Saúde
Pílula inovadora impede progressão de câncer de pulmão

Um ensaio clínico publicado no Journal of Clinical Oncology avaliou o efeito da pílula de lorlatinibe, medicamento inibidor de quinase de linfoma anaplásico (ALK), na progressão de câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) a longo prazo em pacientes com tumores ALK-positivos.
Entenda:
- Um ensaio clínico mostrou que o lorlatinibe, medicamento inibidor de quinase de linfoma anaplásico (ALK), pode ter efeitos promissores no tratamento de câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC);
- A pesquisa contou com pacientes com tumores ALK-positivos que receberam, aleatoriamente, lorlatinibe ou crizotinibe – outro inibidor de ALK;
- Em cinco anos de tratamento, 60% dos pacientes tratados com lorlatinibe estavam vivos e sem qualquer sinal de progressão da doença;
- A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Oncology;
- Com informações do The Guardian.

A pesquisa foi conduzida por uma equipe do Peter MacCallum Cancer Center, na Austrália. Como explicou Ben Solomon, líder do estudo, ao The Guardian, os ensaios apresentaram resultados “sem precedentes” para o tratamento de primeira linha em pacientes com CPNPC ALK-positivo.
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Pílula impediu progressão do câncer de pulmão em 60% dos casos
Na terceira fase do ensaio, 296 pacientes não tratados receberam, aleatoriamente, lorlatinibe ou crizotinibe – outro inibidor de ALK. Os principais objetivos eram observar a sobrevida livre de progressão e a metástase do câncer para o cérebro. Em cinco anos de tratamento, 60% dos pacientes que receberam lorlatinibe estavam vivos e sem qualquer sinal de progressão da doença. Entre os pacientes que receberam crizotinibe, a taxa foi de 8%.
“A análise mostra que o lorlatinibe ajudou os pacientes a viver mais tempo sem progressão da doença, com a maioria dos pacientes experimentando benefícios sustentados por mais de cinco anos, incluindo quase todos os pacientes com proteção contra a progressão da doença no cérebro”, explicou Solomon.
Falando de efeitos adversos, o lorlatinibe mostrou uma incidência de 77% em comparação aos 57% do crizotinibe, com destaque ao aumento de colesterol e triglicérides no sangue. A redução da dose administrada foi capaz de controlar os efeitos do lorlatinibe sem afetar a eficácia do medicamento.
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Saúde
Tremer de frio pode ajudar a queimar calorias?

Se você já enfrentou uma manhã gelada sem casaco e ficou tremendo como uma “vara verde”, saiba que esse incômodo pode ter efeitos surpreendentes. Estudos apontam que tremer queima calorias, e não poucas. Apenas 10 a 15 minutos de tremores provocados pelo frio podem resultar na queima de gordura em níveis semelhantes aos de uma hora de exercício físico moderado.
A razão por trás disso está na reação do organismo às baixas temperaturas. Para se aquecer, o corpo aciona mecanismos que ativam a gordura marrom, mais eficiente na geração de calor e na queima de energia. Mas quais são os benefícios dessa resposta térmica? E o que diz a medicina sobre essa curiosa relação entre frio e metabolismo? É o que você vai descobrir neste artigo.
Como tremer de frio pode acelerar o gasto calórico

O estudo conhecido como ICEMAN revelou que a exposição ao frio pode aumentar significativamente a quantidade de gordura marrom no corpo humano, um tipo de gordura que queima energia para gerar calor.
Durante o experimento, voluntários passaram por diferentes temperaturas ao longo de quatro meses, e os resultados mostraram que ambientes mais frios estimularam o crescimento da gordura marrom em até 40%, enquanto temperaturas mais quentes reduziram esse efeito.
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Na pesquisa, voluntários que passaram de 10 a 15 minutos tremendo em ambiente refrigerado a 12 e 18 graus centígrados liberaram a mesma quantidade do hormônio responsável pela conversão de gordura quanto aqueles que pedalaram por uma hora em ritmo moderado.
O coordenador do estudo, Paul Lee, cientista do Instituto Garvan de Pesquisas Médicas e endocrinologista, explicou que ao sentir frio, o corpo ativa primeiro a gordura marrom, que gera calor ao queimar energia. Se isso não for suficiente, o corpo recorre aos tremores musculares como mecanismo adicional para produzir calor.
Segundo o endocrinologista, o frio estimula dois hormônios: irisina, liberada pelos músculos ao tremer, e FGF21, liberado pela gordura marrom. Esses hormônios aceleram a queima de gordura branca, fazendo com que ela passe a produzir calor.
Lee também observou que pedalar por uma hora em ritmo moderado gera a mesma quantidade de irisina que 10 a 15 minutos de tremores provocados pelo frio. Ele sugere que a contração muscular causada pelo exercício físico simula o ato de tremer, e que a produção de irisina durante atividades pode ter evoluído a partir dessa resposta natural ao frio.
Exposição ao frio: uma aliada inesperada na saúde metabólica

Entre os benefícios apontados pelo estudo ICEMAN, destaca-se que pequenas variações na exposição à temperatura podem ativar mecanismos naturais de defesa do organismo e melhorar a saúde metabólica. Essa descoberta abre caminho para novas abordagens no tratamento da obesidade e de doenças relacionadas ao metabolismo.
Além disso, a pesquisa liderada por Paul Lee demonstrou que a exposição prolongada ao frio aumenta a sensibilidade à insulina, ou seja, o corpo passa a utilizar menos insulina para manter os níveis de glicose sob controle, uma vantagem importante para pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2.
Entre outras coisas, os achados do estudo ICEMAN, coordenado por Paul Lee, ganham força ao serem comparados com outras pesquisas internacionais que também demonstram os efeitos do frio sobre o metabolismo humano.
Um estudo realizado no Japão mostrou que pessoas expostas diariamente a 17 °C por duas horas durante seis semanas apresentaram redução significativa da gordura corporal, além de aumento na atividade da gordura marrom, que é metabolicamente ativa e contribui para a queima de energia.
Já na Universidade de Maastricht, na Holanda, pesquisadores observaram que indivíduos submetidos a seis horas diárias a 15 °C por dez dias tiveram um crescimento nos depósitos de gordura marrom, o que facilitou a adaptação ao frio e elevou o gasto energético basal.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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Saúde
Nova descoberta sobre a dopamina revoluciona entendimento do cérebro

Uma nova pesquisa da Universidade do Colorado, publicada na revista Science, desafia a visão tradicional sobre a dopamina.
Ao contrário da crença de que esse neurotransmissor se espalha amplamente pelo cérebro de forma contínua, os cientistas descobriram que ele atua por meio de disparos ultrarrápidos e precisos, atingindo grupos específicos de neurônios com alta seletividade temporal e espacial.

Detalhes do estudo
- Usando microscopia de dois fótons, os pesquisadores observaram que a dopamina é liberada em “pontos críticos” do cérebro em rajadas milimétricas e momentâneas — comparáveis a faíscas — e não como uma névoa difusa, como se pensava.
- Esse novo modelo de “sinalização de precisão” revela que o cérebro pode modular comportamentos e decisões com muito mais especificidade do que se imaginava.
- Segundo o professor Christopher Ford, autor principal do estudo, esse mecanismo refinado de liberação pode explicar como a dopamina regula uma ampla gama de comportamentos.
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Descoberta pode mudar nossa compreensão sobre doenças e distúrbios
A descoberta inaugura uma nova compreensão sobre o papel da dopamina em distúrbios como TDAH, doença de Parkinson, esquizofrenia, dependência química e depressão.
Além das rajadas localizadas, a equipe identificou também uma camada de sinalização mais lenta e difusa, sugerindo que a dopamina atua em dois níveis: de forma precisa para ajustes momentâneos e de modo geral para regular funções cognitivas complexas como aprendizado e tomada de decisões.
Esses achados desafiam abordagens terapêuticas atuais, que ainda se baseiam em medicamentos de efeito amplo. A longo prazo, entender essa complexa dinâmica pode levar ao desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, personalizados e com menos efeitos colaterais.

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Saúde
Por dentro do estudo do Butantan para a primeira vacina brasileira contra gripe aviária

O Instituto Butantan está prestes a iniciar testes em humanos com a primeira vacina brasileira contra a gripe aviária H5N8, após aprovação da Anvisa.
O início dos ensaios clínicos — com voluntários entre 18 e 59 anos — depende agora apenas da autorização da Conep. A vacina, que será aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias, foi desenvolvida seguindo diretrizes da OMS e estratégias internacionais.

Testes anteriores mostraram respostas positivas
- O vírus H5N8, originário de aves aquáticas, tem se espalhado pelas Américas e já infectou mamíferos e humanos em casos pontuais, levantando o temor de que futuras mutações possam permitir a transmissão entre pessoas — o que poderia gerar uma nova pandemia, como ocorreu com a gripe espanhola de 1918.
- Desde 2023, o Butantan realiza testes pré-clínicos que mostraram resultados positivos em segurança e resposta imune.
- O diretor do instituto, Esper Kallás, destaca que os dados preliminares devem ser obtidos ainda este ano, e que o Ministério da Saúde apoia o projeto como uma medida estratégica, com financiamento para garantir a prontidão da vacina caso o vírus evolua.
- As informações são do Jornal da USP.
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Vírus foi detectado em aves no Brasil
No Brasil, o H5N8 já foi detectado em aves silvestres, inclusive em áreas urbanas como o Parque Ibirapuera (SP) e em surtos controlados no Sul do país.
Embora o risco atual para humanos seja baixo, a possibilidade de o vírus se adaptar à transmissão entre pessoas torna-se uma ameaça potencial à saúde global.
“O vírus H5 já passou por várias adaptações, mas falta a capacidade de se espalhar entre humanos. Ainda assim, é um possível agente pandêmico”, alerta Kallás.

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