Saúde
Calor extremo duplica risco de aborto espontâneo, revela estudo

As ondas de calor extremo se tornaram assustadoramente comuns nos últimos meses. Um dos efeitos das mudanças climáticas, elas colocam em risco à saúde das pessoas. E segundo um novo estudo realizado por pesquisadores na Índia, as altas temperaturas aumentam os riscos de partos de bebês natimortos e abortos espontâneos em mulheres grávidas.
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Efeitos do calor extremo na saúde de grávidas
No total, 800 mulheres grávidas do Estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, participaram do estudo. Os trabalhos foram iniciados em 2017 pela Faculdade de Saúde Pública do Instituto de Ensino Superior e Pesquisa Sri Ramachandra (SRIHER, na sigla em inglês) em Chennai.
Cerca de metade das participantes trabalhavam em empregos nos quais estavam expostas ao calor. As outras trabalhavam em ambientes mais frescos.
O resultado foi que o risco de perder o bebê foi duas vezes maior para as mulheres expostas ao calor extremo. Os efeitos, segundo a equipe, não são sentidos apenas em países de clima tropical, embora possam ser mais devastadores em territórios como o indiano.
Segundo dados do Banco Mundial, a taxa de natimortos é de 12,2 para cada mil nascimentos na Índia. No Reino Unido, a taxa é de 2,7, enquanto no Brasil é de 7.
Estudos anteriores também apontaram para o risco de aumento em cerca de 15% de partos prematuros e de natimortos durante ondas de calor. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para “uma ameaça existencial para todos nós”, com as mulheres grávidas enfrentando “algumas das consequências mais graves” do aquecimento global.
Não há uma diretriz internacional para grávidas que trabalham em condições extremas
- Como resultado do mais recente estudo, os pesquisadores defendem a adoção de uma série de cuidados para mulheres grávidas durante períodos de calor extremo.
- Atualmente, não há uma diretriz internacional sobre o assunto.
- Mas existem algumas dicas para mulheres grávidas que precisam trabalhar em condições extremas.
- São elas: evitar períodos prolongados no calor (se possível), fazer pausas regulares à sombra se trabalhar ao ar livre em dias quentes, evitar fazer exercícios ou tomar Sol por longos períodos nos horários mais quentes do dia e se manter hidratada bebendo bastante água.
- As informações são da BBC.
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Saúde
Ator de Hollywood faz procedimento para retirar microplásticos do sangue; o que diz a Ciência?

Os microplásticos estão presentes em praticamente todos os lugares, sendo identificados na água e até no solo. Além disso, já foram encontradas em diversos órgãos humanos, podendo gerar graves problemas de saúde.
Por conta disso, estas pequenas substâncias se tornaram uma das maiores preocupações da atualidade. Um temor que fez com que o ator Orlando Bloom decidisse passar por um procedimento para “limpar” o seu sangue.

Estrela de Hollywood recorreu a um tratamento conhecido como aférese
Em artigo publicado no The Conversation, as professoras Rosa Busquets, da Universidade de Kingston, e Luiza C. Campos, da Universidade Global de Londres, explicam que este método consiste na retirada do sangue do paciente, centrifugação ou filtragem para extrair certos componentes e depois devolução para o corpo. Ele é normalmente usado para tratar condições como doenças autoimunes ou níveis anormalmente altos de células sanguíneas ou proteínas. Seu uso para retirada de microplásticos, no entanto, nunca foi comprovado cientificamente.
É tentador acreditar, como Bloom parece, que podemos simplesmente “limpar” o sangue, como drenar macarrão ou purificar a água potável. Assim como uma peneira filtra a água da massa, as máquinas filtram o sangue – mas usando sistemas muito mais complexos e delicados. Elas dependem de componentes plásticos, incluindo tubos, membranas e filtros, que são expostos a pressão sustentada e uso repetido. Ao contrário do aço inoxidável, esses materiais podem se degradar com o tempo, potencialmente liberando microplásticos diretamente na corrente sanguínea.
Artigo publicado no The Conversation

As especialistas deixam claro que, atualmente, não há evidências científicas de que estas substâncias possam ser efetivamente filtradas do sangue humano. Portanto, as alegações de que a aférese ou outros tratamentos podem removê-los devem ser vistas com ceticismo, especialmente quando os próprios sistemas de filtragem são feitos de plástico.
Embora seja tentador buscar soluções rápidas ou limpezas endossadas por celebridades, ainda estamos nos estágios iniciais de compreensão do que os microplásticos estão fazendo com nossos corpos – e como se livrar deles. Em vez de se concentrar apenas em maneiras de eliminar os plásticos da corrente sanguínea, a estratégia de longo prazo mais eficaz pode ser reduzir nossa exposição em primeiro lugar.
Artigo publicado no The Conversation
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Efeitos dos microplásticos ainda não são totalmente conhecidos
- Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
- Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
- Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
- Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
- Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
- Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
- Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças como o Parkinson.
- Estudos recentes sugeriram que a exposição aos microplásticos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.
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Saúde
Como a doença de Parkinson age no cérebro?

A doença de Parkinson é uma das condições neurológicas mais estudadas, mas ainda causa muitas dúvidas sobre seu funcionamento interno. Ela afeta principalmente o cérebro, interferindo na capacidade de controlar os movimentos e provocando sintomas que impactam diretamente a qualidade de vida.
Mas o que acontece de verdade dentro do cérebro quando alguém desenvolve essa doença? Como a doença de Parkinson age no cérebro e por que seus efeitos são tão específicos?
Entender os processos biológicos e químicos por trás dessa doença é essencial para avançar no diagnóstico precoce e no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Aqui, vamos destrinchar o que ocorre dentro do cérebro, as áreas afetadas, as alterações químicas e as consequências dessas mudanças no corpo.
O que é a doença de Parkinson?
Antes de falar do cérebro, é fundamental esclarecer o básico: a doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que afeta o sistema nervoso central.
Ela provoca a morte gradual dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor vital para o controle dos movimentos. A falta de dopamina gera os principais sintomas da doença, como tremores, rigidez muscular, lentidão e instabilidade postural.

Essa doença é crônica, ou seja, não tem cura definitiva até o momento, mas pode ser manejada com medicamentos, terapias e, em alguns casos, cirurgia. A maioria dos pacientes começa a apresentar sintomas após os 60 anos, mas existem casos de Parkinson precoce, que ocorrem em idades menores.
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A base cerebral do Parkinson: a substância negra
No centro do problema está uma região do cérebro chamada substância negra (ou substantia nigra), localizada na parte média do cérebro, no mesencéfalo. É ali que ficam os neurônios dopaminérgicos que produzem a dopamina, neurotransmissor fundamental para a coordenação dos movimentos voluntários.
Na doença de Parkinson, esses neurônios da substância negra começam a degenerar e morrer. Com a diminuição da produção de dopamina, as vias neurais que controlam os movimentos ficam comprometidas, causando os sintomas motores típicos da doença.

Como a dopamina funciona e seu papel no movimento
A dopamina é como uma moeda de troca química entre os neurônios. Ela ajuda a transmitir sinais que regulam o movimento e o equilíbrio, além de influenciar o humor e a motivação. No sistema motor, a dopamina atua em conjunto com outras áreas do cérebro, especialmente os gânglios da base, que são grupos de neurônios que coordenam os movimentos.
Quando há menos dopamina disponível, o circuito que liga a substância negra aos gânglios da base não funciona direito, resultando em dificuldade para iniciar movimentos, tremores e rigidez muscular.
O processo degenerativo: morte dos neurônios dopaminérgicos
Por que os neurônios da substância negra morrem? Essa é uma questão complexa e ainda parcialmente misteriosa, mas pesquisas indicam que o processo está ligado a fatores genéticos, ambientais e celulares.
Um dos principais suspeitos é o acúmulo anormal de uma proteína chamada alfa-sinucleína dentro dos neurônios. Essa proteína forma agregados chamados corpos de Lewy, que são tóxicos e prejudicam o funcionamento celular. Com o tempo, a presença dessas proteínas anormais causa estresse oxidativo, inflamação e danos nas mitocôndrias (as “usinas de energia” das células), levando à morte celular.

Além disso, mutações genéticas em certos genes (como LRRK2 e PARK7) aumentam o risco de desenvolver Parkinson. Fatores ambientais, como exposição a pesticidas e metais pesados, também parecem contribuir para esse processo.
O papel dos gânglios da base e do circuito motor
Os gânglios da base são um conjunto de núcleos profundos no cérebro que modulam o movimento. Eles recebem sinais da substância negra e outras áreas para planejar e executar movimentos suaves e coordenados.
Na doença de Parkinson, com a queda da dopamina, o equilíbrio dentro desses circuitos é quebrado. Isso provoca um excesso de atividade em certas vias que inibem o movimento, o que explica a lentidão (bradicinesia) e a rigidez muscular. Esse desbalanceamento causa também o tremor em repouso, outro sinal clássico do Parkinson.
Sintomas não motores e o cérebro
Embora a doença de Parkinson seja conhecida pelos sintomas motores, ela também afeta outras funções cerebrais. Muitas vezes, sintomas como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, problemas cognitivos e perda de olfato aparecem antes mesmo dos sinais motores.
Esses sintomas surgem porque o Parkinson não ataca apenas a substância negra, mas também outras áreas do cérebro, como o sistema límbico (envolvido nas emoções) e o córtex pré-frontal (ligado à cognição).

Como o diagnóstico reflete as mudanças cerebrais
Atualmente, o diagnóstico do Parkinson é clínico, baseado nos sintomas e exame neurológico. Exames de imagem, como a ressonância magnética, geralmente não mostram alterações evidentes no início da doença.
No entanto, técnicas mais avançadas, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET) e a SPECT, podem avaliar a função dos neurônios dopaminérgicos, revelando a perda progressiva desses neurônios na substância negra.
Tratamentos e seu impacto no cérebro
Os tratamentos atuais para a doença de Parkinson visam compensar a falta de dopamina. O mais comum é o uso de levodopa, que é convertida em dopamina no cérebro, melhorando os sintomas motores.
Outros medicamentos agem estimulando diretamente os receptores de dopamina ou bloqueando vias que inibem o movimento. Além disso, a estimulação cerebral profunda (DBS) é uma intervenção cirúrgica que utiliza eletrodos para modular a atividade dos gânglios da base, restaurando o equilíbrio do circuito motor.
Embora esses tratamentos não revertam a degeneração dos neurônios, eles permitem que os pacientes mantenham a qualidade de vida por mais tempo.

Pesquisas e o futuro: o que pode mudar no entendimento da doença
O que está no horizonte para a doença de Parkinson? A comunidade científica está atrás de tratamentos que vão além do controle dos sintomas, tentando frear ou até mesmo impedir a progressão da degeneração cerebral.
Pesquisas em terapias gênicas, uso de células-tronco para substituir neurônios perdidos e novos medicamentos para prevenir o acúmulo da alfa-sinucleína estão em andamento.
Além disso, o estudo de biomarcadores para diagnóstico precoce pode revolucionar o combate à doença, permitindo intervenções antes do cérebro estar gravemente comprometido.
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Saúde
Os pés: o músculo esquecido que pode causar quedas, dores e lesões

Desenvolver força a longo prazo significa treinar todas as partes do corpo: pernas, braços e core. Mas e os pés?
Responsáveis por mobilidade e equilíbrio, os pés também precisam de atenção. Ter pés fortes, com dedos ágeis, é fundamental tanto para a saúde quanto para o condicionamento físico, explica Courtney Conley, fundadora da Gait Happens, plataforma online sediada no Colorado voltada à saúde dos pés.
No entanto, a maioria das pessoas só descobre a importância de fortalecer os pés após sofrer alguma lesão, aponta Conley. Incluir exercícios específicos para pés e dedos na rotina pode prevenir dores nas canelas, fascite plantar e melhorar a caminhada com o passar dos anos.
“A fraqueza dos dedos dos pés é o maior fator preditivo de quedas quando envelhecemos”, afirmou.
Por que a força dos pés importa
De certa forma, caminhar e permanecer em pé já proporciona um exercício natural aos pés, afirma Martin Ellman, podólogo da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. Sempre que andamos ou ficamos de pé, ativamos o “core” do pé, uma rede de pequenos músculos responsáveis por equilíbrio e estabilidade.
O ideal, segundo Conley, é que o pé atue como um tripé: o peso deve ser distribuído entre o calcanhar, a base do dedão e do dedinho, com os dedos afastados para formar uma base firme.
Entretanto, calçados mal ajustados podem comprometer essa estrutura. “Eles causam cãibras nos dedos e endurecem a parte média do pé”, diz Jim Dooner, fisioterapeuta da Foot Collective, empresa australiana especializada em cuidados com os pés. “É como colocar o pé em um gesso: ele perde mobilidade e força com o tempo.”
Se os músculos dos pés e pernas estiverem fracos ou desequilibrados, os reflexos podem ser sentidos em outras partes do corpo, como tornozelos, joelhos, quadris e lombar. Deformações, como joanetes, também podem sinalizar que algo vai mal.
Segundo Ellman, a marcha também é afetada quando os dedos não tocam o chão corretamente. Isso compromete o movimento natural ao caminhar, sobretudo o dedão, que inicia a propulsão dos passos.
E chinelos sem tira traseira só agravam o problema, acrescenta Conley. “Forçar os dedos a segurar o calçado pode causar dores e deformações, como dedos em martelo.”
Como testar a saúde dos pés
Há formas simples de avaliar a força e a destreza dos dedos dos pés, bem como a distribuição de peso durante a pisada.
Destreza dos dedos:
Tente levantar apenas o dedão, mantendo os demais no chão, e vice-versa. Conseguir mover os dedos de forma independente é sinal de boa saúde, segundo Dooner. Com treino, os dedos podem se tornar tão ágeis quanto os de um pianista, brinca ele.
De acordo com Conley, adultos devem ser capazes de produzir cerca de 10% do peso corporal com o dedão, e 7% com os dedos menores.
Para um teste caseiro, use um cartão de crédito. Sente-se em uma cadeira, posicione o cartão sob o dedão e pressione para impedir que outra pessoa o puxe. O ideal é sentir tensão sob o dedão, no arco do pé e na perna. O mesmo deve ser feito com os outros dedos. Se a tensão estiver nos quadríceps ou flexores do quadril, é sinal de que os músculos do pé não estão sendo ativados corretamente.
Durante o teste, o calcanhar deve permanecer apoiado no chão, e os dedos não devem se curvar.
Distribuição de peso:
A pisada pode indicar se o peso está distribuído corretamente. Conley recomenda observar a pegada ao sair da piscina ou caminhar na areia molhada. A ausência de marca no meio do pé pode indicar rigidez e falta de pronação, o movimento natural que absorve o impacto da passada.
Cuidar dos pés é cuidar do futuro
Melhorar a força dos pés não exige muito tempo, mas pode ter grande impacto na qualidade de vida, especialmente com o avanço da idade. Para quem passa longos períodos em pé, caminha ou corre com frequência, exercícios específicos para os pés são aliados indispensáveis.
O Globo
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