Cidades

Por orientação do MPF casuarinas são retiradas da orla de Guaxindiba

Publicado

no

Quem passa pela orla da praia de Guaxindiba está notando algo diferente no ambiente. Em algumas regiões da Avenida Atlântica o visual não é mais o mesmo. Agora as pessoas estão se acostumando e se adaptando, não somente com o calçamento da via que inclui ciclovia e calçadão, mas com a ausência de algumas árvores de muitas outras que serão excluídas da paisagem.

A retirada das casuarinas do litoral de São Francisco de Itabapoana (SFI) segue em execução gradativa pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema). A medida acompanha orientação do Ministério Público Federal (MPF), que instalou inquérito em 2017.

A retirada da espécie cumpre o que determina o Código Florestal, que determina a execução de “atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa”. Entre as ações previstas pela lei 12.651/12 está o “controle da erosão” e “erradicação de invasoras”.  

De acordo com relatório da Sema, o litoral são franciscano registrava em 2017 quase três mil casuarinas, distribuídas por 12 localidades.

— Essa espécie provoca uma erosão muito grande, já que impede o crescimento da vegetação de restinga, que é crucial por ser nativa e conter o avanço do mar. Desta forma, o MPF solicitou ao município um cronograma com medidas preventivas para controlar, erradicar, suprimir e retirar a espécie de toda a faixa litorânea de SFI — explicou a secretária municipal de Meio Ambiente, Luciana Soffiati.

De acordo com a responsável pela pasta, o cronograma da retirada está dentro do prazo acordado com o MPF, que recebe relatórios periodicamente. Os trabalhos devem ser concluídos até 2029.

Anúncio

Soffiati ressalta que, a partir das medidas adotadas pela municipalidade, foi evitada que a situação fosse judicializada, como aconteceu com outras prefeituras fluminense que foram penalizadas com multas e outras sanções.

Segundo o engenheiro ambiental da Sema, Jamilson Júnior, as casuarinas são de origem asiática, sendo consideradas exóticas e invasoras.

— Com um alto potencial de proliferação, elas dominam o ambiente natural provocando a diminuição da biodiversidade e prejudicando o desenvolvimento das espécies nativas que, no caso de SFI, são da Mata Atlântica — detalhou, acrescentando que “o saber científico é unanime quanto aos danos causados pela espécie e à necessidade de erradica-la”.

Colaborou* Secom PMSFI

Anúncio

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Em Alta

Sair da versão mobile