Saúde
Conheça 5 efeitos negativos da poluição sonora para a saúde revelados pela ciência

Numa sociedade cada vez mais industrializada e ruidosa, estar na presença do silêncio é uma das formas mais eficazes de conseguir ter um pouco de paz e sossego. Mas em muitos lugares pode-se dizer que este é um item raro porque outro personagem costuma entrar em cena: a poluição sonora.
A poluição sonora se caracteriza pelo excesso de ruídos estridentes e não desejados, que impactam no bem-estar e na qualidade de vida. O trânsito, obras e construções, máquinas industriais e o funcionamento de estabelecimentos como bares e baladas são os principais causadores de ruídos nas médias e grandes cidades.
Mas a poluição sonora pode ser causada não só por fatores externos, como também por ações individuais cotidianas como, por exemplo, o uso prolongado e em volume alto de fones de ouvido ou mesmo assistir TV em decibéis muito acima do recomendável.
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Por que a poluição sonora é prejudicial?
As consequências negativas da poluição sonora para a saúde humana podem ser imediatas ou a longo prazo. Isto pode variar de acordo com alguns fatores, entre eles estão o nível das emissões sonoras, tempo de exposição, condições de saúde pré-existentes e idade.
Muito ou pouco, é certo que muitos de nós estamos expostos diariamente a pelo menos algum tipo de ruído indesejado. Por isso, o Olhar Digital elencou 5 efeitos negativos da poluição sonora para a saúde. O último deles é o mais curioso.
1 – Problemas de audição

Quando as ondas sonoras entram no ouvido, elas fazem vibrar os pequenos ossos da região, as células ciliadas e as sensíveis membranas auditivas e é essa vibração que sinaliza ao cérebro que estamos ouvindo algum som.
Mas, quando o som é extremamente alto ou frequente, pode causar incômodos mais brandos como o zumbido, e até mesmo prejudicar seriamente a audição, causando danos parciais ou permanentes nas membranas e células ciliadas, como é o caso da Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR).
2 – Irritabilidade

A poluição sonora é um gatilho para questões mentais como ansiedade, nervosismo e irritação. O som excessivo acaba por dar falsas pistas ao cérebro de que algo grave e preocupante está acontecendo, e, como consequência, o sistema nervoso entra em ação. Em um estudo da Universidade Federal do Maranhão, publicado na Revista Saúde e Meio Ambiente, é apontada a razão do porquê isto acontece.
“Se o ruído é excessivo, o corpo ativa o sistema nervoso que se prepara para enfrentar esse inimigo invisível. O cérebro acelera-se e os músculos contraem-se sem motivo, fazendo surgir sintomas secundários como aumento dos níveis pressóricos, elevação da glicemia, ocorrência de distúrbios gastrointestinais e neoplasias”, afirma Gabrielly Ladeia, autora do estudo.
3 – Insônia

Morar em avenidas e ruas com muito trânsito de automóveis, ou mesmo próximo de aeroportos e festas pode ser um problema para adormecer. E não apenas isto, pois dormir mal causa um efeito cascata, trazendo uma série de outras consequências como irritabilidade e dificuldade de aprendizado e foco. É também durante o sono de qualidade que o corpo elimina toxinas e fortalece o sistema imunológico.
Em outro estudo intitulado “Ambiente urbano e percepção da poluição sonora”, uma pesquisa foi feita sobre o tema em Curitiba com 892 pessoas. Ao serem perguntadas sobre em qual período do dia sentiam-se mais incomodadas com os barulhos da rua, a maioria delas, 42%, respondeu ser mais perturbada no período da noite. E 66,8% dos entrevistados apontaram como som mais incômodo os barulhos provocados pelo trânsito.
4 – Problemas cardiovasculares

A poluição sonora também pode ser causar problemas cardiovasculares como a hipertensão e o infarto do miocárdio. Quando há uma exposição crônica ao som excessivo, o corpo dá diversas respostas como respiração acelerada e o aumento dos batimentos cardíacos. O ruído pode inclusive elevar a pressão arterial mesmo durante o sono.
Segundo levantamento da Agência Europeia do Ambiente (AEA), a cada ano a poluição sonora leva ao surgimento de 48 mil novos casos de doenças cardíacas na Europa, e causa a morte prematura de 12 mil pessoas todos os anos.
5 – Poder virar um vício
Sim, é exatamente isto que você leu. Embora fugir dos ruídos seja quase que um senso comum para a maioria das pessoas, muitas delas podem se ver entediadas ou impacientes com a ausência de som, seja num momento de relaxamento, ou mesmo tentando praticar uma meditação e esse comportamento tem um motivo.
Segundo um estudo da Universidade São Francisco, em Campinas, embora o som excessivo possa irritar num primeiro momento, a longo prazo ele age como uma droga, educando o cérebro a necessitar de mais barulho. “O ruído estressante libera substâncias excitantes no cérebro, tornando as pessoas sem motivação própria, incapazes de suportar o silêncio”, afirma o artigo.
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Saúde
Por que estresse e tristeza podem alterar o apetite?

O apetite humano é regulado por uma complexa interação entre fatores hormonais, emocionais e neurológicos. Quando sentimentos como estresse e tristeza entram em cena, essa engrenagem pode se desestabilizar, provocando alterações alimentares significativas. Mas por que essas variações acontecem? Descubra agora.
O impacto do estresse no apetite
O estresse é uma reação natural do organismo diante de situações desafiadoras. Em momentos assim, o corpo ativa o chamado mecanismo de luta ou fuga, liberando hormônios como CRH (hormônio liberador de corticotrofina) e cortisol, ambos com impactos diretos sobre o apetite.

De forma geral, o estresse agudo, que surge de forma súbita e intensa, tende a reduzir o apetite. Isso ocorre porque o CRH interfere no sistema digestivo, suprimindo o desejo de comer.

Além disso, o aumento do suco gástrico promovido pelo cortisol pode causar sintomas como náuseas, indigestão e diarreia, tornando a alimentação menos atraente.
Por outro lado, em situações de estresse crônico, a resposta é inversa: os níveis prolongadamente elevados de cortisol estimulam o consumo de alimentos calóricos, principalmente ricos em gordura e açúcar.
Isso ocorre porque o hormônio aumenta os níveis de grelina (conhecido como “hormônio da fome”) e reduz os de leptina (o “hormônio da saciedade”), incentivando a ingestão excessiva de alimentos.
A repetição desse padrão pode levar ao chamado comportamento de comer emocionalmente, marcado por episódios de compulsão alimentar.
A tristeza como fator inibidor ou estimulador do apetite
Assim como o estresse, a tristeza também afeta o apetite, mas de maneira um pouco diferente.

Emoções como melancolia, desânimo e luto geralmente levam à inibição do apetite. A explicação está nas regiões cerebrais envolvidas no processamento emocional, como o hipotálamo e a amígdala cerebral, que também atuam no controle da fome.
Quando dominadas por sentimentos negativos, essas áreas podem reduzir o estímulo à alimentação.
No entanto, nem todas as pessoas reagem da mesma forma. Para alguns, a comida funciona como um refúgio emocional diante da dor ou da perda. Nesse caso, ocorre o fenômeno da fome emocional, caracterizado pela busca por alimentos para aliviar emoções desconfortáveis, que geralmente são de baixa qualidade nutricional, como doces e ultraprocessados.
Segundo especialistas, essa prática ativa o sistema de recompensa cerebral, promovendo uma liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores associados ao prazer e ao bem-estar, criando um alívio momentâneo, mas com possíveis consequências negativas a longo prazo, como ganho de peso, culpa e problemas de saúde.
Fome emocional e saúde mental
A fome emocional é um dos principais indicadores de que há um desequilíbrio na forma como uma pessoa lida com suas emoções.

Diferente da fome física, que se instala gradualmente, a fome emocional surge de forma repentina, não é saciada facilmente e, muitas vezes, vem acompanhada de sentimentos de culpa após a ingestão.
Ela está comumente associada a transtornos como ansiedade, depressão, burnout e transtorno bipolar.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com mais de 18 milhões de pessoas afetadas. Esse cenário torna ainda mais relevante o reconhecimento e o tratamento desses comportamentos, uma vez que podem evoluir para distúrbios alimentares mais graves.
Diferenças individuais e fatores de risco
A maneira como o estresse e a tristeza afetam o apetite varia de pessoa para pessoa. Fatores genéticos, hormonais e comportamentais influenciam fortemente essa resposta.

Pesquisas apontam que mulheres, por exemplo, têm maior tendência a aumentar o consumo alimentar em situações de estresse, o que pode estar relacionado a questões hormonais e padrões socioculturais.
Pessoas com histórico de restrição alimentar também são mais vulneráveis a episódios de compulsão sob estresse. Um estudo da George Mason University mostrou que essas pessoas tendem a romper o autocontrole quando estão emocionalmente abaladas, recorrendo a alimentos como forma de consolo.
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Estratégias para lidar com as alterações no apetite
Felizmente, existem formas saudáveis de lidar com o estresse e a tristeza sem recorrer à alimentação como válvula de escape.

A prática regular de exercícios físicos estimula a produção de endorfina, hormônio que gera sensação de prazer e bem-estar. Atividades como yoga, meditação, caminhadas e escrita terapêutica também são recomendadas para aliviar a carga emocional.
Além disso, é importante identificar os gatilhos emocionais que levam à mudança no apetite.
Reconhecer padrões e procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica quando necessário pode ser fundamental. Pequenas ações, como manter alimentos saudáveis em casa e evitar o consumo impulsivo, também ajudam na construção de uma relação mais equilibrada com a comida.
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Cidades
Campos é contemplado com kit de equipamentos para criação do Polo de Teleconsulta

Campos foi contemplado com um kit de equipamentos para teleconsulta e 13 combos de equipamentos para Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os investimentos, publicados na Portaria GM/MS nº7.613 de 17 de junho de 2025, fazem parte do Novo PAC Saúde e permitirão ao município implementar a teleconsulta, uma estratégia do Ministério da Saúde para integrar a saúde digital ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, as UBS vão ampliar a oferta de procedimentos, exames diagnósticos, vacinas e cuidados.
No kit de teleconsulta estão previstos computador portátil, microfone, projetor multimídia, mesa de escritório, cadeiras e câmara de segurança que, de acordo como secretário Municipal de Saúde, Paulo Hirano, irão permitir a criação do Polo de Teleconsulta, atender, principalmente, aqueles locais mais distantes do centro da cidade.
“O Ministério da Saúde está contemplando as cidades que têm estrutura, com esses equipamentos para avançar na teleconsulta. É um projeto muito interessante, que vai permitir que possamos capilarizar essa assistência, fazendo com que as unidades mais distantes do centro da cidade possam ter o acesso, principalmente a determinadas especialidades. A teleconsulta é uma grande ferramenta que vai facilitar o acesso dos pacientes à assistência em saúde”, disse Paulo Hirano lembrando que Campos é o maior município em extensão territorial do Estado.
Já os combos de equipamentos, serão utilizados nas Unidades Básicas vinculadas à Saúde na Atenção Primária em Saúde do município. Eles são compostos por câmara fria para vacinas, retinógrafo portátil, espirômetro digital, dermatoscópio, eletrocardiógrafo eletrocautério (bisturi elétrico), desfibrilador externo automático, doppler vascular, laser para fisioterapia, ultrassom para fisioterapia, balança portátil até 200kg, TENS e FENS, dinamômetro, cadeira de rodas, fotóforo e tábua de propriocepção.
“Esses equipamentos portáteis serão utilizados para auxiliar o atendimento e diagnóstico por parte das equipes pelas equipes da Estratégia Saúde da Família. É uma série de equipamentos que vem para potencializar, empoderar e facilitar a ação dos médicos das unidades mais distantes. Então, vai ser um grande avanço com certeza. Mais um grande passo para que a gente possa assistir melhor à nossa população”, reforçou Hirano.
Ambos os projetos visam facilitar o acesso da população à assistência médica e fortalecer o SUS digital.
Saúde
Estudo: gordura abdominal e perda muscular eleva em 83% o risco de morte depois dos 50

Um estudo da UFSCar em parceria com a University College London concluiu que pessoas com gordura abdominal e baixa massa muscular apresentam 83% mais risco de morte do que aquelas sem essas condições.
Essa combinação caracteriza a obesidade sarcopênica, um quadro difícil de diagnosticar, associado à perda de autonomia, maior risco de quedas, fragilidade e pior qualidade de vida em idosos.
A pesquisa foi publicada na revista Aging Clinical and Experimental Research.

Descobertas do estudo
- O diferencial da pesquisa foi mostrar que é possível identificar precocemente a condição usando métodos simples e acessíveis, como a medição da circunferência abdominal e estimativas clínicas da massa muscular magra, sem depender de exames caros como tomografia ou ressonância.
- Com dados de mais de 5.400 pessoas acima de 50 anos, acompanhadas por 12 anos no estudo britânico ELSA, os pesquisadores observaram que o risco de morte não é elevado apenas com obesidade abdominal ou perda muscular isoladamente, mas principalmente quando ambas coexistem.
- Segundo os autores, o acúmulo de gordura corporal provoca uma inflamação crônica que agrava a degradação muscular, comprometendo funções metabólicas e imunológicas do corpo.
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A pesquisa propõe critérios simples para triagem clínica, como circunferência abdominal acima de 102 cm para homens e 88 cm para mulheres, e índice de massa muscular esquelética inferior a 9,36 kg/m² (homens) ou 6,73 kg/m² (mulheres).
Os resultados podem ajudar a ampliar o acesso de pessoas idosas a intervenções preventivas, como reeducação alimentar e programas de atividade física, contribuindo para um envelhecimento mais saudável.
A matéria original foi publicada na Agência FAPESP.
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