Tecnologia
Starlink, de Elon Musk, mantém acesso a rede social X no Brasil
Usuários brasileiros do serviço de internet da Starlink, do empresário Elon Musk (foto), continuam a acessar o X mesmo após os provedores terem acatado a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de suspender o acesso à rede social.
Testes feitos por assinantes do serviço mostraram que a plataforma ainda carrega normalmente em várias partes do país. Clientes da Starlink relatam que o acesso ao X continua sendo possível quando conectados pela internet via satélite.
O Estadão pediu ao diretor de tecnologia da Sage Networks, Thiago Ayub, fazer testes que confirmassem a disponibilidade da plataforma a clientes da Starlink. Empresários que revendem a tecnologia na região Norte também relataram disponibilidade do X.
A empresa de internet via satélite de Elon Musk tem pelo menos 215 mil pontos de acesso no Brasil.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou ao STF no sábado, 31 de agosto, que todos os provedores de internet foram comunicados sobre a suspensão da plataforma.
O bloqueio do X começou na madrugada de sábado, após a Anatel iniciar o comunicado às operadoras. A Starlink também foi obrigada a interromper o acesso à rede social.
Moraes bloqueia recursos da Starlink
Para garantir o pagamento de multas aplicadas ao X, o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear recursos da Starlink, outra empresa de Elon Musk.
Segundo o ministro, a Starlink e o X fariam parte de um “grupo econômico de fato” e por isso o dinheiro de uma poderia ser usado para cobrir as dívidas legais da outra.
Esse é mais um lance inusitado no confronto do ministro brasileiro com o bilionário. A decisão foi assinada por Moraes em 18 de agosto, um dia depois de Musk anunciar o fechamento dos escritórios do X no Brasil – segundo o bilionário, para evitar que a “ameaça” de prisão contra Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, responsável pela empresa no Brasil, pudesse ser cumprida.
Por: oAntogonista