Saúde
Afinal, para que serve o pâncreas no corpo humano?

O pâncreas é um órgão que muita gente já ouviu falar, mas poucos realmente sabem onde fica ou qual é sua função no corpo humano. Infelizmente, ele costuma ser lembrado só quando algum problema de saúde aparece, como no caso do diabetes ou da temida pancreatite. A verdade é que, mesmo discreto, o pâncreas tem um papel fundamental para o nosso bem-estar.
Ele atua em duas frentes importantes: no sistema digestivo, ajudando na quebra dos alimentos, e no sistema endócrino, regulando a quantidade de açúcar no sangue por meio da produção de hormônios como a insulina.
Neste conteúdo, você vai entender para que serve o pâncreas, como ele funciona no dia a dia do organismo e por que cuidar bem dele é essencial para manter a saúde em dia.
O que é e para que funciona o pâncreas?
O pâncreas é uma glândula grande localizada no meio da barriga (intra-abdominal), atrás do estômago e entre o baço e o intestino delgado. Ele parece um girino, pois tem uma ponta grossa e uma fina, além de se assemelhar a uma espiga de milho. Em média, possui 15 centímetros de comprimento e pesa 91,8 gramas.
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Ele trabalha na produção de enzimas, auxiliando na digestão, e também atua produzindo e liberando hormônios que ajudam a controlar a quantidade de açúcar no sangue. De acordo com a Cleveland Clinic, o órgão costuma produzir entre 1 e 4 litros de suco rico em enzimas diariamente, o que auxilia na digestão de alimentos ingeridos pela pessoa.

Na digestão, o pâncreas tem um papel fundamental. Quando a comida sai do estômago e chega ao intestino delgado – mais especificamente ao duodeno –, o pâncreas libera o chamado suco pancreático, um líquido rico em enzimas que ajudam a quebrar as proteínas, gorduras e carboidratos dos alimentos.
Nesse momento, o fígado também contribui liberando a bile, um líquido amarelado que ajuda especialmente na digestão das gorduras. Esses dois líquidos se misturam no duodeno e juntos transformam os alimentos em partículas menores, facilitando a absorção dos nutrientes pelo corpo humano.
Outro papel importante do pâncreas é a produção de hormônios, como o glucagon e a insulina, responsáveis pelo controle dos níveis de açúcar no sangue. Basicamente, se o nível de açúcar no sangue estiver muito baixo, o órgão faz o glucagon, aumentando a quantidade de açúcar.
Caso contrário, o pâncreas trabalha na produção de insulina com o intuito de reduzi-lo. Assim, é mantido um equilíbrio em seu corpo para que ele funcione corretamente.
Apesar de toda a importância desse órgão, existem doenças, como o câncer de pâncreas, pancreatite grave e até mesmo uma séria lesão no pâncreas, que às vezes fazem a pessoa passar por um procedimento cirúrgico de retirada do órgão.
Porém, ela precisará, pelo resto da vida, tomar comprimidos de enzimas para ajudar na digestão dos alimentos, além de injeções de insulina para o controle do açúcar no sangue.
Doenças pancreáticas

Assim como outras partes do corpo humano, o pâncreas pode ser afetado por algumas doenças. Entre elas estão:
- Diabetes tipo 1: acontece a partir do momento em que o pâncreas não consegue mais produzir a insulina;
- Diabetes tipo 2: pode ocorrer quando o corpo não faz o uso correto da insulina produzida;
- Pancreatite: acomete as pessoas se as enzimas começarem a trabalhar no pâncreas antes de chegarem ao intestino delgado. É possível que isso aconteça por conta da ingestão excessiva de álcool ou pelo surgimento de cálculos biliares. É possível que a doença seja passageira ou crônica;
- Câncer de pâncreas: doença grave e silenciosa que aparece por meio de células cancerosas no órgão;
- Hiperglicemia (alto nível de açúcar no sangue): causada pela produção excessiva de glucagon;
- Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue): quando a insulina é produzida em excesso.
Sintomas de doenças pancreáticas

Fadiga constante, sede em excesso, vômitos e náuseas, perda de peso sem explicação, icterícia (olhos e peles ficando amarelados), dores na região abdominal e nas costas, visão turva, fezes claras e gordurosas e/ou urina escura e formigamentos nos pés e nas mãos.
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Saúde
Medicamento comum para o coração pode não funcionar

Um estudo internacional revelou que os betabloqueadores, usados há mais de 40 anos como tratamento padrão após um ataque cardíaco, podem não trazer benefícios para a maioria dos pacientes — e até representar riscos adicionais para algumas mulheres.
De acordo com os pesquisadores, mulheres com função cardíaca preservada (fração de ejeção acima de 50%) tiveram risco significativamente maior de sofrer novo ataque cardíaco, serem hospitalizadas por insuficiência cardíaca ou até morrer quando tratadas com o medicamento.

O risco foi quase três vezes maior em comparação às que não usaram betabloqueadores. O estudo está publicado no European Heart Journal.
“Essas descobertas reformularão todas as diretrizes clínicas internacionais e devem desencadear uma abordagem específica para cada sexo no tratamento das doenças cardiovasculares”, afirmou o Dr. Valentin Fuster, do Hospital Mount Sinai, em Nova York.
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O efeito adverso foi mais evidente em mulheres que receberam altas doses, destacou o Dr. Borja Ibáñez, do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular de Madri.
Diferenças de gênero e novas abordagens
- Especialistas explicam que homens e mulheres respondem de forma distinta a medicamentos cardiovasculares.
- Fatores como tamanho do coração, sensibilidade a drogas para pressão arterial e características próprias da doença cardíaca feminina podem explicar essa discrepância.
- “O gênero tem muito a ver com a forma como as pessoas respondem à medicação”, disse o Dr. Andrew Freeman, do National Jewish Health, em Denver.
Ensaio clínico reforça tese de pesquisadores
O ensaio clínico REBOOT, que acompanhou mais de 8.500 pacientes na Espanha e Itália, reforçou que não há benefício no uso de betabloqueadores em homens ou mulheres com função cardíaca preservada.
Segundo os autores, avanços como o uso de stents e anticoagulantes logo após o infarto já reduzem a necessidade desse tipo de medicamento.
Ainda assim, diretrizes médicas em vários países mantêm o uso rotineiro, aplicado hoje em cerca de 80% dos pacientes.
Um dado adicional: outra análise publicada no The Lancet mostrou que pessoas com fração de ejeção entre 40% e 50% ainda se beneficiam, com redução de 25% nos riscos de novos eventos.

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Saúde
Estalar os dedos faz mal à saúde? Veja o que diz a medicina

Estalar os dedos é um hábito bastante comum para várias pessoas. Embora para alguns o som seja irritante, para muitas outras esse hábito pode ser uma forma de amenizar o tédio, ou mesmo uma maneira de buscar alívio e relaxamento. Mas será que estalar os dedos pode fazer mal à saúde?
Há um senso comum, geralmente passado em família, que diz que fazer estalar os dedos repetidamente pode fazer mal, sendo uma das causas da artrite e pode até mesmo engrossar as articulações.

É importante esclarecer que em todas as articulações do corpo humano existe a presença do líquido sinovial – que é responsável por lubrificar as partes do corpo que fazem conexões umas com as outras, evitar o atrito entre ossos e preservar as cartilagens.
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O barulho que surge ao estalar os dedos acontece porque há a formação de bolhas de ar ou vácuo dentro do líquido sinovial que estouram ao serem pressionadas.
A razão pela qual você não pode estalar o mesmo dedo duas vezes seguidas é porque leva algum tempo para que as bolhas se acumulem novamente na articulação.
Estalar os dedos faz mal à saúde?

O estalar de dedos vem sendo estudado na medicina há anos. Um estudo curioso sobre o tema foi realizado pelo médico americano Donald Unger com um único paciente: ele mesmo.
Na infância, o menino ouvia muito de sua mãe que, se continuasse a estalar os dedos, num futuro próximo teria artrite. Como não tinha idade para realizar um estudo científico formal, nem um laboratório, muito menos um grupo de participantes para o seu experimento, usou as próprias mãos.
O menino, que mais tarde tornou-se médico alergista, passou 50 anos estralando duas vezes ao dia os dedos da mão esquerda, enquanto a direita permaneceu intacta para servir como grupo de controle.
Após exames de radiografia, a conclusão foi que, depois de meio século, ele não desenvolveu artrite em nenhuma das mãos, assim como não havia nenhuma diferença substancial entre elas. E o estudo acabou sendo divulgado em 1998 pela publicação científica Arthritis & Rheumatism (que atualmente se chama Arthritis & Rheumatology).
Outro estudo realizado por Robert L. Swezey e Stuart E. Swezey com 28 idosos e 28 crianças com idade média de 11 anos também não conseguiu demonstrar correlação entre o estalo dos dedos e alterações degenerativas nas articulações.
Em suma, não há comprovação científica de que estalar os dedos cause mal à saúde. Mesmo que seja feito repetidamente, não há nenhum risco de comprometimento ósseo, nem mesmo para as articulações.
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Saúde
Anvisa proíbe alimentos infantis, molho de pimenta e creme corporal por irregularidades

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), uma nova determinação que impacta alimentos e cosméticos vendidos no Brasil, segundo informações de O Globo.
Entre os produtos suspensos estão alimentos infantis da linha “PF da Nina”, um lote de molho de pimenta da marca Ubon e o creme corporal multifuncional Adeus. A medida foi tomada após inspeções que constataram riscos à saúde e descumprimento das regras de produção e rotulagem.

Produtos suspensos pela Anvisa
A decisão da Anvisa envolve três tipos de produtos diferentes:
- Molho de pimenta extra forte Ubon (lote 4512823): suspensão da comercialização devido à presença de dióxido de enxofre não declarado no rótulo. Esse composto pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis;
- Alimentos infantis “PF da Nina”: fabricados sem licença sanitária e sem cumprir Boas Práticas de Fabricação, obrigatórias para produtos destinados a crianças. A venda está proibida e os itens devem ser retirados das prateleiras;
- Creme corporal multifuncional Adeus: suspenso porque, apesar de registrado como cosmético, o produto faz alegações farmacológicas de tratamento e cura, o que não é permitido pela legislação.
A Anvisa reforça que a comercialização, fabricação e uso desses itens estão proibidos até que as irregularidades sejam sanadas. Produtos que ainda estejam em circulação poderão ser apreendidos.

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Riscos e justificativas do órgão
Segundo a agência, a decisão tem como objetivo principal proteger os consumidores, já que cada caso representa uma ameaça diferente à saúde pública.
No caso do molho de pimenta, a ausência de informação sobre o dióxido de enxofre é grave, porque impede que pessoas alérgicas saibam do risco. Já os alimentos infantis da “PF da Nina” representam uma preocupação ainda maior, porque atingem um público extremamente sensível: bebês e crianças de primeira infância.
Outro ponto é o creme Adeus, que promete efeitos terapêuticos incompatíveis com sua classificação de cosmético. De acordo com a Anvisa, esse tipo de prática pode induzir o consumidor ao erro e levá-lo a acreditar em propriedades medicinais que não foram testadas ou autorizadas.
Essas medidas refletem a atuação da Anvisa em fiscalizar, constantemente, o mercado, e garantir que apenas produtos seguros estejam disponíveis para a população. A agência reforça que denúncias de irregularidades podem ser feitas pelos canais oficiais para acelerar a retirada de itens que não estejam em conformidade com a legislação sanitária.

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