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Saúde

China descobre novo vírus da gripe com potencial de causar pandemia

Redação Informe 360

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Uma cepa do vírus da gripe suína se tornou predominante em porcos na China e tem potencial para se espalhar para os seres humanos e se tornar outra pandemia, afirmam os pesquisadores.

Especialistas da Academia Chinesa de Ciências dizem que os porcos são um “principal hospedeiro intermediário” ou “vaso de mistura” para vírus que se espalham de animais selvagens para humanos.

A equipe de pesquisa chinesa estuda surtos de gripe suína em fazendas de suínos em todo o país e afirma que a última cepa pode passar para os seres humanos.

Confirma-se que apenas duas pessoas pegaram o vírus, apelidado de G4 EA H1N1, desde o primeiro surto em 2016, mas os pesquisadores dizem que ele é ‘altamente adaptado‘ para infectar seres humanos. Nos dois casos, relatados em 2016 e 2019 e confirmados como vírus EA H1N1 do tipo G4, os pacientes tinham 46 e 9 anos, segundo os autores.

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Os pesquisadores pediram o monitoramento das fazendas e das pessoas que trabalham nelas ou perto delas, pois a transmissão adicional pode fazer com que o vírus ‘se adapte e se torne uma pandemia’.

A pesquisa epidemiológica descobriu que os dois pacientes tinham vizinhos que criavam porcos, sugerindo que o vírus G4 EA poderia transmitir de suínos para humanos e levar a infecções graves e até a morte“, informa o estudo.

Os pesquisadores não entraram em detalhes sobre os sintomas, já que o vírus não se espalhou amplamente em seres humanos. No entanto, em testes do vírus em furões, eles encontraram sintomas como febre, espirros, chiados e tosse eram comuns.

George Gao, Jinhua Liu e colegas isolaram 179 vírus de porcos em 10 províncias da China de 2011 a 2018 para estudar os riscos que eles representam para os seres humanos.

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Eles descobriram que, desde 2016, a maioria dos vírus encontrados em porcos de criação exibia características que você esperaria se pudesse pular para humanos e desencadear uma pandemia.

Eles também descobriram que, de 300 amostras colhidas de criadores de suínos em 15 fazendas diferentes, apenas 10,4% possuíam anticorpos contra essa cepa do vírus.

Isso significa que o vírus apresenta uma chance particularmente forte de propagação da pandemia – embora eles não tenham dito se seria tão grave quanto a Covid-19 ou pior.

Eles dizem que medidas para controlar esse vírus em porcos e monitorar de perto as populações trabalhadoras devem ser rapidamente implementadas para evitar a propagação futura.

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“Todas essas evidências indicam que o vírus G4 EA H1N1 é um problema crescente em fazendas de suínos, e a circulação generalizada de vírus G4 em porcos aumenta inevitavelmente sua exposição aos seres humanos”, escreveram os autores do estudo.

O professor James Wood, chefe do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge, disse que a criação de suínos é uma indústria maciça na China.

“Os autores realizaram uma investigação completa sobre os riscos dos vírus emergentes da gripe suína na China e mostram que há evidências de que eles podem representar um risco para a saúde humana”, disse ele.

Ele disse que é particularmente notável que eles descobriram que o vírus pode se replicar nas células humanas e que já podem estar infectando alguns criadores de porcos.

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Outro aspecto assustador da descoberta, segundo o professor Wood, é que ‘as vacinas atuais podem não proteger adequadamente contra elas‘.

“O trabalho é um lembrete salutar de que estamos constantemente em risco de um novo surgimento de patógenos zoonóticos e de animais de criação”, disse ele.

Wood acrescentou que, quando entramos em contato com a vida selvagem com mais frequência, esses animais de criação “podem atuar como fonte de importantes vírus pandêmicos”.

Alice Hughes, professora associada do Centro de Conservação Integrativa do Jardim Botânico Tropical de Xishuangbanna, Academia Chinesa de Ciências, disse que esses tipos de vírus – gripe suína e aviária – não são incomuns na China.

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Ela disse que há relatórios periódicos sobre a disseminação desses vírus, mas isso se limita amplamente ao gado – por causa disso, há exames regulares.

“Padrões de higiene e alimentos, incluindo hormônios e esteroides em toda a Ásia, provavelmente são fatores que contribuem para o comprometimento do sistema imunológico e o potencial de propagação de vírus”, disse Hughes. “Carne de porco e aves também são muito populares em toda a Ásia, então há um grande número de animais na região – de fato, as estatísticas atuais mostram que mais da metade da população suína do mundo está na China,” complementa. Os resultados foram publicados na revista Proceedings da National Academy of SciencesFonte: Daily Mail

Saúde

EUA aprovam vacina semestral para prevenir o HIV

Redação Informe 360

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A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (18), a única vacina semestral do mundo para prevenir o HIV. O anúncio foi feito pela fabricante Gilead Sciences, que tem sede na Califórnia (EUA).

A aprovação do lenacapavir (de nome comercial Yeztugo) representa grande avanço para o combate à epidemia de HIV nos EUA, onde 30 mil pessoas são infectadas anualmente. No mundo, esse número ultrapassa a marca de 1,3 milhão.

O tratamento será disponibilizado como profilaxia pré-exposição (PrEP) para reduzir o risco de HIV adquirido sexualmente em adultos e adolescentes com peso mínimo de 35 kg. Ensaios clínicos mostraram que 99,9% dos participantes que receberam Yeztugo permaneceram HIV negativos.

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Indivíduos deverão apresentar um teste de HIV-1 negativo antes de iniciar o tratamento com Yeztugo (Imagem: Gam1983/iStock)

“Este é um dia histórico na luta de décadas contra o HIV. O Yeztugo é um dos avanços científicos mais importantes da atualidade e oferece uma oportunidade muito real para ajudar a acabar com a epidemia de HIV”, disse Daniel O’Day, Presidente e CEO da Gilead Sciences.

Ampliando a cobertura

  • O medicamento da Gilead é vendido nos EUA para infecções por HIV resistentes a outros medicamentos desde 2012;
  • No entanto, apenas uma a cada três pessoas que atendiam aos critérios de elegibilidade para profilaxia pré-exposição receberam prescrição de uma forma de PrEP;
  • Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostram que há lacunas específicas para mulheres, negros/afro-americanos e hispânicos/latinos, e pessoas no sul dos EUA, que impedem o fim da transmissão do vírus no nível populacional;
  • Desafios de adesão, estigma e baixo conhecimento das opções existentes de PrEP — tanto por profissionais de saúde quanto por consumidores — contribuem para essa baixa adesão à PrEP em várias populações, segundo a farmacêutica.
Estigma e baixo conhecimento dificultam adesão à profilaxia pré-exposição (Imagem: nito100/iStock)

“Uma injeção semestral poderia reduzir significativamente as principais barreiras, como adesão e estigma, que indivíduos em regimes de dosagem de PrEP mais frequentes, especialmente PrEP oral diária, podem enfrentar”, disse Carlos del Rio, Codiretor do Centro Emory para Pesquisa da AIDS em Atlanta (EUA).

Leia Mais:

Nova esperança contra o HIV

A nova dose será administrada em duas injeções sob a pele do abdômen para ser absorvida lentamente pelo corpo. Os indivíduos deverão apresentar um teste de HIV-1 negativo antes de iniciar o tratamento com Yeztugo.

A Gilead afirmou que está trabalhando com seguradoras e sistemas de saúde para garantir ampla cobertura para a Yeztugo, o que reduziria os gastos de pacientes a zero. A farmacêutica também pretende disponibilizar a vacina em programa de assistência médica para atender pessoas sem planos de saúde.

OMS vem alertando para riscos de desabastecimento de remédios após corte dos EUA a programas de combate ao HIV (Imagem: diegograndi/iStock)

É um cenário que renova esperanças poucos meses após o presidente Donald Trump cortar o financiamento dos EUA a programas da Organização Mundial de Saúde (OMS) que distribuem remédios para combater o HIV em escala global.

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Saúde

Você tem uma “impressão digital” na respiração, segundo estudo

Redação Informe 360

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Pesquisadores do Instituto Weizmann, em Israel, identificaram que padrões respiratórios pelo nariz podem funcionar como uma espécie de “impressão digital respiratória” — únicos o suficiente para identificar uma pessoa com mais de 90% de precisão.

O estudo, publicado na revista Current Biology, acompanhou 100 voluntários durante 24 horas usando sensores vestíveis que capturaram o fluxo de ar de cada narina.

nariz
Padrão de respiração nasal de cada pessoa é único e pode ajudar no diagnóstico de transtornos mentais – Imagem: Marina Demeshko/Shutterstock

O que os pesquisadores descobriram

  • As análises revelaram que características como ritmo de respiração, pausas entre inspirações, fluxo desigual entre as narinas e frequência de suspiros variavam de forma consistente entre os indivíduos.
  • Além da identificação pessoal, os cientistas encontraram correlações entre esses padrões e aspectos físicos e mentais.
  • O índice de massa corporal, por exemplo, influenciava certas características da respiração, e pessoas com traços depressivos tendiam a expirar mais rapidamente.
  • Também surgiram associações com traços de ansiedade e autismo.

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Homem com ansiedade
Metodologia do estudo sugere relação entre respiração e condições como ansiedade e depressão – Imagem: Jacob Wackerhausen / iStock

Padrão respiratório pode ajudar tratamentos

Os autores do estudo sugerem que essa “assinatura respiratória” pode se tornar uma ferramenta para monitorar estados psicológicos e fisiológicos ao longo do tempo.

A ideia levanta também implicações sobre privacidade: padrões respiratórios prolongados poderiam ser considerados dados sensíveis, já que permitem identificar uma pessoa de forma precisa.

Apesar de métodos mais rápidos de identificação existirem, os pesquisadores afirmam que a respiração pode oferecer uma nova forma de entender o cérebro, a saúde mental e o comportamento humano. No futuro, isso poderia até inspirar intervenções terapêuticas com base na respiração personalizada.

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Padrões nasais únicos funcionam como “impressões digitais” e podem ajudar a tratar doenças – Imagem: Microgen/Shutterstock

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Saúde

É verdade que música clássica auxilia na gestação? Entenda

Redação Informe 360

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Quando uma mulher engravida, ela se cerca de cuidados para que a gestação seja bem-sucedida. É levado em conta a alimentação, a qualidade do sono e evitar o estresse.

O que estudiosos também estão descobrindo é que as sonoridades, mais especificamente a música clássica, têm papel fundamental para o bem estar da mãe e do bebê.

Ao contrário do que se pode pensar, a formação de vínculo entre mãe e filho acontece muito antes do nascimento. Durante a gestação, ainda no ambiente intrauterino, uma vinculação inicial é estabelecida através da audição.

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Mulher admirando a barriga de gravidez (Imagem: Shutterstock/Foto Julia Zavalishina)

No útero, o ritmo contínuo do batimento cardíaco da mãe, os ruídos intestinais, bem como o amplo espectro de sons do ambiente estão sempre envolvendo o bebê”, aponta o artigo ‘Música na gestação: Uma revisão sistemática’, publicado na Revista Brasileira de Musicoterapia.  

Neste sentido, o bebê percebe até mesmo alterações emocionais da mãe, uma vez que quando a gestante está nervosa, por exemplo, seus batimentos tendem a se alterar, bem como o tom de voz. 

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Ainda segundo este estudo, “A literatura aponta que o bebê mostra uma preferência especial pela língua materna ou pela música que a mãe cantou ou escutou durante a gestação.”

A música clássica pode auxiliar no desenvolvimento do feto na gravidez?

Fora do Brasil, este também é um tema de interesse. Por isso, pesquisadores do Instituto Nacional de Cardiologia Ignacio Chávez e da Universidade Autônoma Metropolitana, ambos no México, realizaram um estudo com 37 mulheres na reta final da gravidez para descobrir as implicações da música clássica durante a gestação. 

Para isso, escolheram as músicas The Swan, do francês Camille Saint-Saens, e Arpa de Oro, do mexicano Abundío Martinez.

Eles usaram um monitor materno fetal com frequência de 900 hertz, e cinco eletrodos foram colocados estrategicamente no abdômen das gestantes. A estimulação musical foi feita por meio de um headphone, que foi acoplado ao redor da barriga das mães.

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Os pesquisadores encontraram evidências de que a música clássica impacta positivamente os batimentos cardíacos do feto, sinalizando uma frequência cardíaca mais regular, e também auxilia na construção do Sistema Nervoso Autônomo. O SNA é responsável por regular a pressão arterial, a respiração, a digestão e a temperatura corporal. 

Leia mais:

O estudo afirma ainda que a estimulação auditiva pré-natal auxilia após a gestação. Ouvir música clássica durante a gravidez pode ter implicações importantes no desenvolvimento cognitivo da criança no futuro.

Isto é, pode aumentar a plasticidade cerebral, favorecendo habilidades como a memória e atenção na primeira infância. Por enquanto, outros estilos musicais ainda não foram investigados pelos pesquisadores mexicanos.

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