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Por que homens têm ataques cardíacos mais sérios do que mulheres?

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Um estudo recente descobriu que a testosterona é responsável por causar mais danos ao músculo cardíaco nos homens após um ataque cardíaco, em comparação com as mulheres.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicada na revista Nature Communications, revelou que a testosterona amplifica a resposta inflamatória, resultando em lesões mais graves no coração dos camundongos machos.

Quando comparados com as fêmeas, os machos apresentaram maior quantidade de neutrófilos (glóbulos brancos) e áreas de infarto maiores, além de níveis de testosterona 15 vezes mais elevados nas 24 horas seguintes ao ataque.

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Estudo revelou que a testosterona tem papel central em tornar ataques cardíacos piores para homens (Imagem: Ahmet Misirligul / Shutterstock.com)

Mais descobertas do estudo

  • Os pesquisadores investigaram como a testosterona influencia essa resposta inflamatória, conduzindo um experimento com camundongos castrados, que apresentaram níveis reduzidos de testosterona.
  • Os resultados mostraram que esses camundongos castrados tiveram menor número de neutrófilos no sangue e menor dano cardíaco.
  • Quando a testosterona foi administrada a eles, os níveis de troponina I, marcador de lesão cardíaca, aumentaram, semelhante aos dos camundongos não castrados.
  • Além disso, os cientistas testaram o medicamento tocilizumabe, utilizado para tratar artrite reumatoide, em pacientes humanos com infarto do miocárdio.
  • O medicamento, que bloqueia a interleucina-6 (uma proteína que ativa a resposta inflamatória), foi mais eficaz em reduzir os níveis de neutrófilos e o tamanho do infarto nos homens do que nas mulheres.

Os resultados sugerem que a testosterona desempenha um papel significativo nos danos cardíacos pós-ataque e que, ao considerar as diferenças sexuais nas pesquisas e tratamentos, pode-se melhorar a eficácia dos tratamentos, principalmente para as mulheres, que são frequentemente sub-representadas em estudos clínicos.

O estudo destaca a importância de personalizar tratamentos para cada sexo, levando em conta as respostas fisiológicas distintas.

Especialistas encontraram solução potencial em medicamento já existente (Imagem: Theerani lerdsri / Shutterstock.com)

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