Política
Ex-juíz da Lava Jato, Sérgio Moro, entrega carta de demissão e deixa governo Bolsonaro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pediu demissão do governo hoje pela manhã. A demissão foi motivada pela troca no comando da Polícia Federal. A entrevista de Moro está sendo concedida no Ministério da Justiça.
“Disse ao presidente que não havia problema em trocar o comando da PF. Mas para isso era necessário uma causa, um motivo concreto”, disse o agora ex-ministro. “Não é a questão do nome. Há outros bons nomes. O problema da troca era uma violação da promessa de que eu teria carta branca. Em segundo lugar não havia causa para a troca. E haveria interferência política na Polícia Federal”, disse Moro.
“Falei ao presidente quer seria uma interferência política. Ele disse ‘seria mesmo’”, afirmou Moro. “O presidente me disse que queria ter uma pessoa da confiança dele, que ele pudesse ligar, obter informações. E esse não é o papel da Polícia Federal. As investigações têm que ser preservadas”, afirmou. “O grande problema não é quem entra, mas por que entra”, afirmou Moro. “Busquei uma solução alternativa para tentar evitar uma crise política durante a pandemia. Mas entendi que não podia deixar de lado meu compromisso com o estado de direito”, disse. “A exoneração é um sinal de que o presidente não me quer no cargo”, afirmou.
Ele ainda falou sobre seu futuro após deixar o governo. “Abandonei a magistratura. É um caminho sem volta. Agora vou descansar um pouco. Depois vou procurar um emprego. Não enriqueci, nem como magistrado nem como ministro”.
Mudança durante pandemia
Moro lamentou precisar fazer pronunciamento durante pandemia. “Queria ao máximo evitar que isso acontecesse; mas aconteceu. Não foi por minha opção”, afirmou. Ele abriu o pronunciamento relembrando a carreira e ressaltando a importância da Operação Lava Jato. “Antes de assumir o cargo, fui juiz federal por 22 anos, tive diversos casos criminais relevantes e desde 2014 tivemos em particular a Lava Jato. Que mudou o patamar de combate à corrupção no País. Aquela grande corrupção, que em geral era impune, esse cenário foi modificado.”
me prometido na ocasião carta branca para nomear todos os assessores, inclusive dos órgãos policiais, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal”. O agora ex-ministro afirmou que entende as críticas que recebeu e que seu objetivo principal era o “combate à corrupção”.
Ele negou ainda que tivesse exigido um cargo no Supremo Tribunal Federal para assumir o ministério. Moro afirmou ainda que a única condição que pediu foi um auxílio para sua família em caso de “algo acontecesse”, pois havia aberto mão de seu benefício da Previdência ao deixar o Judiciário. “Uma única condição eu coloquei, não ia revelar, mas agora não faz mais sentido esconder. Como eu estava abandonando 22 anos de magistratura, perdia a previdência. Pedi apenas que, se algo me acontecesse, a minha família não ficasse desamparada, sem uma atenção”, afirmou.
Segundo Moro, ele aceitou o cargo após Bolsonaro concordar com as condições impostas por ele. “Minha avaliação é que a aceitação foi bem acolhida pela sociedade. Me via como também um garantidor, pelo meu passado de juiz e meu compromisso com o estado de direito, que eu poderia ser um garantidor da lei e da imparcialidade e autonomia dessas instituições.” Na coletiva, ele exaltou ainda o desempenho do Ministério da Justiça no combate ao tráfico de drogas e à corrupção. Ele citou dados como a queda de 19% no número de assassinatos em 2019.
Troca na PF
Na quinta-feira (23), Bolsonaro informou a Moro sobre a troca na PF, que foi oficializada hoje no Diário Oficial da União. Maurício Valeixo, que deixou o cargo, tinha total confiança do ministro. Desde o ano passado, Bolsonaro falava em trocar o comando da PF, a fim de ter maior influência sobre a corporação.
A postura do presidente perante a pandemia de coronavírus também pesou na decisão do ministro. O presidente tem contrariado orientações do órgão de saúde e provocado aglomerações em saídas por Brasília. Bolsonaro também demonstra publicamente ser contrário ao isolamento social, atualmente a única medida considerada eficaz de combate à doença.
Na Polícia Federal, a expectativa é de que Bolsonaro nomeie o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, como chefe da PF. Fonte: IstoÉ
Política
Marçal aparece em hospital fazendo o M após cadeirada de Datena
O candidato Pablo Marçal (PRTB), foi atingido por uma cadeira de ferro durante debate realizado pela TV Cultura. A agressão foi feita pelo candidato José Luiz Datena durante a fala de Marçal, que se descontrolou após Marçal (PRTB) fazer uma série de provocações verbais e acabou atirando uma cadeira contra o adversário.
Pablo Marçal foi levado ao hospital e está internado após sofrer uma agressão.
Após a agressão, os adversários políticos ainda bateram boca por um tempo nos bastidores do programa, imediatamente interrompido pelo apresentador Leão Serva.
Depois dos comerciais, o mediador afirmou que Datena teria sido expulso do programa conforme as regras assinadas por todos, e Marçal teria procurado atendimento médico.
Pablo Marçal teria sofrido fraturas, afirma equipe do político
Segundo uma nota oficial, divulgada nas redes sociais de Pablo Marçal, o candidato precisou “sair às pressas em uma ambulância, para receber cuidados médicos em caráter emergencial”. A nota, que afirma que Marçal foi “covardemente agredido” por Datena, esclarece que o candidato está com “suspeitas de fraturas na região torácica e muita dificuldade para respirar”.
“Esperamos que as medidas judiciais cabíveis sejam tomadas e contamos com as orações do povo”, encerra o comunicado.
Política
Marçal cresce e tem empate técnico com Boulos; Nunes fica em 3º
Pesquisa AtlasIntel realizada pela Internet e divulgada hoje (11), mostra Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB), tecnicamente, empatados na liderança para a Prefeitura de São Paulo. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) aparece em terceiro.
Marçal cresceu oito pontos na comparação com a rodada anterior, de 21 de agosto. Ele tem 24,4%, enquanto Boulos, 28%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão no mesmo patamar.
–Guilherme Boulos (PSOL): 28% (tinha 28,5%)
–Pablo Marçal (PRTB): 24,4% (tinha 16,3%)
–Ricardo Nunes (MDB): 20,1% (tinha 21,8%)
Boulos tinha 28,5% e aparece com 28%. Pablo Marçal foi quem mais cresceu, tinha 16,3% e deu um salto para 24,4%. Nunes caiu de 21,8% para 20,1%.
–Tabata Amaral (PSB): 10,7% (tinha 12%)
–Datena (PSDB): 7,2% (tinha 9,5%)
–Marina Helena (Novo): 4,7% (tinha 4,3%)
–Ricardo Senese (UP): 0,7% (tinha 0,2%)
–João Pimenta (PCO): 0% (tinha 0%)
–Não sei: 1,7% (era 0,9%)
–Branco/Nulo: 2,5% (era 6,2%)
Com recursos próprios, a Atlas ouviu 2.200 eleitores paulistanos entre os dias 5 e 10 de setembro. O protocolo de registro na Justiça Eleitoral é SP-01125/2024.
Pesquisa anterior da Atlas mostrava Boulos isolado na liderança, com Nunes em 2º e Marçal, em 3º. Apenas o candidato do PRTB e Datena (PSDB) tiveram alterações além da margem de erro — os demais só oscilaram.
Datena caiu 2,3 pontos percentuais. Na semana passada, o apresentador disse que preferia não ter entrado na disputa. “Achei que estava certo [quando lançou candidatura]. Eu preferia não ter entrado do que participar de uma campanha tão disputada como essa daí. Como senador, era para ter sido eleito com pé nas costas”, disse.
Política
Oposição protocola novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes
Parlamentares de oposição protocolaram nessa segunda-feira (9) mais um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por crime de responsabilidade. Os subscritores do documento acusam o magistrado, entre outras coisas, de abuso de poder. Segundo o líder da oposição, senador Marcos Rogério (PL-RO), há argumentos legais e jurídicos que dão ao Plenário a competência para decidir pela abertura do processo contra Moraes.
Fonte: Agência Senado
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