cultive redes com colegas, mentores e comunidades de apoio.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
O post Trabalho Autônomo Está Ligado a Menor Risco de Doenças Cardíacas apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
- Tecnologia1 semana atrás
Cadê minha internet? Vivo sofre com problemas e fica instável nesta quarta-feira (2)
- Tecnologia1 semana atrás
5 sites interativos para explorar o Universo sem sair de casa
- Saúde7 dias atrás
Como funcionam os minirrobôs que desentopem artérias
- Negócios6 dias atrás
Eslovênia Lança Novo Visto para Nômades Digitais
- Negócios1 semana atrás
Vagas de Emprego em Aberto nos EUA Têm Alta Inesperada em Maio, Contratações Caem
- Saúde1 semana atrás
Vício em doces é real — e agora a Ciência consegue medi-lo
- Saúde1 semana atrás
Gripe aviária: testes em humanos de vacina brasileira são aprovados pela Anvisa
- Negócios7 dias atrás
No Japão, Profissionais Conquistam Aumento Salarial