Saúde

Este robô minúsculo pode ser o futuro dos tratamentos médicos

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Biotecnologia em pequena escala não é exatamente uma inovação no campo da Medicina. Nós, do Olhar Digital, já falamos mais de uma vez sobre esse assunto. Em junho, por exemplo, apresentamos o PillBot, um pequeno robô que vai tornar as endoscopias muito menos invasivas.

Tecnologia pode revolucionar, inclusive, tratamentos de tumores e câncer (Imagem: Reprodução/Youtube/NTUsg)

A novidade da vez ainda não possui um nome comercial – está em fase de testes na Universidade Tecnológica de Nanyang (Singapura). A invenção, porém, tem potencial imenso para futuros tratamentos. Tanto os simples como também os complexos.

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É normal quando vamos ao médico que ele receite mais de um remédio para tratar uma gripe que seja. E cada um desses medicamentos deve ser tomado em um horário específico e em intervalos regulares. Não sei você, mas eu quase sempre esqueço e pulo alguma das doses…

O pequeno robô desenvolvido pelos cientistas de Singapura pode resolver esse problema. Isso porque ele é o primeiro do mundo capaz de carregar quatro substâncias diferentes ao mesmo tempo. E ele pode liberar cada uma delas em locais diferentes do nosso corpo, como aponta o New Atlas.

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Como funciona esse robô?

  • De acordo com os cientistas, ele tem o tamanho de um grão de arroz e se locomove por meio de campos magnéticos;
  • O pequeno robô é macio e é feito de material que não é tóxico para o corpo humano;
  • Como você pôde ver nas imagens, a invenção é capaz de rolar, subir e se mexer dentro do nosso corpo;
  • E o principal diferencial é a capacidade de levar até quatro substâncias ao mesmo tempo;
  • Os robôs que existem atualmente costumam levar apenas um medicamento por vez;
  • O autor do estudo é o professor e pesquisador Lum Guo Zhan;
  • Ele trabalha com robôs de pequena escala há 11 anos e afirma que essa nova tecnologia tem o potencial de mudar a história dos procedimentos médicos invasivos;
  • “Métodos tradicionais de administração de medicamentos, como administração oral e injeções, parecerão comparativamente ineficientes quando comparados ao envio de um pequeno robô pelo corpo para administrar o medicamento exatamente onde ele é necessário”, disse o pesquisador;
  • O professor acrescenta que os robôs poderão permanecer no mesmo lugar do corpo por horas, liberando medicamentos ao longo do tempo;
  • Algo mais seguro e confortável do que deixar um cateter ou stent dentro do nosso corpo;
  • Você pode ler mais sobre o estudo na Advanced Materials.

Em que pé está a pesquisa – e os próximos passos

Vale destacar que o robô ainda não passou por testes clínicos. Ou seja, ainda não foi testado nem em humanos, nem em animais. No laboratório, porém, a invenção demonstrou que pode navegar por várias viscosidades e líquidos que imitam o ambiente que ele enfrentaria em um corpo humano.

Professor Lum Guo Zhan já se dedica há mais de 11 anos nessa área da Robótica (Imagem: Divulgação/Universidade Tecnológica de Nanyang)

O robô do tamanho de um grão de arroz foi capaz de navegar para quatro regiões diferentes, a velocidade entre 0,30 mm/s e 16,5 mm/s, para liberar um medicamento específico em cada ponto. A expectativa dos cientistas é avançar para os testes em animais em até dois anos. Já os procedimentos em humanos devem ocorrer em prazo de até cinco anos.

Em paralelo a isso, a equipe de pesquisa também está buscando desenvolver robôs macios ainda menores. A ideia é que eles fiquem tão pequenos que sejam capazes de cruzar algo chamado de barreira hematoencefálica.

Essa barreira é uma estrutura que controla a passagem de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central. De acordo com os pesquisadores, isso representaria um avanço no tratamento de tumores e de alguns tipos de câncer.

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