Saúde
Como funciona a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência amplamente utilizado, mas ainda cercado por dúvidas e mitos.
Muitas mulheres recorrem a ela após relações sexuais desprotegidas ou quando há falha no método contraceptivo regular, como o rompimento do preservativo. No entanto, é essencial compreender como funciona a pílula do dia seguinte para usá-la de maneira segura e eficaz.
Diferente dos anticoncepcionais de uso contínuo, a pílula do dia seguinte atua de forma pontual, interferindo no ciclo menstrual para evitar a gestação. Contudo, sua eficácia depende do tempo de administração e de características individuais da usuária. Além disso, seu uso frequente pode trazer riscos à saúde.
Para esclarecer as principais dúvidas, explicamos o que é a pílula do dia seguinte, como ela age no organismo e quais são os cuidados necessários para seu uso correto.
O que você precisa saber sobre a pílula do dia seguinte
Pílula do dia seguinte: o que é e por que tem esse nome?
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que pode ser usado após uma relação sexual desprotegida.

Sua principal função é prevenir a gestação ao inibir ou retardar a ovulação. Dependendo do momento do ciclo menstrual da mulher, também pode dificultar a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ou impedir a implantação do embrião no útero.
O medicamento surgiu na década de 1960, mas foi somente nos anos 1990 que começou a ser amplamente utilizado em diversos países.
No Brasil, a pílula do dia seguinte chegou oficialmente no final dos anos 1990 e, atualmente, é encontrada em farmácias e alguns postos de saúde públicos. Seu nome se deve ao fato de ser mais eficaz quando tomada o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.
A compra da pílula não exige receita médica e ela está disponível em versões de dose única ou em dois comprimidos. Em unidades básicas de saúde (UBS), é possível encontrar a pílula gratuitamente, especialmente para vítimas de violência sexual.
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Qual a ciência por trás da pílula do dia seguinte? Entenda como ela funciona
A pílula do dia seguinte é composta, na maioria das vezes, por levonorgestrel: um hormônio sintético que impede ou atrasa a ovulação.
Em alguns casos, pode conter acetato de ulipristal, que é um modulador de progesterona que também interfere no processo de ovulação.
Para ser mais eficaz, a pílula deve ser ingerida o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.
O ideal é tomá-la dentro das primeiras 24 horas, quando sua eficácia pode chegar a 95%. Após esse período, sua taxa de sucesso diminui progressivamente, podendo ser usada até 72 horas depois, com eficácia reduzida.
Apesar de sua alta taxa de sucesso, ainda é possível engravidar mesmo após o uso da pílula. Isso pode acontecer caso a ovulação já tenha ocorrido antes da ingestão ou se houver falha na absorção do medicamento pelo organismo.
Como saber se a pílula do dia seguinte fez efeito?
Não há um sintoma específico que indique se a pílula funcionou. No entanto, algumas mulheres podem apresentar efeitos colaterais como náuseas, dores de cabeça e alterações no ciclo menstrual.
Caso a menstruação atrase mais de uma semana, é recomendável realizar um teste de gravidez para descartar uma possível gestação.
Quais mudanças a pílula do dia seguinte causa no corpo?
Por ser uma dose alta de hormônio, a pílula pode provocar alterações no ciclo menstrual, tornando a menstruação irregular nos meses seguintes.
Além disso, usuárias relatam efeitos colaterais como tontura, fadiga, dor abdominal, sensibilidade nos seios e alteração no humor.
O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte em excesso?
A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como método contraceptivo regular. Seu uso frequente pode causar desregulações hormonais severas, aumentando o risco de efeitos colaterais graves.
Há diversos relatos de mulheres que, por pressão de parceiros, tomam a pílula seguidamente como substituto de métodos contraceptivos convencionais.
Isso pode levar a complicações sérias, como hemorragias, problemas hepáticos, alterações no endométrio e, em casos extremos, internação ou até óbito. Dito isso, o uso dessa pílula deve ser pontual e nunca frequente.
Portanto, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em situações emergenciais, e o ideal é investir em métodos contraceptivos regulares, como anticoncepcionais diários ou dispositivos intrauterinos (DIU), além do uso de preservativos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
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