Negócios
Profissionais remotos estão tirando férias clandestinas durante o trabalho


“Hush-cations”, ou “férias silenciosas”, ajudam a aliviar o estresse no trabalho e aumentar a retenção dos profissionais
Profissionais estão tirando férias informalmente, sem se afastarem do trabalho ou revelarem sua localização para os chefes. Depois do quiet quitting, coffee badging e outros termos que surgiram no mundo do trabalho atual, agora existe o “hush-cation”, ou “férias silenciosas”.
A nova tendência desafia o velho ditado: “Nunca misture negócios e prazer”. A ideia é aproveitar a flexibilidade do trabalho remoto e manter a rotina profissional diretamente de uma espreguiçadeira à beira da piscina, por exemplo.
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De acordo com a RVshare, plataforma online que funciona como um mercado de aluguel de trailers nos Estados Unidos, as “férias clandestinas” estão se tornando mais comuns entre trabalhadores remotos.
Segundo um levantamento da empresa, 56% dos profissionais dizem que é muito provável que façam uma “viagem silenciosa”. Em 2023, 36% da Geração X e dos millennials que trabalham remotamente já tinham uma dessa planejada. Na verdade, alguns trabalhadores remotos têm feito isso antes mesmo de ter um nome. “Participo desse fenômeno sem saber desde que trabalho remotamente, há mais ou menos oito anos”, diz uma profissional americana.
É certo tirar “férias silenciosas”?
À primeira vista, pode parecer que os trabalhadores remotos estão aproveitando seus horários flexíveis e deixando de lado suas obrigações. Mas será que realmente importa onde você está trabalhando, contanto que você cumpra as horas e faça seu trabalho? Talvez. “O espírito do trabalho remoto deve ser ‘fazer o trabalho’. Se o funcionário estiver atingindo seus objetivos, seu contexto ou localização específica não deverá importar”, diz Ed Thompson, fundador e CEO da Uptimize.
Do lado dos trabalhadores remotos, existem pelo menos quatro boas razões pelas quais eles acreditam que é algo positivo:
- Ao combinar trabalho e lazer, os trabalhadores remotos dizem que ficam mais produtivos porque estão mais relaxados e criativos.
- Para eles, não importa se estão no escritório ou na praia desde que cumpram o horário de trabalho e as entregas.
- Alguns acreditam que as “viagens silenciosas” podem ajudar a prevenir o burnout e são positivas para a retenção, evitando que os trabalhadores remotos deixem os seus empregos.
- Os defensores acreditam que essa tendência tem o potencial de aumentar o moral entre os trabalhadores remotos e contribuir para um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
De acordo com as descobertas de uma pesquisa sobre burnout do MyPerfectResume, 20% dos profissionais pensam em abandonar o emprego diariamente e 88% dizem que estão esgotados no trabalho. “O esgotamento é comum, mas subestimado. Talvez os funcionários sintam que é necessário tempo para recarregar as baterias, mas isso não é compreendido pelos gestores ou colegas”, afirma Thompson.
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Diferentes visões sobre produtividade
Um estudo da Owl Labs, empresa que fabrica dispositivos de videoconferência em 360°, conduzido no ano passado com 2.050 trabalhadores americanos, encontrou uma discrepância entre o que os gestores e os trabalhadores remotos pensam sobre produtividade.
As conclusões mostraram que 60% dos líderes estão preocupados que os trabalhadores sejam menos produtivos remotamente, enquanto 62% dos profissionais dizem que se sentem mais produtivos no trabalho remoto.
Segundo a pesquisa, 55% dos funcionários disseram que dedicam mais horas trabalhando remotamente do que no escritório. Além disso, 83% dos trabalhadores remotos sentem que operam no mesmo nível ou em nível superior nesse regime.
Esses resultados refletem as perspectivas divididas sobre o trabalho remoto e a produtividade. Talvez a melhor saída seja o chefe apoiar a flexibilidade dada aos funcionários – em casa ou em uma viagem – entendendo que seus funcionários vão fazer um trabalho bem feito.
*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.
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ACG Nomeia Novo CEO Global de Engenharia

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A ACG, multinacional especializada em soluções para a indústria farmacêutica e nutracêutica, anunciou a nomeação de Nikhil Kulkarni como CEO do grupo ACG Engineering. Baseado na Índia, o executivo assume as operações da divisão de engenharia — com impacto direto em todas as unidades da empresa, incluindo o Brasil. “Com sua posição de liderança no mercado latino-americano, o Brasil é estratégico para nossos planos de expansão e inovação”, afirma Kulkarni. “Estou entusiasmado com o potencial de crescimento da região e com as oportunidades de colaborar com nossos clientes locais.”
Com mais de duas décadas de experiência global no setor automotivo, o novo CEO atuou em empresas como Tata Autocomp Hendrickson Suspension, Minda Corporation, Faurecia Clean Mobility (FORVIA) e Stoneridge Inc., passando pelos Estados Unidos, Europa e China.
Formado em engenharia de produção pela Universidade Shivaji (Índia) e com mestrado em engenharia industrial pela Universidade de Cincinnati (EUA), Nikhil já liderou projetos em áreas como eletrônica de potência, sistemas de emissão e soluções para economia de combustível. “Minha carreira sempre esteve ligada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas com impacto direto na vida das pessoas, seja no setor automotivo ou agora, com a missão de melhorar o acesso global à saúde por meio da engenharia farmacêutica”, diz o executivo.
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CEO do X Renuncia: Linda Yaccarino Caiu do “Penhasco de Vidro”?

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Linda Yaccarino deixou o cargo de CEO do X (antigo Twitter), dois anos após assumir o cargo. “Depois de dois anos incríveis, decidi deixar o cargo de CEO do X. Quando Elon Musk e eu conversamos pela primeira vez sobre sua visão para o X, soube que seria a oportunidade de uma vida inteira realizar a missão extraordinária desta empresa”, escreveu a executiva na plataforma. Yaccarino não explicou o motivo de sua saída.
Quando foi nomeada CEO, muitos classificaram a escolha como um exemplo do chamado “penhasco de vidro” (em inglês, “glass cliff”) – expressão usada para descrever a tendência de nomear mulheres para cargos de liderança em empresas que enfrentam dificuldades financeiras. E esse era o caso do X.
Musk havia comprado a companhia seis meses antes da chegada de Yaccarino, em meio a uma fuga de usuários e anunciantes. Embora ela tenha assumido uma empresa problemática, isso não significa necessariamente que se encaixe nessa teoria.
O que é o “penhasco de vidro”?
O termo foi criado por pesquisadores que identificaram que empresas britânicas em crise tinham maior propensão a nomear mulheres para o conselho.
Para investigar melhor o fenômeno, eles realizaram um estudo com 122 participantes, apresentando a eles o cenário fictício de uma rede de supermercados. Metade dos participantes foi informada de que a empresa ia bem; a outra metade, de que enfrentava dificuldades.
Depois, deveriam escolher um novo CEO entre dois candidatos de perfis semelhantes — um homem e uma mulher. Quando acreditavam que a empresa estava em crise, 63% escolheram a mulher. Quando a empresa estava em boa fase, 67% optaram pelo homem.
Mas por que as mulheres eram escolhidas para liderar em tempos difíceis? Em momentos de crise, habilidades como comunicação e empatia são altamente valorizadas, e, de forma geral, são características frequentemente associadas às mulheres.
Além disso, contratar uma mulher pode ser visto como um símbolo de mudança, algo que empresas que enfrentam dificuldades costumam querer transmitir.
A princípio, pode parecer positivo que mulheres assumam o comando, especialmente diante da escassez de líderes femininas. No entanto, muitos desses cargos vêm acompanhados de expectativas irreais, o que pode preparar o terreno para o fracasso.
Nos últimos anos, alguns estudiosos passaram a questionar a validade dessa teoria. Embora mulheres de fato sejam contratadas para liderar empresas em crise, também são nomeadas para organizações bem-sucedidas. A verdadeira dúvida é: será que elas têm mais chances de serem chamadas justamente quando a situação já é ruim?
Para responder a isso, pesquisadores analisaram mais de 10 mil nomeações de CEOs em empresas de capital aberto nos Estados Unidos, entre 1998 e 2022. O resultado? Mulheres não tinham mais chances de serem contratadas por empresas em dificuldades. Na verdade, o estudo apontou o oposto: quanto melhores as finanças da empresa, maiores eram as chances de uma mulher ser nomeada CEO.
Linda Yaccarino e o desafio das mulheres na liderança
Independentemente da teoria, é inegável que Yaccarino assumiu o X em um momento desafiador, e, mesmo diante do caos, promoveu avanços. Em entrevista ao Financial Times no mês passado, afirmou que 96% dos grandes anunciantes haviam retornado à plataforma durante sua gestão. O site eMarketer.com prevê que, em 2025, a plataforma terá crescimento de receita pela primeira vez em quatro anos.
Ainda assim, a empresa segue envolvida em controvérsias. Um dia antes da renúncia de Yaccarino, o chatbot de inteligência artificial do X, o Grok, fez um post elogiando Adolf Hitler. A publicação foi rapidamente apagada, mas alguns acreditam que o episódio pode ter influenciado sua decisão de sair.
Há também a possibilidade de que Musk tenha forçado sua saída. Pesquisas mostram que mulheres CEOs são demitidas com mais frequência do que seus colegas homens. De acordo com o índice de rotatividade da consultoria Russell Reynolds, mulheres são muito mais propensas a perder o cargo nos primeiros três anos de gestão.
Outro estudo indica que elas têm 45% mais chances de serem demitidas do que os homens. Enquanto CEOs homens só costumam ser afastados quando a empresa vai mal, lideranças femininas podem ser demitidas mesmo com bons resultados.
Além disso, mesmo quando não são desligadas, as mulheres também tendem a passar menos tempo no cargo. Uma análise feita em 2023 mostrou que os homens à frente de empresas da Fortune 500 permanecem, em média, cinco anos no cargo. Para as mulheres, esse número cai para 3,8 anos.
No fim das contas, o maior desafio para as mulheres que querem chegar ao topo continua sendo a falta de representatividade. Segundo a Women’s Business Collaborative, aliança de organizações que visam alcançar a paridade de gênero, apenas 9% dos CEOs das maiores empresas dos EUA são mulheres. A partir de agora, esse número é ainda menor.
*Kim Elsesser é colaboradora sênior da Forbes USA. Ela é especialista em vieses inconscientes de gênero e professora de gênero na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
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Apple Nomeia Sabih Khan Como Diretor de Operações

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A Apple nomeou nesta terça-feira Sabih Khan como seu diretor de operações, substituindo Jeff Williams, como parte de uma sucessão há muito tempo planejada.
Khan, que está na companhia há 30 anos e atualmente é vice-presidente sênior de operações, assumirá a nova função ainda este mês, informou a fabricante do iPhone em um comunicado.
Antes de entrar para a área de compras da Apple em 1995, ele trabalhou como engenheiro de desenvolvimento de aplicativos e líder técnico de contas estratégicas na GE Plastics.
Williams continuará a se reportar ao presidente-executivo da Apple, Tim Cook, e a supervisionar a equipe de design da empresa e do Apple Watch. A equipe de design se reportará diretamente a Cook após a aposentadoria de Williams no final do ano.
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